Alunos criaram um laboratório com chocadeira artesanal, poleiro e ovoscópio para cuidar das aves. Eles até levaram os animais para casa durante um dia.
Os alunos do Centro Infantil Pequeninos do Cerrado em Palmas estão aprendendo a ter responsabilidade de uma jeito diferente. As crianças estão cuidando criação de pintinhos de estimação. Com a ajuda dos professores, eles confeccionaram chocadeiras artesanais, poleiros e até mesmo um ovoscópio que serve para saber como está a saúde da ave antes mesmo dela nascer.
A idéia de produzir o ovoscópio surgiu da curiosidade e preocupação das crianças, em saber como os pintinhos conseguiriam respirar dentro da casca do ovo.
“Eles perguntavam se eles não iam morrer ali dentro sem ar. Nós fomos pesquisar e descobrirmos que era bem simples de confeccionar [o ovoscópio]. Levamos o equipamento para sala que é a base de material reciclável, como cano de pvc, isopor, lâmpada e confeccionamos. Levamos o ovo para a sala novamente em uma caixa escura, simbolizando uma câmara escura, para que eles pudessem vizualizar melhor”, explica a professora Ana Rita Batista.
Com equipamento as crianças puderam constatar, aliviadas, que as cascas dos ovos possuem pequenos furos que permitem a entrada de ar.
As crianças acompanham também o tempo de formação do animal que ocorre de forma rápida. No quarto dia o coração do pintinho começa a bater, no sexto o bico começa a se formar, já no oitavo dia começam a surgir a primeiras penas. E por fim no nono dia eles já estão completamente formados.
Os alunos são responsáveis por supervisionar e auxiliar em todo trabalho de formação das aves. O estudante Murilo Nunes de seis anos explica como esse processo funciona. “A gente coloca o ovo, a água pula e molha ele, ele vai cutucando e então nasce”, disse.
Com o objetivo de desenvolver o senso de cuidado e responsabilidade das crianças, cada aluno levou um pintinho para casa para cuidar durante 24h. Com a ajuda dos pais as crianças se responsabilizaram em atender todas as necessidades dos animais. Todo esse processo é registrado em um diário, para que as crianças troquem as experiências na sala de aula.
O aluno William Riquelme de seis anos disse que cuidará da ave da melhor forma possível. “Eu vou cuidar dele muito, porque ele nao pode morrer. Se ele morre a gente vai ficar muito triste”, afirmou.