Caracas, 18 dez 2018 (AFP) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta segunda-feira seu homólogo colombiano, Iván Duque, de liderar uma ação militar contra seu governo, e prometeu armar “até os dentes” 1,6 milhão de civis.
“Ele (Duque) pessoalmente dirige a preparação de ações contra a Venezuela, denuncio isto ao mundo. Age com o apoio e o financiamento da Casa Branca”, disse Maduro durante parada militar para recordar a morte de Simón Bolívar, em 1830, e a criação da Milícia Bolivariana, em 2009.
“Nós não nos metemos com ninguém, Iván Duque, mas você será o responsável se algum dia a Colômbia agredir militarmente a Venezuela. Que o nosso povo e o povo colombiano saibam disso”, advertiu Maduro no Forte Tiuna.
“Por tua ambição, por teu egoísmo, por teu ódio contra a Venezuela, por tua imaturidade, não está preparado para ser (…) presidente da Colômbia”, declarou Maduro sobre Santos.
Maduro tem elevado o tom contra Estados Unidos, Colômbia e Brasil, países que acusa de colocar em andamento um plano para derrubá-lo ou assassiná-lo, enquanto se alista para iniciar um segundo mandato, a partir de 10 de janeiro, cuja legitimidade é questiona pela maior parte da comunidade internacional.
Segundo Caracas, o complô inclui o treinamento de tropas nos Estados Unidos para tomar bases militares na Venezuela, e de mercenários na Colômbia para simular ataques de tropas venezuelanas aos países vizinhos.
Para repelir qualquer incursão, Maduro ordenou armar “até os dentes a Milícia” e tornar a Venezuela “inexpugnável”.