Nicolas Cardoso Leal tinha paralisia e, após uma campanha na web, conseguiu arrecadar dinheiro para tratamento. Criança morreu enquanto dormia, segundo parentes.
O menino Nicolas Cardoso Leal, 4 anos, que mobilizou as redes sociais em prol de um tratamento contra a paralisia, morreu na madrugada desta quarta-feira (23), em Araguaína. A família conseguiu arrecadar uma quantia em dinheiro e chegou a iniciar um tratamento com células tronco no Paraguai, mas ele não resistiu.
Segundo informações de familiares, o menino dormiu por volta das 2h da madrugada e não acordou mais. De manhã, parentes perceberam que ele estava sem sinais vitais. O corpo já está no IML da cidade. A família não deu informações sobre o velório e o enterro.
Parentes e amigos lançaram uma campanha nas redes sociais para conseguir R$ 120 mil. O dinheiro era para arcar com o tratamento na Tailândia. Como o dinheiro arrecadado não foi suficiente, os parentes decidiram levar o menino para fazer um tratamento alternativo no Paraguai.
No dia 20 deste mês, a página no Facebook “Diário de Nicolas” chegou a publicar um vídeo mostrando os avanços do tratamento. “Bom dia amiguinhos, eu estou muito bem depois que eu fiz meu tratamento. Se Deus quiser, em dezembro eu vou voltar e eu estou aqui para vocês verem o quanto eu estou espertão”, diz a madrinha do menino, Renata Cardoso.
O caso
Nicolas Cardoso Leal tinha uma vida normal até os dois anos, quando teve uma forte febre acompanhada de convulsões. O menino entrou em coma e quando acordou não podia mais andar, falar e se movimentar.
Uma página no Facebook, Diário do Nicolas, foi criada para mostrar o dia a dia do menino. “Ele andava, corria para todo lado, mas teve encefalite viral com febre alta e convulsões, além da demora a ter acesso à UTI, que causou danos cerebrais graves”, disse a madrinha dele, Renata.
Nos últimos dois anos, o menino passou por quatro internações. “O que a gente busca é uma melhora para ele, na qualidade de vida. Ele não senta, só vive deitado e tudo nele se agrava. Quando ele estava na UTI agora, pela última vez, o médico disse que não tinha mais jeito e ele teria que viver na UTI, viver sedado. Eu falei que não aceitava e ia buscar outros métodos.”
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