os principais candidatos à presidência da França lamentaram o tiroteio em Paris nessa quinta-feira (20) que deixou dois policiais mortos, além do suspeito de ter realizado o ataque, e declararam apoio à polícia.
A eleição presidencial francesa acontece neste domingo (23) e é uma das mais imprevisíveis dos últimos anos, com quatro candidatos com chances reais de irem ao segundo turno. Após o ataque, o candidato François Fillon, do conservador Republicanos (centro-direita), pediu pela suspensão da campanha, segundo a agência de notícia Reuters.
O candidato e Marine Le Pen, da Frente Nacional (extrema-direita), cancelaram seus eventos de campanha agendados para essa sexta-feira (21)
“Emoção e solidariedade para a nossa polícia, mais uma vez alvo”, publicou Le Pen, em sua conta no Twitter.
“Esta noite, quero expressar a minha solidariedade para com as nossas forças de ordem”, publicou o centrista Emmanuel Macron, ex-ministro da Fazenda do atual presidente, François Hollande (Partido Socialista), que rompeu com o governo.
“Meus pensamentos para os oficiais mortos e feridos e suas famílias. Atos terroristas nunca ficarão impunes, e jamais esqueceremos dos cúmplices”, disse Jean-Luc Mélenchon, do movimento França Insubmissa (extrema-esquerda).
“Homenagem à polícia, que dá sua vida para proteger as nossas”, afirmou Fillon, também na rede social.
“Meus pensamentos vão para o policial morto, seus colegas feridos. Todo meu apoio para a as forças contra o terrorismo”, escreveu Benoît Hamon, do Partido Socialista (ou PS, centro-esquerda).
Herdeira do patriarca da extrema direita francesa, Jean-Marie Le Pen, Marine Le Pen divide a liderança das pesquisas com Macron, em empate técnico, com 22% a 24% das intenções de voto, embora tenha registrado leve queda nas pesquisas na reta final da campanha.
A vantagem de Macron e Le Pen é pequena em relação a Mélenchon e Fillon, também em empate técnico e que alternam a terceira colocação, com 18% a 20% dos votos.
Ou seja, todas as combinações são possíveis para o segundo turno, inclusive uma disputa final entre os dois “extremos”: Le Pen e Mélenchon.
Fonte: g1.globo.com