Pré-candidato ao governo do Tocantins pelo Rede Sustentabilidade, o advogado Marlon Reis segue cumprindo agenda pelo interior do Estado. No Bico do Papagaio no final de semana, o agora político comentou sobre a falta de indústria na região e criticou o abandono de projetos como o sistema de irrigação de Sampaio e do Ecoporto de Praia Norte. Conhecido por ser um dos idealizadores da Lei Ficha Limpa, o ex-juiz culpou a “oligarquia” e disse que “caciques” não querem o desenvolvimento do Estado por esta garantir a “independência” da população.
Marlon Reis esteve na sexta-feira, 29, em Augustinópolis, onde palestrou para estudantes e educadores da Faculdade do Bico do Papagaio (Fabic). “A indústria gera independência do cidadão e os poderosos e os caciques políticos não querem. Eles só falam e não fazem de propósito porque querem que o povo fique cada vez mais dependente do Estado”, argumentou. O pré-candidato lamentou a falta de investimento na região. “É impressionante. Aqui no Bico do Papagaio, por exemplo, carece de uma empresa, de uma indústria, para trazer o desenvolvimento e a renda aos cidadãos”, acrescentou.
O pré-candidato ainda citou o Ecoporto de Praia Norte e o Projeto de Irrigação Sampaio como “exemplos práticos” de desperdício de dinheiro público. “Estive no Ecoporto de Praia Norte. Primeiro que lá não se deixa entrar ninguém. Está fechado e com uma placa de ‘proibido a entrada’. Absurdo! Já no [projeto] Sampaio a situação é outra calamidade. Um local que poderia, além de atender os agricultores, deveria ter uma agroindústria para que a produção fosse beneficiada, agregando renda aos produtos tocantinenses. Mas o que vemos lá é abandono”, comentou.
“É difícil entender o motivo de projetos grandiosos e importantíssimos começam a ser feitos, param e não são finalizados. É inadmissível”, anotou Marlon Reis, que defende o investimento em tecnologia e planejamento como solução. “É preciso investir em educação, tecnologia e dar condições para que as empresas e as indústrias venham. A educação é fundamental. Por exemplo, temos a Unitins, que precisa cumprir seu papel de indutora da tecnologia no Estado, levando a todas as partes do Tocantins condições para formação de novos profissionais e mecanismos de aprendizado”, disse.
Marlon Reis reforça que o estudo prévio e organização são essenciais para o correto uso do erário. “E o investimento tecnológico, em logística e infraestrutura são primordiais. É preciso um projeto eficaz com estudo de viabilidade, um planejamento sério com começo, meio e fim para que as empresas venham, tenham condições de atuar e ficar. Isso é uma gestão eficaz, que evita desperdício de dinheiro público e gera resultados”, defendeu.
O pré-candidato também realizou uma reunião com moradores do povoado Bela Vista, na noite de sábado, dia 30, em São Miguel do Tocantins. O tom do evento foi de crítica aos políticos do Estado. “A nossa estratégia de conquista de apoio para este movimento é diferente da que a política tradicional usa. Eles usam a maneira vertical, de cima para baixo. Já a nossa busca é feita de forma horizontal, ou seja, de lado a lado, o que é algo revolucionário no Estado do Tocantins”, afirmou.
Marlon Reis cita o baixo número de gestores escolhidos diretamente pelos eleitores para criticar o que chamou de “política tradicional”. “Vamos romper a tradição da oligarquia de um Estado que em praticamente 30 anos de vida só teve três governadores eleitos pelo povo. Outros foram eleitos indiretamente. Diante disso, estamos percorrendo o Estado para que as pessoas conheçam nossas propostas, programas e projetos para o Tocantins”, disse.
Segundo o próprio advogado, o objetivo da pré-candidatura é ocupar o espaço deixado em razão da descrença da desgastada classe política tradicional no país. “Há uma lacuna imensa a ser ocupada. Ouço pelo Tocantins que nas últimas eleições as pessoas, infelizmente, diziam que tinham que escolher o menos pior e não alguém em quem pudessem confiar em virtude das suas ideias e da sua biografia”, concluiu.(Com informações da assessoria)