A Polícia Civil revogou a prisão do empresário Aurélio Lisboa Sampaio, que tinha sido preso na manhã desta quarta-feira (4) durante uma operação contra um esquema de sonegação fiscal. Após os depoimentos, o delegado responsável pelo caso, José Rerisson Macedo Gomes , disse que acredita que Sampaio seja inocente.
“Apesar de ter transportado muitas cargas de grãos destas empresas fraudulentas, ele não tinha como ter acesso a informação de que a empresa era, ou não, constituída de forma fraudulenta. E nem se elas estariam recolhendo ou não os impostos. Daí resta provada a inocência dele”, explicou o delegado.
O contador Shirlenylson Barbosa Ribeiro, que também foi preso na operação, continua detido. A polícia acredita que ele seja o mentor dos crimes. O advogado dele disse que tudo será esclarecido no processo e que Ribeiro apenas prestou serviços como contador. A defesa disse ainda que vai pedir a revogação da prisão.
“Uma empresa foi aberta no nome de terceiros, sem o conhecimento da pessoa. A partir daí, expediam as cargas com as notas fiscais falsas para o norte e nordeste através de várias empresas de transporte. Era uma empresa fantasma onde o Estado não tinha onde bater a porta para cobrar os impostos”, afirma o delegado.
Os investigadores encontraram outras sete empresas que agiam da mesma forma. “Na primeira empresa que nos foi passada pela Sefaz, eles tinham emitido notas no valor de R$ 500 mil. No contexto da investigação surgiram outras empresas, que nós vamos avaliar se foram constituídas pelo mesmo contador ou não. Pode ter envolvimento de outras pessoas. É fato que essas empresas estão lesando os cofres públicos em mais de R$ 160 milhões”, disse o delegado.
A prisão de Ribeiro é temporária. Ele vai responder por crime contra ordem tributária, falsificação por documentos e concorrência desleal.
Veja mais notícias da região no G1 Tocantins.