O inquérito que investiga a senadora Kátia Abreu (PMDB), aberto a partir da delação premiada de executivos da Odebrecht, foi redistribuído para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O processo estava com Edson Fachin, responsável pelos casos da Lava-Jato, mas o sorteio foi determinado pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, porque não há relação com a Petrobras, foco incial da operação. Mais de 60 inquéritos foram redistribuídos pelo mesmo motivo. A informação é do O Globo.
Em abril deste ano – quando Edson Fachin autorizou o inquérito – foi revelado o teor de quatro delações da Odebrecht. Os executivos afirmaram – em delação premiada – ter feito repasse de R$ 500 mil para a Kátia Abreu (PMDB) na campanha eleitoral de 2014, por meio de caixa dois. Representante do agronegócio, a peemedebista já chegou a ser apelidada por ambientalistas como “Miss Desmatamento” e “Rainha da Motosserra”, mas no “Departamento de Propinas” da construtora a tocantinense constava com o codinome “Machado”. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo, que apontou ainda que as negociações teriam sido mediadas pelo marido da senadora, Moisés Pinto Gomes.