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Centros de votação desertos marcam eleição de vereadores na Venezuela

Caracas, 9 dez 2018 (AFP) – Centros de votação vazios marcaram as eleições de vereadores neste domingo na Venezuela.

“É um dia triste, porque as pessoas decidiram não votar”, disse à AFP Beatriz Pallarés, de 56 nos, em um centro de votação no centro de Caracas, em Chacao, um tradicional reduto da oposição. “Eu nunca vou desistir dos meus direitos”, acrescentou após votar.

Imagens semelhantes foram observadas em vários setores de Caracas percorridos pela AFP.

“Há muita insatisfação”, disse outro eleitor, Jaime Caicedo, sobre o processo que, segundo analistas, será marcado por alta abstenção por desconfiança na votação, desqualificação dos partidos de oposição e exaustão diante de uma grave crise socioeconômica.

Depois de votar no oeste da capital, Maduro celebrou que os venezuelanos “estão exercendo seu direito de votar livremente”.

O poderoso líder chavista Diosdado Cabello assegurou que não houve as filas do passado porque o sistema de votação automatizado é ágil e evita a aglomeração.

– Apatia e abstenção -Com essa eleição, o chavismo espera fortalecer seu controle institucional com a eleição de 2.459 vereadores em 335 câmaras municipais. Hoje a oposição controla 80 assembleias.

O caminho parece aberto. A previsão é de uma nova vitória do governo Maduro, já que os principais partidos de oposição foram considerados inabilitados pelo órgão eleitoral para participarem da disputa, em meio a profundas divisões entre os setores políticos contrários ao presidente.

“O oficialismo vai capturar a maioria das câmaras municipais com um nível de abstenção histórico”, comentou o diretor do instituto de pesquisa Delphos, Félix Seijas, em conversa com a AFP.

Protegidos cerca de 150 mil soldados e policiais, os centros de votação foram fechados às 22:00 GMT (20:00 horário de Brasília).

As eleições deste domingo foram convocadas pela Assembleia Constituinte, integrada apenas pelos deputados chavistas. Este ano, o órgão também convocou eleições para prefeito, governador e presidente, com novas regras e fora dos prazos estipulados, com amplas vitórias para o governista Partido Socialista Unido da Venezuela.

A oposição acusa Maduro de ter colocado os poderes eleitoral e judicial a seu serviço, enquanto a liderança das Forças Armadas frequentemente declara sua “lealdade” ao líder socialista.

– Rachas na oposição -Surgida entre os protestos da oposição que deixaram cerca de 125 mortos em 2017, a Constituinte convocou a eleição de prefeitos, governadores e presidente com novas regras, ignorando os prazos estipulados, com vitórias esmagadoras do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o que aprofundou os rachas na oposição. Essas divisões reapareceram neste domingo.

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Favorito de Trump para ser chefe de gabinete deixa a Casa Branca

Washington, 9 dez (EFE).- Nick Ayers, o candidato favorito do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para substituir John Kelly como chefe de gabinete da Casa Branca, anunciou neste domingo que deixará o governo no final do ano, depois de rejeitar a oferta do governante para ocupar o cargo.

Ayers, que atualmente é chefe de gabinete do vice-presidente Mike Pence, revelou sua decisão na sua conta pessoal do Twitter, pouco depois que vários meios de comunicação anteciparam que não seria o substituto de Kelly.

“Obrigado ao presidente Trump, ao vice-presidente Pence e a meus maravilhosos colegas pela honra de servir à nossa nação na Casa Branca. Sairei no final ano, mas trabalharei com a equipe para impulsionar a causa”, indicou Ayers.

Os jornais “The Wall Street Journal” e “The New York Times” tinham informado pouco antes que Ayers, de 36 anos, não ocuparia o posto de chefe de gabinete, e que planejava ajudar à campanha de reeleição de Trump de um cargo externo.

Trump quer que seu próximo chefe de gabinete se comprometa a permanecer no cargo até depois das eleições de 2020, nas quais o presidente buscará a reeleição, e Ayers, que tem três trigêmeos pequenos, só estava disposto a ocupar o posto durante três meses, para depois voltar ao seu estado da Geórgia.

O presidente americano se mostrou inicialmente aberto a dar um posto temporário a Ayers enquanto buscava um assessor permanente, mas finalmente decidiu que não valia a pena, segundo os jornais citados.

Trump não tem certeza ainda sobre quem será o substituto de Kelly, mas neste final de semana assegurou a vários de seus confidentes que está pensando em nomear o congressista republicano Mark Meadows, de acordo com o portal de notícias “Axios”.

Meadows, de 59 anos, é o presidente do Freedom Caucus, um grupo de congressistas ultraconservadores na Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

Por sua parte, o jornal “The New York Times” afirmou neste sábado que Trump também tinha cogitado entregar o posto ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin; ao diretor de orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, ou ao representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer.

Trump anunciou neste sábado que Kelly deixará seu cargo no final do ano depois de meses de tensões entre ele e o general retirado, que tentou impor disciplina na Ala Oeste, mas não pôde conter as polêmicas declarações e tweets do presidente.

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Israelenses são feridos por tiros na Cisjordânia

Jerusalém, 9 dez 2018 (AFP) – Vários israelenses foram feridos por tiros neste domingo em um ataque perto da colônia de Ofra, na parte norte da Cisjordânia ocupada, informou o Exército israelense em um comunicado.

Entre as vítimas, uma mulher grávida ficou gravemente ferida, de acordo com uma porta-voz de um hospital de Jerusalém.

“Os tiros foram disparados de um veículo palestino contra civis que estavam em uma estação de ônibus”, disse o Exército.

“Soldados atiraram na direção do veículo que foi embora e as forças de segurança o perseguiram”, acrescentou a porta-voz.

Seis pessoas feridas, incluindo uma mulher de cerca de 30 anos em estado grave, foram levados para hospitais em Jerusalém, segundo os serviços de resgate.

O último ataque contra israelenses na Cisjordânia ocorreu em 26 de novembro, quando um palestino atacou com um veículo e feriu três soldados.

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Mídia estatal desmente disparos da defesa aérea contra “alvos aéreos” hostis perto de Damasco

Damasco, 9 dez 2018 (AFP) – A mídia oficial síria informou neste domingo que as defesas antiaéreas do Exército abriram fogo contra “alvos aéreos hostis” perto do aeroporto de Damasco, antes de retirar a informação sem explicar o motivo.

“Nossas defesas aéreas tomaram medidas contra alvos aéreos hostis no setor do Aeroporto Internacional de Damasco”, afirmou inicialmente a agência de notícias Sanaa em sua conta do Telegram, sem dar mais detalhes ou acusar qualquer partido.

Mais tarde, a Sanaa e a televisão estatal retiraram a informação sem explicações.

A agência informou depois, citando fontes no Aeroporto Internacional de Damasco, que “não houve agressão no aeroporto e que o tráfego está normal”.

Uma fonte informou à AFP que “visivelmente se trata de um alerta falso”.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) se referiu a explosões em um bairro próximo ao aeroporto internacional de Damasco, e de disparos da defesa antiaérea na direção de “alvos” que não determinou.

O governo sírio havia acusado no final de novembro Israel de ter bombardeado uma das posições militares no setor de al-Kiswah, ao sul de Damasco.

Segundo a OSDH, o bombardeio foi feito contra depósitos de armas pertencentes ao movimento libanês Hezbollah e às forças iranianas, que combatem ao lado das forças governamentais na guerra na Síria.

bur-rh/feb/vl/eg/pb

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Ministério Público do Peru e Odebrecht fecham acordo de cooperação

Lima, 9 dez 2018 (AFP) – O Ministério Público do Peru e a construtora brasileira Odebrecht selaram um acordo de cooperação em casos de supostos subornos no país, informou uma fonte ligada ao caso no domingo.

O acordo também estabelece que a Odebrecht pagará ao Peru cerca de US$ 182 milhões como indenização civil, segundo a fonte que pediu anonimato.

“Confirmamos o acordo de colaboração conhecido como ‘Acordo Preparatório para Colaboração e Benefícios’ que foi alcançado no sábado em Lima”, disse a fonte à AFP.

O acordo será anunciado a qualquer momento a partir de segunda-feira pelo Ministério Público Anticorrupção do Peru e concederá benefícios processuais aos executivos da Odebrecht em troca do fornecimento de informações sobre operações ilícitas realizadas no Peru nos últimos 15 anos.

“Pela primeira vez desde o início do caso, as autoridades do Estado – procuradores e advogados – chegaram a um acordo abrangente de colaboração efetiva que, se não for sabotado por comparsas entranhados no sistema fiscal e judicial, permitirá que o caso Lava Jato seja resolvido no Peru “, disse o portal de jornalismo investigativo IDL Reporteros, que publicou um resumo do documento.

Por meio do acordo, o Ministério Público do Peru compromete-se a “não usar as informações confessadas para iniciar ações contra a Odebrecht ou seus funcionários”.

A indenização civil de US$ 182 milhões foi baseada em quatro licitações que a Odebrecht venceu no Peru, pagando propinas a autoridades peruanas.

Os projetos envolvidos nos escândalos são uma linha de metrô em Lima; trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica Sul, que liga o Peru ao Brasil; a rodovia urbana entre Lima e Callao; e uma rodovia em Cusco.

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Garota de 13 anos usa arma do pai PM para roleta-russa e mata colega na BA

Uma adolescente de 13 anos matou uma amiga, também de 13, com a arma do pai, um policial militar da reserva. O crime ocorreu na noite do último sábado (8), no bairro do Garcia, em Salvador.

Segundo familiares, Darylane Lívia de Almeida Cunha foi atingida com um tiro na cabeça durante uma brincadeira de roleta-russa –que consiste em colocar uma bala no tambor do revólver, girá-lo, apontar a arma para si ou para alguém e apertar o gatilho.

A arma utilizada na ocasião –um revólver calibre 38– foi apreendida e passará por perícia. O nome do militar reformado não foi divulgado.

Ele prestou depoimento no DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) horas depois do incidente.

De acordo com vizinhos, as duas garotas estavam sozinhas na casa da filha do PM. Vizinhos relatam terem ouvido apenas um disparo. Uma ambulância do Samu (Servico Médico de Urgência) foi acionada, mas, ao chegar à residência, Darylane já estava sem sinais vitais.

“Chega sempre o momento de dizermos adeus às pessoas que mais gostamos, mas na verdade nunca estamos preparados para vermos a morte roubá-las de nós. O sentimento é de profunda dor e já sinto um vazio no coração que não consigo explicar”, lamentou uma amiga de Darylane, que não quis se identificar.

O Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) confirmou que o corpo da vítima foi liberado na tarde deste domingo (9). Não há informações sobre o enterro dela.

Em nota encaminhada ao UOL, a Polícia Civil informou que a 3ª Delegacia de Homicídios, vinculada ao DHPP, investiga o caso. “Até o momento, a apuração tem o indicativo de que o disparo foi acidental, efetuado por uma adolescente, filha de um policial militar da reserva. Ele foi ouvido no DHPP e demais providências de Polícia Judiciária estão sendo tomadas”, afirmou no comunicado.

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Discussão sobre aquecimento global é secundária, diz futuro ministro do Meio Ambiente

rasília

Anunciado neste domingo (9) futuro ministro do Meio Ambiente pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o advogado Ricardo Salles (Novo) disse que a discussão sobre aquecimento global é inócua e pretende priorizar “questões tangíveis de preservação ambiental”.
Ricardo Salles, ex-secretário estadual do Meio Ambiente de SP, vai assumir o ministério do Meio Ambiente de Bolsonaro – Divulgação

O ex-secretário do Meio Ambiente de São Paulo no governo Alckmin (PSDB) falou à Folha por telefone também sobre ações contra o desmatamento, que segundo ele, são baseadas em achismos.

Réu por improbidade administrativa, ele é crítico do que chama de trabalho ideológico de órgãos ambientais como o Ibama.

Folha – Qual é o papel do ambiente no crescimento econômico?

Ricardo Salles – Em primeiro lugar, até por determinação do presidente, ele reiterou hoje isso comigo no telefone, a defesa do meio ambiente é um valor inafastável, inquestionável. É prioridade, vamos cuidar do meio ambiente com muita atenção. Mas vamos ter de conciliar com o respeito ao Estado de Direito, ao devido processo legal, à segurança jurídica, a uma série de itens, que, a despeito da importância do meio ambiente, não pode ficar em segundo lugar.

O sr. se refere a multas do Ibama, licenciamento?

Todas as regras de licenciamento, todos os aspectos de processo administrativo fiscalizatório, comumente chamado de multa, tem um regramento próprio, existe norma para isso. Vamos fazer questão de que a norma seja observada a todo momento.

Não está sendo?

Há casos em que a inobservância processual administrativa é comum quando a pessoa põe acima a questão ideológica. São Paulo teve que enfrentar o tema da vegetação de restinga no litoral quando na verdade a fiscalização acabou, por uma questão de preservacionismo ideológico, deixando de lado a definição legal e técnica de restinga e atribuindo a qualidade de restinga a todo o litoral do estado, que era um erro evidentemente.

O sr. concorda com Bolsonaro sobre com a existência de uma indústria da multa por órgãos como o Ibama?

Todo o processo fiscalizatório e sancionatório tem que obedecer o devido processo legal, obedecer as normas e seguir a tramitação. Não estou dizendo que foi nem que não foi, estou dizendo como será. Nós vamos obedecer a lei.

Mas concorda que existe uma indústria da multa?

Existe uma proliferação de multas. Muitas delas, lá na frente, depois de analisado o devido processo legal, mostram-se insubsistentes e acabam atrapalhando a vida do setor privado. Neste momento, vamos rever, analisar, deixar claro qual é o devido processo legal, o marco regulatório aplicável, e daí por diante verificar se a observância está sendo cumprida. Há um sentimento de toda a sociedade brasileira de que, a despeito da existência dessas regras, muitas das autuações são feitas por caráter ideológico do que efetivamente jurídico, e isso não pode acontecer. Vamos checar se realmente as premissas estão acontecendo ou não.

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Em carta, número 1 do PCC ameaça matar promotor caso seja transferido de São Paulo

São Paulo

Duas mulheres foram presas na tarde deste sábado (8) após serem flagradas deixando a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, com cartas nas quais chefões da facção criminosa PCC ordenam o assassinato de duas pessoas, entre elas um promotor de Justiça.

De acordo com as mensagens, essas mortes devem ocorrer caso a transferência dos chefes da facção para presídios federais se concretize nos próximos dias —entre eles o número 1 do grupo, Marco Camacho, o Marcola.

O alvo principal do ataque seria o promotor Lincoln Gakiya, responsável pelo pedido de transferência, e que investiga há anos o crime organizado. O outro alvo seria um dos coordenadores da Secretaria da Administração Penitenciária na região de Presidente Venceslau, onde estão presos esses criminosos.
Uma das mensagens foi apreendida com a mulher do preso que divide cela com Marcola, o que leva as autoridades a acreditarem que partiu do próprio chefão do PCC a ordem de ataque.

Segundo informações de pessoas ligadas ao promotor, Gakiya recebeu reforço de escolta desde a noite de sábado. A Folha apurou que serviços de inteligência do governo paulista já tinham detectado ordem semelhante em conversas de presos do PCC.

O promotor pediu a transferência dos chefes da facção após um plano de resgate ser detectado pelo setor de inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo.

O pedido seria feito em conjunto com os secretários da Segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, e da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. Com o recuo da gestão Márcio França (PSB) nesse acordo, Lincoln fez a solicitação sozinho e aguarda decisão da Justiça.

Se for concedida, a ordem judicial é encaminhada ao governo federal para que providencie vagas em uma das cinco penitenciárias federais (Porto Velho/RO, Mossoró/RN, Campo Grande/MS, Catanduvas/PR e Brasília/DF).

A Folha apurou que integrantes do governo Michel Temer (MDB) já manifestaram apoio ao governo de São Paulo para a remoção, incluindo aeronaves e esquema especial de segurança. As transferências ao sistema federal são aceitas em situações específicas, como quando há risco de resgate dos presos nas unidades estaduais.

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Alexandre de Moraes, do Supremo, nega habeas corpus e mantém Pezão na prisão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou neste sábado (8) habeas corpus da defesa do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), preso no fim de novembro.

Os advogados de Pezão questionavam não só o encarceramento dele, mas também o fato de a prisão ter sido decretada por Felix Fischer, relator da Lava Jato no STJ (Superior Tribunal de Justiça), sob alegação de que caberia a outro ministro despachar sobre o caso. Moraes rejeitou os dois pedidos, informa Daniela Lima.

No despacho, o ministro do Supremo afirma que não houve irregularidade na distribuição do caso nem no STJ nem no STF —a defesa do governador requeria a remessa do recurso ao ministro Gilmar Mendes.

Moraes disse ainda que, de acordo com os dados que estão no processo, há indícios para sustentar a prisão de Pezão. O Ministério Público Federal afirma que ele deu continuidade ao esquema de corrupção montado por Sérgio Cabral, seu antecessor e aliado.

“Daí a conclusão de ser imperiosa a necessidade de se garantir a ordem pública, evidenciada sobretudo diante de fatos concretos aos quais se atribuiu extrema gravidade e que revestem a conduta de remarcada reprovabilidade e inegável prejuízo ao erário”, anotou Moraes.

O ministro afirma que a acusação de que Pezão teria assumido a liderança do esquema de cobrança de propinas no Rio agrava a situação do governador e justifica sua manutenção no presídio.

Moraes diz ainda que, no estágio em que o caso se encontra, não é possível averiguar afirmações da defesa sobre inconsistências na acusação. Ainda assim, ele solicitou informações e documentos a Felix Fischer, do STJ.

Outros quatro presos na mesma operação também tiveram habeas corpus negados pelo ministro do STF: Luis Alberto Gomes Gonçalves, Claudio Fernandes Vidal, Marcelo Santos Amorim e Luis Fernando Craveiro.

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‘Vamos restringir entrada de venezuelanos’, diz interventor em RR

Governador eleito e designado interventor do governo federal em Roraima – só falta a assinatura do decreto, o que deve ocorrer nesta segunda-feira (10) -, Antonio Denarium (PSL) afirmou neste domingo que trabalhará “para restringir a entrada de venezuelanos no Brasil”.

“Não conseguimos atender tantos venezuelanos”, disse em entrevista à Globonews. Ele estimou que 1.000 cidadãos do país vizinho cruzem a fronteira com o Brasil por dia.
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Denarium liga o fluxo migratório à crise enfrentada pelo governo de Roraima. “Só assim [com a diminuição da entrada de imigrantes], vamos resolver o caos que estamos vivendo na saúde, na educação e na segurança pública”, disse.

Sem conseguir pagar salários a funcionários públicos (há categorias há quatro meses sem receber), Roraima terá intervenção do governo federal. Na prática, a medida antecipa o fim do mandato da governadora Suely Campos (PP) e antecipa o início do exercício de Denarium, eleito com 53% dos votos válidos.

Em contrapartida, o Estado deverá apresentar um Plano de Recuperação Fiscal, informando o total de dívidas correntes do estado, entre elas, as dívidas com fornecedores e com o pagamento de salários de servidores.

O interventor também pediu a execução de medidas que ajudem a diminuir os custos do Poder Executivo do estado.

“Entre as medidas, uma reforma administrativa, que contemple a extinção de cargos e secretarias, além da fusão de pastas que beneficiem o princípio da otimização de serviços e economicidade, fiscalização de todos contratos vigentes, além de economia com gastos com telefone, água e energia”.

Denarium poderá requisitar ajuda de qualquer órgão federal, seja militar ou civil. No último sábado, ele participou da primeira reunião com o secretariado que vai assessorá-lo durante a intervenção federal no estado, um dia depois de ser convidado por Temer para ocupar o cargo.