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Empresários e policiais são condenados por envolvimento com casas de prostituição em SP

Réus foram denunciados em 2013 e respondem aos crimes em liberdade.

Empresários mantinham casas de prostituição com aval de policiais (Foto: Divulgação/Ministério Público)Empresários mantinham casas de prostituição com aval de policiais (Foto: Divulgação/Ministério Público)

Empresários mantinham casas de prostituição com aval de policiais (Foto: Divulgação/Ministério Público)

Dois empresários e dois policiais foram condenados pela Justiça por envolvimento com casas de prostituição em três cidades da Baixada Santista, em São Paulo. Eles são réus desde 2013, após denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), mas respondem ao processo em liberdade.

Segundo a Promotoria, os empresários ficavam com parte do lucro obtido pelas mulheres que atuavam em prostíbulos localizados em Santos, São Vicente e Cubatão. Para que os locais funcionassem sem problemas, a dupla pagava propina a um policial civil e a um policial militar.

“Eles atuavam tanto na segurança dos imóveis como também compartilhando informações privilegiadas [para manter os estabelecimentos abertos]”, explicou o promotor Fábio Fernandes Perez. Ele integra o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE.

Durante a investigação, o Ministério Público ainda verificou que os réus escondiam a origem ilícita do dinheiro adquirindo imóveis e veículos. Os bens eram registrados em nome de terceiros, que eram usados como “laranjas” de todas as ações com envolvimento dos locais de prostituição.

Lucro das mulheres era compartilhado com os empresários (Foto: Divulgação/Ministério Público)Lucro das mulheres era compartilhado com os empresários (Foto: Divulgação/Ministério Público)

Lucro das mulheres era compartilhado com os empresários (Foto: Divulgação/Ministério Público)

Os empresários foram condenados por manterem as casas de prostituição, por corrupção ativa, formação de quadrilha ou bando e lavagem de dinheiro, o que resultou em uma pena de mais de sete anos, em regime semiaberto. Um deles teve a pena aumentada para dez anos em regime inicial fechado, por posse de munição.

Os policiais, identificados como membros da quadrilha, foram condenados pela prática dos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha ou bando. As penas, idênticas, são de mais de cinco anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. A punição também acarreta a perda de cargo público para ambos.

Ainda segundo informações do Ministério Público, foi determinada a perda de quantias em dinheiro bloqueadas, de um automóvel, de duas chácaras localizadas em Itanhaém, no litoral paulista, de três imóveis em Santos e, ainda, de um terreno em São Vicente dos réus. O valor é destinado ao Tesouro do Estado.

Munição atribuída a um empresário foi apreendida (Foto: Divulgação/Ministério Público)Munição atribuída a um empresário foi apreendida (Foto: Divulgação/Ministério Público)

Munição atribuída a um empresário foi apreendida (Foto: Divulgação/Ministério Público)

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