Darina, Ludmila e Marcos chegaram na capital paranaense neste sábado (12), após conseguirem espaço em voo da FAB. Criança da família tem nacionalidade brasileira. Da esquerda para direita: Darina, Ludmila e Marcos, que moravam na Ucrânia
Divulgação/RPC
Uma família em fuga da guerra entre a Rússia e a Ucrânia encontrou em Curitiba o refúgio necessário para recomeçar.
AO VIVO: acompanhe o conflito entre Rússia e Ucrânia
MAPAS: locais bombardeados e posição das tropas russas
Neste sábado (12), Darina, Ludmila, e o pequeno Marcos chegaram ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana, após 10 dias de viagem. Eles vieram para o estado a convite do artista plástico Marcos da Silva, que conhece a família há anos.
“Vou dar toda a força que eu puder”, disse o paranaense.
O artista plástico é próximo dos ucranianos porque em 1998 criou amizade com Volodymyr Borodin, morador da Ucrânia e pai da família que desembarcou no estado.
Família ucraniana chega a Curitiba
Ele, entretanto, não chegou no Paraná com a esposa, sogra e filho porque foi impedido de atravessar a fronteira da Eslováquia. Homens com menos de 60 anos são obrigados a servir na guerra.
A família saiu de Fastiv há 10 dias, cidade que fica a 70 quilômetros da capital da Ucrânia, Kiev.
Ucraniano pediu refúgio para amigo curitibano
Divulgação/RPC
Mesmo sem conseguir seguir viagem, ele incentivou a continuidade da fuga da família, que foi resgatada no voo da Força Aérea Brasileira (FAB), no último dia 9. A criança, Marcos, tem nacionalidade brasileira.
Leia também:
Brasileira recolhe doações e viaja 3.000 km para ser voluntária na fronteira com a Ucrânia
Jogador que fugiu da Ucrânia chega ao Paraná e é recebido pelos pais
Antes da guerra, eles moraram no Brasil, mas voltaram para a Ucrânia quando começou a pandemia do coronavírus.
Marcos da Silva é amigo de longa data da família ucraniana
Divulgação/RPC
“A embaixada não queria colocar eles no avião. Mas eles falaram que o Marcos [criança] era brasileiro e aí eles conseguiram um lugar e vieram no voo da FAB”, explicou o artista plástico curitibano.
Neste sábado, quando parte da família desembarcou no Paraná, Volodymyr contou ao amigo, por telefone, que conseguiu provar na Ucrânia que tem problemas de saúde e, por isso, foi dispensado da guerra. Ele disse que fugirá para Curitiba e a expectativa é que chegue ao Brasil na semana que vem.
“Eu sempre soube que o coração do brasileiro era muito grande”, disse Volodymyr Borodin.
Volodymyr Borodin
Diuvlgação/RPC
Comunidade ucraniana no Paraná acompanha guerra à distância
Comunidade Ucraniana no Brasil repudia invasão russa e relata preocupação
Paranaense que está na Ucrânia relata fuga de famílias para Ternópil
Descendentes de ucranianos em Prudentópolis fazem ato de apoio ao país
Prudentópolis oferece refúgio para ucranianos: ‘Portas e coração aberto’
Ucraniana que morou no Brasil relata situação em Kiev
Descendentes de ucranianos que moram em Curitiba fazem ato de apoio ao país
Paróquia ucraniana produz adesivos para arrecadar dinheiro e enviar a Ucrânia
Morador de Prudentópolis conversa com irmão que está no servindo ao exército ucraniano
A invasão
A Rússia iniciou, em 24 de fevereiro, uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia.
Mapa mostra situação da guerra na Ucrânia
Arte g1
Putin iniciou o ataque ao leste da Ucrânia, com misseis e explosões. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acionou tropas e distribuiu armas aos ucranianos.
A capital, Kiev, teve congestionamentos, corrida aos mercados e estações de trem lotadas. Milhares de moradores começaram a deixar a cidade desde as primeiras horas do dia.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma “invasão em grande escala” contra o país.
Países contrários à invasão, como Estados Unidos, França e Inglaterra, anunciaram sanções para sufocar a economia russa, numa tentativa de desestimular os ataques.
Vídeos mais assistidos do g1 PR:
Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
Fonte: G1 Mundo