A colheita do capim dourado, na região do Jalapão, está comprometida por causa de incêndios que atingem o Tocantins. Setembro é considerado o pior mês da história do Tocantins em número de queimadas.
A colheita do capim dourado só acontece uma vez por ano, no fim de setembro. As peças produzidas pelas mãos das artesãs são revendidas no Brasil inteiro e até em outros países.
“Esse é o pão na mesa do pobre aqui dessas comunidades. Desde que existiu o capim dourado, que todos sobrevivem disso”, desabafa a artesã Aldina Dias Batista dos Santos.
No Brasil já são mais de 196.385 focos de queimada. O Tocantins tem o setembro mais quente da história. Em palmas não chove há 137. Na capital, 8 em cada 10 queimadas são na zona urbana. Na tarde dessa quinta-feira (28) será enterrado em Carmolândia o corpo de um vaqueiro que morreu depois de ter sido atingido pelas chamas durante um combate a incêndio.
A situação se espalha pelo interior. Nesta quarta-feira (27), 18 carros apreendidos no pátio de uma delegacia em Gurupi, foram destruídos por uma queimada que começou num lote vazio. Em um dos destinos mais cobiçados do país, os incêndios também ameaçam uma tradição que começou no século passado.
“A pessoa que inicia o incêndio, coloca [fogo] em horários tardios, quando a fiscalização ou guarda parque saiu daquele local. Porém, a gente trabalha por outro lado que é a conscientização da população”, diz o diretor de biodiversidade do Naturatins, Gilberto Souza.
O Tocantins tem 551 bombeiros, divididos em nove cidades. O efetivo não é suficiente para atender todas as chamadas dos 139 municípios. “Quando um município daqui a 50 quilômetros tem um incêndio e nos solicitam, fica difícil nós atendermos ao mesmo tempo nossas ocorrências”, diz o sub. comandante do Corpo de Bombeiros, o major João Neto.
“A quantidade de ocorrência está muito grande e a gente não está conseguindo atender todas”, afirma o major dos Bombeiro, Erisvaldo Alves.
“A pessoa que inicia o incêndio, coloca [fogo] em horários tardios, quando a fiscalização ou guarda parque saiu daquele local. Porém, a gente trabalha por outro lado que é a conscientização da população”, diz o diretor de biodiversidade do Naturatins, Gilberto Souza.
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Fonte G1