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Força belga faz Brasil reforçar atenção na bola parada, trauma de 4 Copas

Entre as virtudes identificadas pelo Brasil a respeito da Bélgica, o desempenho em jogadas pelo alto é um ponto forte. A próxima adversária dos brasileiros (sexta-feira em Kazan) faz a seleção de Tite redobrar a atenção sobre esse aspecto a partir de agora. A história recente em Mundiais mostra que essa é uma boa decisão para as quartas de final na Rússia.

AP Photo/Luca Bruno
Zidane sobe de cabeça para marcar contra o Brasil na final da Copa do Mundo de 1998 Imagem: AP Photo/Luca Bruno

Das últimas cinco Copas disputadas, exceção feita ao título de 2002, o Brasil teve as jogadas de bola parada como protagonistas nas quedas para a França (98 e 2006), Holanda (2010) e até mesmo a Alemanha (2014). Você pode não ter se dado conta, mas foi exatamente assim que o sonho do título mundial se encerrou para os brasileiros em todos esses Mundiais.

O torneio na Rússia mostra que a tendência desse tipo de lance decidir jogos está mais viva do que nunca. Até as oitavas de final, 42% dos gols da Copa 2018 saíram em jogadas de bola parada.
Brasil trabalha muito, mas rivais fizeram 4 gols assim

É importante destacar, dentro desse tema, que há uma diferença importante entre bolas aéreas, que podem ser qualquer jogada com um cruzamento, ou bolas paradas, que é o que efetivamente conta aqui. A comissão técnica do Brasil costuma dividir o jogo em três momentos: o ofensivo, o defensivo e o perigoso momento da bola parada. É quando as duas equipes traçam estratégias, se posicionam para tal e se concentram para executar algo que foi exaustivamente treinado anteriormente.

Há uma divisão de trabalho entre os auxiliares de Tite para essas três fases do jogo. Cléber Xavier, o mais experiente, se foca mais no momento ofensivo. Sylvinho, ex-lateral esquerdo, fica a cargo da defesa. É então Matheus Bachi, o filho do treinador, quem lidera essa estratégia das bolas paradas.

Os números mostram que, estatisticamente, é aí que o Brasil sofre a maior parte de seus pouquíssimos gols na era Tite. Em 25 jogos, a seleção foi vazada em seis oportunidades apenas, e quatro desses gols surgiram das bolas paradas.

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