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Justiça descobre dois apartamentos atribuídos à mulher de Cabral no Rio

Rio de Janeiro

Um ano e meio após determinar a indisponibilidade dos bens da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), a Justiça bloqueou em abril deste ano dois imóveis de propriedade da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro.

Os dois apartamentos num prédio em Ipanema (zona sul), avaliados em R$ 6,3 milhões, não estão em nome de Ancelmo no registro de imóveis. Os documentos do cartório mostram até hoje como proprietário a Cyrela, responsável pela construção do edifício Wave Ipanema, concluído em 2014.

Os imóveis só foram bloqueados em abril após o condomínio apontar uma dívida de cerca de R$ 100 mil, indicando como real proprietária a ex-primeira-dama do Rio.
Ancelmo adquiriu os apartamentos em 2012 e 2014, ambos antes da conclusão da obra. Embora não fossem de conhecimento da Justiça, ela os declarou em seu Imposto de Renda, constam no relatório produzido pela Receita Federal e juntado na ação penal contra a advogada.

As duas transações com a Cyrela foram oficializadas em escrituras públicas, mas nunca comunicadas ao registro de imóveis.

Ao determinar o bloqueio de bens, é a esses cartórios que a Justiça Federal envia ofício a fim de impedir a venda do patrimônio em nome de investigados. Como eles não estavam em nome da ex-primeira-dama, a indisponibilidade não havia sido imposta até abril deste ano.

Ancelmo teve os bens bloqueados em janeiro de 2017, um mês após ser presa em razão dos desdobramentos da Operação Calicute, que prendeu seu marido, Sérgio Cabral (MDB), em novembro de 2016.

Ela já foi condenada em quatro ações penais pelo juiz federal Marcelo Bretas a, no total, 41 anos e cinco meses de prisão.

As investigações apontam que Cabral usou o escritório de advocacia da mulher para lavar dinheiro de propina. Ela também foi condenada por branquear at

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