Pelo menos três crianças esperam por exames para ter diagnóstico e começar tratamento. Segundo os pais, a demora tem feito a saúde dos filhos piorar.
Três crianças têm viagens para fazer exames fora do Tocantins canceladas
Pelo menos três crianças que precisam fazer exames fora do Tocantins esperam por cirurgia fora do Tocantins. Os pacientes esperam procedimentos para ter um diagnóstico e iniciar o tratamento. Segundo os pais, a demora tem feito a saúde dos filhos piorar. (Veja vídeo)
O João Miguel, por exemplo, tem cinco meses e está internado no Hospital Infantil de Palmas. Ele tem de 3 a 4 convulsões por dia. A mãe do menino afirma que os médicos esperam exames mais detalhados que não são feitos em Palmas para ter um diagnóstico.
“Todo dia eu vou no assistente social, ligo, falo o pessoal da regulação e eles dizem que tem que esperar”, reclamou Camila Silva Salvino.
Outro paciente na mesma situação é João Henrique, de quatro meses. O menino passou a ter convulsão diariamente há um mês, depois de tomar uma vacina. Ele também precisa ser transferido a outro estado para fazer exames detalhados.
“Eu estou com o pedido de transferência para ele fazer o exame fora e até agora nada. Todo dia meu filho tem crise, fica roxo, duro e ninguém sabe me dizer o que ele tem. Até agora o estado não conseguiu a vaga para ele fazer exame fora”, afirmou a dona de casa Mikaele de Áquila.
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João Henrique espera viagem para fazer exame (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A Maria Clara, de cinco anos está com pneumonia há 30 dias e foi internada três vezes, chegando a ficar 10 dias na UTI. Segundo a mãe dela, Ana Paula Ramos, a suspeita é de fibrose cística, uma doença crônica que afeta o pulmão. “Estou com novos pedidos, um para Goiânia e outro para Brasília, sem data prevista para ir”, reclamou a vendedora Ana Paula Ramos.
Em entrevista à TV Anhanguera, o secretário de saúde do Estado, Marcos Musafir, negou que o governo não tenha dinheiro para fazer as transferências e prometeu que vai resolver os casos o mais rápido possível.
“Como não temos no estado essa especialidade para tratá-los e os diagnósticos para fazer, nós depenemos da vaga em outros estados, que brevemente, se Deus quiser, vamos conseguir”, afirmou.
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