As queimadas que se espalham por grande parte da região norte do Brasil devastaram mais da metade do Parque Nacional do Araguaia, no oeste do Tocantins. A área é o equivalente a duas vezes a cidade de São Paulo. O fogo dura quase um mês e é combatido por uma equipe de 25 pessoas. Os órgãos ambientais preparam agora uma operação maior, com 60 profissionais e voluntários, para tentar resolver a situação.
Em Carmolândia, no norte do estado, um incêndio florestal atingiu oito fazendas e matou pelo menos mil animais entre cabeças de gado, cavalos e outros. O Corpo de Bombeiros não consegue atender a todos os chamados e em muitos lugares os próprios funcionários da fazenda combatem o fogo.
“Quando cê [sic] consegue combater um local, já tem 3, 4 locais pra você combater. Então tá muito difícil”, conta o produtor rural Rodrigo Guerra.
A fumaça também prejudica a visibilidade nas estradas. Em Carmolândia, uma caminhonete acabou batendo na viatura da Polícia Militar. Ninguém ficou ferido. Em Palmas não chove há 127 dias e a temperatura se aproxima dos 40ºC. O Tocantins já registrou 16.595 focos de queimadas em 2017, mais de 8 mil apenas em setembro, o pior resultado para o mês nos últimos cinco anos.
A nova força tarefa vai reunir o Corpo de Bombeiros, o Ibama, o Exército e brigadistas. “Existe uma previsão do INPE que se estenda o período seco até outubro. Então em função disso, nós estamos aqui com todos os órgãos reunidos, pra ver a capacidade de cada um de dar respostas ao incêndios que estão ocorrendo hoje”, diz o técnico do Ibama, José Carlos Mendes.
Fonte: G1 Tocantins