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Gleisi: PT não trabalha com hipótese de Haddad assumir candidatura

O PT não trabalha com a hipótese de o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad assumir a candidatura à Presidência no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e irá às últimas consequências com a postulação de Lula, que estará na campanha eleitoral “de um jeito ou de outro”, disse nesta segunda-feira (13) a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

Em entrevista coletiva a veículos estrangeiros na sede nacional do PT no centro de São Paulo, Gleisi reiterou que a candidatura de Lula ao Planalto será registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta-feira (15) e disse que o registro será acompanhado de um “grande ato popular” promovido por movimentos sociais, como o Movimento dos Sem-Terra (MST).

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Segundo Gleisi, Haddad será registrado como vice na chapa de Lula e atuará como porta-voz do ex-presidente em viagens pelo Brasil, enquanto Lula estiver preso em Curitiba cumprindo pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP).

“Não estamos trabalhando com a hipótese de ele (Haddad) assumir a candidatura de Lula”, disse Gleisi durante a entrevista.

A presidente do PT afirmou que o partido buscará junto à Justiça Eleitoral que Lula possa participar da campanha eleitoral mesmo preso, mas avisou que ele estará na campanha “de um jeito ou de outro” e falará ao povo brasileiro “de um jeito ou de outro”.

Na avaliação do PT, disse Gleisi, Lula só não vencerá a eleição se for impedido de concorrer, o que, para ela, seria uma violência.

“Você não tem eleições livres e democráticas se proibir o principal candidato de disputar”, disse Gleisi, se referindo ao fato de Lula liderar as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República.

O PT e movimentos sociais planejam uma caminhada com cerca de 40 mil pessoas, pelas estimativas preliminares, em Brasília para registrar a candidatura de Lula na quarta-feira.

Gleisi comparou o que avalia ser uma atuação política do Judiciário no Brasil e em outros países da América Latina com as ditaduras militares que governaram países da região nas décadas de 1960 a 1980.
Carta de Lula

Em carta enviada a uma emissora de rádio do Ceará, Lula também reiterou que será candidato ao Palácio do Planalto na eleição de outubro.

“Sou sim candidato à Presidência da República”, disse Lula na carta à Rádio Povo.

“Acharam que me isolando aqui, me calariam, mas eu falarei pela voz do companheiro Fernando Haddad e da companheira Manuela D’Ávila. Que irão viajar o Brasil dizendo o que estamos propondo para consertar tudo que o golpe desarrumou neste país”, acrescentou Lula, se referindo também à deputada estadual gaúcha do PCdoB, que assumirá a vaga de vice na chapa presidencial petista quando a situação jurídica for resolvida.

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