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Com números, Jair Ventura defende jogadores na derrota: “Foram valentes”

Apesar da decepção com o resultado e de considerar justa a vitória do Avaí, técnico do Botafogo afirma que equipe teve 67% da posse de bola e finalizou 29 vezes ao gol

Por SporTV.comRio de Janeiro

Com a surpreendente vitória do Avaí sobre o Botafogo por 2 a 0, na noite desta segunda, no Estádio Nilton Santos, caiu uma invencibilidade de quatro jogos do Alvinegro e foi embora, por enquanto, o sonho de um salto para o 3º lugar no Brasileirão. Depois da partida, o técnico Jair Ventura participou do “Bem, Amigos” e, apesar de decepcionado com o resultado, fez questão de elogiar o desempenho de sua equipe, que pressionou a partida por um bom tempo e encontrou pela frente um paredão chamado Douglas Friedrich, goleiro que, em sua estreia no campeonato, segurou a pressão com defesas milagrosas no 2º tempo.

Jair fez questão de citar números expressivos na partida para mostrar que a equipe alvinegra foi incansável na luta pelos três pontos. E mostrou profundo respeito pela equipe do Avaí, que com a vitória saiu da lanterna do Brasileirão, passando o Atlético-GO e ocupando agora o 19º lugar.

– Eu sempre falei, me perguntaram se era obrigação a gente vencer a equipe do Avaí. Acho uma falta de respeito com os profissionais que lá estão. São profissionais que trabalham tanto ou igual à gente e que buscam sempre o seu melhor.  Lógico que quando você olha duas equipes na tabela e vê essa diferença, você acha que a equipe de casa tem obrigação. Mas já vencemos muitas equipes jogando fora, isso faz parte do futebol. Agora, é complicado o resultado, é muito ruim, você perde de 2 a 0 dentro de casa. Mas se você olhar o jogo, passar o VT agora, você vai ver 29 finalizações do Botafogo, 67 por cento de posse de bola. Como é que eu posso reclamar dos meus atletas, que foram valentes,.lutaram até o final, finalizaram 29 vezes, mas não conseguiram o resultado?

Jair Ventura Botafogo x Avaí (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)Jai diz que não pode reclamar da derrota porque time finalizou 29 vezes a gol (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

O treinador alvinegro lembrou também a prematura saída de Montillo na partida, com apenas sete minutos, com dores na panturrilha direita. Enfrentando uma série de problemas físicos desde que chegou ao clube, o meia justamente voltava a começar uma partida como titular depois de quase quatro meses parado, desde o início de abril, na época do Campeonato Carioca. E o técnico considerou, pelos números, que fez a opção correta ao lançar o atacante Guilherme.

– Eu tenho uma coisa na minha vida,. na minha carreira, que eu quero. É sempre falar de futebol de uma maneira aberta, verdadeira. Eles (o Avaí) foram efetivos e mereceram a vitória, mas o Botafogo em nenhum momento deixou de lutar a criar oportunidades. Sempre falo nas minhas coletivas que não fico preso a um único sistema. A gente tem diversas maneiras de jogar. Eu perdi o Montillo com cinco minutos de jogo. Assim que eu tomei o gol eu perdi o Montillo. Foi simultâneo. Eu faço o quê? Boto mais um volante ou boto o time numa situação mais para frente? Ali é decisão do treinador. e eu acho que a decisão, apesar de o resultado ter sido ruim, foi acertada. Porque não seria acertada, na minha humilde concepção de futebol, se nós não tivéssemos criado nenhuma oportunidade. Mas uma equipe que cria 29 oportunidade e tem 67% de posse de bola, eu acho que não foi por conta do sistema que a equipe do Botafogo não venceu.

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Termômetro olímpico: seleção de handebol mantém hegemonia no continente

1
Mais um título

A seleção brasileira feminina de handebol conquistou o Campeonato Pan-Americano da modalidade pela décima vez. No domingo, o time bateu na final a Argentina, que jogava em casa, por 38 a 20, e garantiu a vaga para o Campeonato Mundial, que será em dezembro.
2
América do Sul verde-amarela

O Brasil terminou o Campeonato Sul-Americano de atletismo na primeira posição no quadro de medalhas, com 17 ouros, 12 pratas e sete bronzes. Os destaques ficaram por conta de Andressa Morais, que quebrou o recorde sul-americano dos lançamento do disco, Darlan Romani, que fez 21m02 no arremesso do peso para se manter entre os melhores do mundo, e Núbia Soares, que venceu a vice-campeã olímpica no salto triplo.
3
Bruno Fratus leva ouro

A seleção brasileira disputou, no fim de semana, o Trofeo Sette Colli de natação, em Roma, na Itália. O destaque ficou por conta de Bruno Fratus, que venceu os 50m livre, e ainda ficou com a prata nos 100m livre. O torneio foi preparatório para o Mundial, que será em julho, na Hungria.
4
Repeteco

Assim como na semana passada, o Brasil levou dois títulos no tênis. Marcelo Melo, ao lado do polonês Lucasz Kubot, foi campeão do ATP de Halle, na Alemanha, enquanto Bruno Soares, com Jamie Murray, levantou o troféu no ATP de Queen´s, em Londres.
5
Medalha em Portugal

Viviane Jungblut conquistou a medalha de prata na etapa de Setúbal, Portugal, da Copa do Mundo de águas abertas, última grande competição antes do Campeonato Mundial, mês que vem, na Hungria. É a primeira medalha da carreira dela neste evento.
6
A medalha ainda não veio…

O Campeonato Mundial de taekwondo está sendo disputado nesta semana, em Maju, na Coreia. Até o momento, o país não levou nenhuma medalha, com o principal resultado conquistado por Adriano Alves, que venceu três lutas, mas fechou em quinto lugar.
7
Quase medalha

Marcus D´Almeida conseguiu um grande resultado na etapa dos EUA da Copa do Mundo. Ele ficou na quarta posição em um evento que contou com diversos medalhistas olímpicos e mais de 100 atletas. Outro brasileiro, Marcelo Costa, também foi bem, terminando em quinto.
8
Altos e baixos

No ano de estreia na classe 49er, Robert Scheidt, que veleja ao lado de Gabriel Borges, segue com resultados razoáveis. Na semana de vela de Kiel, a dupla começou muito bem, chegou a ficar em segundo lugar na classificação no início, mas acabou indo mal nas últimas regatas e despencou na classificação, terminando fora do top 10.
9
Bronze no skate

Carlos Ribeiro levou o bronze na etapa de Monique do Circuito Mundial de street, seu melhor resultado na carreira. Kevin Hoefler terminou em quinto.
10
Ana Sátila em oitavo

Ana Sátila, que esteve nas duas últimas Olimpíadas, foi o destaque brasileiro na etapa da Alemanha da Copa do Mundo, terminando em oitavo lugar na prova do C1. No K1 acabou eliminada na semifinal. Já Pedro Henrique, sexto colocado na Rio 2016, não avançou para a semifinal.No c1 masculino, Felipe Borges foi nono
11
Título no ciclismo

Principal atleta do Brasil no ciclismo Mountain Bike, Raiza Goulão venceu, no fim de semana, o Campeonato Superprestigio de Mountain Bike, disputado em Moralzarzal, na Espanha.
12
Fora da elite

Apesar da boa campanha na etapa do Circuito Mundial de rugby, com duas vitórias, a seleção brasileira feminina da modalidade acabou não conseguindo se assegurar na elite para o ano que vem. Com o resultado na última etapa, 11ª posição, o time não conseguiu passar a Espanha no ranking mundial, e não é mais uma equipe fixa nas principais competições para a próxima temporada.
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Ricciardo e Bottas falam da proeza de vencerem após ficarem entre os últimos

Australiano vencedor chegou a ser 17º após pitstop não planejado no início da prova. Bottas caiu para o último lugar após incidente na largada, mas terminou o GP do Azerbaijão em segundo

Ricciardo e Bottas falam da proeza de vencerem após ficarem entre os últimosRicciardo e Bottas falam da proeza de vencerem após ficarem entre os últimos

Antes da largada, vá lá, Daniel Ricciardo, da RBR, apostaria umas três fichas das dez que possuía em si mesmo como vencedor do GP do Azerbaijão, disputado neste domingo no Circuito de Baku. Largaria em décimo e seu carro, o modelo RB13-Tag Heuer (Renault) era mais lento que o W08 Hybrid do pole position, Lewis Hamilton, e da Ferrari SF70H do líder do mundial, Sebastian Vettel, quinto no grid. Essa história vai mudar completamente. Aguarde só.

Já Valtteri Bottas, da Mercedes, segundo no grid, apostaria, como disse ao GloboEsporte.com, nove das fichas em si mesmo. “Tenho de começar uma corrida acreditando que vou ganhar, ainda mais com um carro como o meu e largando na primeira fila.”

Mas se fosse possível a Ricciardo rever sua aposta, depois de somente cinco voltas, tiraria as fichas de si e colocaria em Hamilton e Vettel. Olha o que disse após da corrida: “Se já achava que minhas chances eram pequenas, após fazer um pit stop não programado na quinta-volta, para tirar do meu sistema de freios pequenos pedaços dos carros que se acidentaram, aí então não via mesmo possibilidade de vitória. Caí para 17º”.

Com Bottas a reversão de expectativa foi ainda mais dramática. Na freada da curva 2, depois da largada, Kimi Raikkonen, da Ferrari, terceiro no grid, tentou ultrapassá-lo para assumir o segundo lugar. Bottas se posicionou por dentro e começaram a curva lado a lado. Ao passar sobre a zebra interna, Bottas foi catapultado para fora, na direção da Ferrari de Raikkonen. O choque foi inevitável. Mais: o modelo SF70H da Ferrari tocou também com o lado direito no muro. Mesmo assim Raikkonen seguiu na corrida, aparentemente sem dano maior.

Replay da largada do GP do Azerbaijão

Replay da largada do GP do Azerbaijão

Uma volta atrás

Já Bottas precisou percorrer devagar a maior parte do 6.003 metros do Circuito de Baku com furo no pneu. Ele perdeu muito tempo. Quando deixou os boxes, o carros estavam abrindo a terceira volta, ou seja, perdeu uma volta.

Voltando à história das apostas. Das nove fichas que colocou em si, Bottas possivelmente tiraria a maioria para destiná-las a seu companheiro de Mercedes, Hamilton, líder e com um dos dois carros mais rápido na pista. O outro era a Ferrari de Sebastian Vettel, segundo colocado, àquela altura, e Raikkonen, quinto.

Bottas já vai para os boxes para trocar frente do carro

Bottas já vai para os boxes para trocar frente do carro

Pois, acredite, se Ricciardo e Bottas tivessem reduzido a aposta que fizeram em si próprios, baseados na sua experiência em como as corridas se desenvolvem na F1, teriam se arrependido. Profundamente. Como talvez em nenhuma outra temporada da história da F1, a lógica parece não servir muito de referência para projetarmos o que vem pela frente este ano.

Assim, no frigir dos ovos, ao final da 51ª volta, o que sugeria muito pouco provável acabou acontecendo. Ricciardo, o mesmo que largou em décimo, por ter batido na classificação, e feito um pit stop extra no começo da prova, para tirar detritos retidos entre as pastilhas e os discos de freio, venceu a oitava etapa do campeonato. E Bottas, que estava não apenas em último, mas com uma volta atrás de todos, recebeu a bandeirada na segunda colocação.

Vale ou não a pena puxarmos o fio do novelo para desatar o nó, tentar entender a proeza de ambos, favorecidos, claro, pelas circunstâncias únicas da corrida quase única deste domingo, com todos os ingredientes de um grande espetáculo?

A saber: velocidades próximas dos 350 km/h, guerra de vácuo como nenhuma outra pista proporciona, acidentes, entre pilotos de equipes distintas e companheiros, intrigas, acusações, punição, demonstração de competência extrema, determinação, coragem, dentre outros predicados que poderíamos atribuir à segunda edição do GP do Azerbaijão.

Até o fim! Ricciardo vence, mas Bottas rouba a cena ultrapassando na linha de chegada

Até o fim! Ricciardo vence, mas Bottas rouba a cena ultrapassando na linha de chegada

Especialista em ganhar provas confusas

“Corrida maluca”, assim a definiu Ricciardo. “Tive muita sorte, o problema de Lewis com o protetor da cabeça (teve de regressar aos boxes na 31ª volta, quando era líder, para fixá-lo), a punição a Sebastian (10 segundos de stop and go por deliberadamente jogar sua Ferrari contra a Mercedes de Hamilton, na 19ª volta, com o safety car na pista, quando era segundo). Nas poucas vitórias que obtive (cinco), a maioria foi em corridas malucas como essa.”

Foram elas, sempre com RBR: Canadá, Hungria e Bélgica, em 2014, Malásia, no ano passado, e Azerbaijão, neste domingo.

Nico Rosberg faz o shoey no pódio do GP da Malásia e Daniel Ricciardo celebra (Foto: Reuters)Nico Rosberg faz o shoey no pódio do GP da Malásia e Daniel Ricciardo celebra (Foto: Reuters)

Nico Rosberg faz o shoey no pódio do GP da Malásia e Daniel Ricciardo celebra (Foto: Reuters)

Só sorte também não garante nada a ninguém na F1. “Quando soube dos problemas de Lewis e Sebastian comecei a acreditar ser possível vencer, mas teria de fazer tudo bem certo. Eu me mantive superfocado em cada curva, fazer cada volta com perfeição e tirando o máximo do carro, do motor, dos freios.”

Como mencionou, Ricciardo era o 17º na sexta volta. Contou com as dificuldades dos concorrentes, sim, a exemplo das de Hamilton e Vettel, e teve ainda as de Sérgio Perez e Esteban Ocon, da Force India, que colidiram, na relargada da 20ª volta. Todos estavam na sua frente, bem como o companheiro, Max Verstappen, na décima volta, quarto, pouco antes de abandonar, na 13ª volta, com problemas na unidade motriz.

Ultrapassagens espetaculares

A “sorte” de Ricciardo de fato existiu, como também houve demonstração de grande habilidade, demonstrada na espetacular ultrapassagem sobre Felipe Massa, Williams, e Nico Hulkenberg, Renault, na 23ª volta, na freada da curva 1, na relargada, para assumir a terceira posição, a que o permitiu ser líder quando Hamilton e Vettel pararam.

“Sim, essas ultrapassagens foram fundamentais, mas fiz outras na corrida.” Foram as sobre Fernando Alonso, da McLaren, Carlos Sainz Júnior, STR, e Marcus Ericsson, Sauber, na nona volta, para assumir o 11º lugar, e a sobre Kevin Magnussen, Haas, 15ª volta, a fim de ser nono.

Relargada no Azerbaijão e Felipe Massa volta mal para a prova

Relargada no Azerbaijão e Felipe Massa volta mal para a prova

Max é tido, com fundamentadas razões, como um supertalento da nova geração de pilotos. E como lembrou Ricciardo, “atravessa um momento de as coisas não se encaixarem para ele”. Abandonou as duas últimas etapas, no Canadá e no Azerbaijão, enquanto ele chegou no pódio nas duas. Ricciardo foi terceiro em Montreal e venceu neste domingo.

Dessa forma, ultrapassou Raikkonen na classificação do mundial, ao assumir o quarto lugar, com 92 pontos, diante de 73 do finlandês. Com os problemas de confiabilidade da unidade motriz Renault, em especial no seu carro, Max segue em sexto, com 45, menos da metade dos pontos de Ricciardo.

RBR, daqui para a frente bem melhor

O GloboEsporte.com perguntou a Ricciardo se agora, com a sensível melhora do chassi da sua escuderia, sendo desenvolvido por ninguém menos de Adrian Newey, e da unidade motriz Renault na versão de Baku, com mudanças no gerenciamento eletrônico, ele e Max têm condições de se inserir dentre os primeiros, como num certo sentido aconteceu no fim de semana. A começar pela próxima etapa, nona do calendário, o GP da Áustria, no circuito da RBR, Red Bull Ring, dia 9.

“Aqui andamos para a frente, nossa velocidade nas retas foi boa e eu nas relargadas ganhei várias posições. Havia diferentes unidades motrizes na minha frente e se não as ultrapassei estive no mesmo nível. Os pequenos upgrades (atualizações) introduzidos aqui ajudaram. Acredito que o problema de Max pode ter sido causado por detritos da pista que acabaram por superaquecer seu carro. Como falei, estamos no caminho certo e nossa meta é nos tornarmos mais e mais fortes”, respondeu Ricciardo.

 Daniel Ricciardo durante o GP do Azerbaijão (Foto: REUTERS/David Mdzinarishvili) Daniel Ricciardo durante o GP do Azerbaijão (Foto: REUTERS/David Mdzinarishvili)

Daniel Ricciardo durante o GP do Azerbaijão (Foto: REUTERS/David Mdzinarishvili)

Esse sempre simpático australiano, que não se deixou contaminar pela obrigação de ser sisudo da F1, pode não ter o supertalento de Max, mas é também um grande piloto, veloz e regular, não tem altos e baixos. É por essa razão que seu nome já começa a circular no paddock como sério candidato a ocupar a vaga de Raikkonen na Ferrari em 2018. Isso se Vettel, o líder do grupo, concordar. Levando em consideração que o alemão perdeu feio a disputa com Ricciardo na RBR, em 2014, o primeiro da era híbrida, é pouco provável que Vettel concorde.

O GloboEsporte.com também fez perguntas a Bottas, a exemplo de se estava ansioso, na 12ª volta, quando o primeiro safety car foi acionado, para a retirada da STR de Daniil Kvyat. O finlandês estava uma volta atrás de todos. Nesses casos, depois de a pista ser limpa, a direção de prova autoriza os retardatários, com uma volta a menos, ultrapassar o safety car para entrar na mesma volta de todos.

Safety cars salvadores da pátria

“Sim, eu cobrei bastante a equipe nessa hora. A autorização não vinha. E quando não havia obstáculos mais na pista e pude ultrapassar já era tarde, não consegui chegar no pelotão da corrida”, disse Bottas. Atrasado, mas pelo menos já estava na mesma volta de todos.

“O que me ajudou de fato a crescer na classificação e chegar no pódio foi o segundo safety car. Com ele, eu encostei nos que estavam na prova bem na minha frente. Agora cada ultrapassagem que fazia valia muito, valia posição”, contou ao GloboEsporte.com. Como Ricciardo, foi sendo favorecido pelo abandono ou problema dos concorrentes na sua frente mas, ao mesmo tempo, ia passando quem aparecesse.

A 14 voltas da bandeirada, na 37ª volta, o piloto da Mercedes já era o quinto, atrás de Ricciardo, líder, Lance Stroll, Williams, segundo, e Ocon, terceiro, e Magnussen, quarto. Bottas ultrapassa o dinamarquês, nessa volta, e fica em quarto, ganha também a posição de Ocon, na seguinte, e já está no pódio, terceiro.

Entre ele e Stroll a 14 voltas da bandeirada havia 14s501 de diferença. O ritmo do finlandês foi de tirar o fôlego, se aproximando na média de um segundo por volta do adversário. A projeção indicava que entraria na última reta podendo usar o DRS para tentar a ultrapassagem no canadense, por estar a um segundo ou menos dele, e receber a bandeirada em segundo.

Pois na última volta Bottas estabelece a sua melhor na prova, terceira no geral, 1min43s925, e de fato pega o vácuo da Williams FW40-Mercedes de Stroll. Como são 2.200 metros de aceleração plena, da realidade um pouco menos, por a linha de chegada ser antes da freada para a curva 1, Bottas alinhou sua Mercedes W08 Hybrid com a traseira da Williams e a poucos metros da linha da bandeirada, mais rápido, ajudado pelo vácuo, desviou para a direita para ultrapassar e cruzar 105 milésimos na frente do agora promissor Stroll.

Now that’s what you call a photo finish!!!

There was just 0.105s between @ValtteriBottas and Lance Stroll at the 🏁!

📸 x Wilhelm

O finlandês dá detalhes da empreitada, sobre como atropelou nas 14 voltas finais. “Quando eu recebei a mensagem de que Lewis teve de parar para fixar o protetor de cabeça, a informação que ficou comigo era de que o problema atingira Sebastian e não Lewis. Por isso me surpreendi ao saber que Lewis estava atrás de mim. A equipe me passou a diferença para Lance, depois de eu passar Ocon, e se fizesse tudo absolutamente certo o segundo lugar era algo possível”, disse. Seu talento, não do tipo que aparece muito, o levou a essa grande conquista.

Ricciardo e Bottas vão para a pista, agora, com os demais 18 pilotos da F1, no primeiro treino livre do GP da Áustria, dia 7, em Spielberg. Quantas fichas Ricciardo e Bottas vão apostar em si próprios desta vez? Será que os ensinamentos de Baku os educou de alguma forma? Bottas falou sobre isso: “A experiência de hoje mostrou que nunca devemos desistir, nunca sabemos o que vai acontecer numa corrida. O que temos sempre de fazer é manter a cabeça baixa e seguir o tempo todo dando tudo de si”.

Resultado final - GP do Azerbaijão (Foto: Reprodução/Twitter)Resultado final - GP do Azerbaijão (Foto: Reprodução/Twitter)

Resultado final – GP do Azerbaijão (Foto: Reprodução/Twitter)

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Torcedores do United criticam forma de Rooney durante férias em Ibiza

Meia-atacante de 31 anos foi clicado durante um passeio de iate por ilhas na Espanha ingerindo bebida alcoólica ao lado de sua esposa e amigo

Após uma temporada de pouco destaque no Manchester United, o meia-atacante Wayne Rooney voltou a ser alvo dos torcedores nesta segunda-feira. O jogador de 31 anos foi clicado durante suas férias em Ibiza, na Espanha, em um passeio de iate ao lado de sua esposa e amigos. As maiores críticas foram em torno de sua forma física e o fato de estar ingerindo bebidas alcoólicas.

Jornal Jornal

Jornal “The Sun” publicou fotos do passeio de Rooney em Ibiza (Foto: Reprodução / The Sun)

Comentários no Twitter sugeriram que Rooney estaria com uma aparência de uma pessoa de 40 anos, quando deveria mostrar algo mais próximo de um atleta de 31 anos. Há uma preocupação dos torcedores com o ídolo, que não foi titular do Manchester United ao longo da última temporada e pode deixar o Old Trafford nesta janela de transferências.

Atualmente, Rooney recebe 290 mil libras por semana no Manchester United, algo em torno de R$1,2 milhão semanais. Fora dos planos de José Mourinho, o clube inglês tenta buscar interessados em seu futebol para negociá-lo, mas o alto valor de seus vencimentos e o momento de baixa no seu futebol não colaboram para uma possível negociação. O meia-atacante ainda tem um ano de contrato com opção de renovação por mais um.

http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/torcedores-do-united-criticam-forma-de-rooney-durante-ferias-em-ibiza.ghtml

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Irritado com atitude de Ocon, Pérez desabafa: “Totalmente inaceitável”

Dupla da Force India se estranha na pista, e mexicano abandona prova quando lutava pelo pódio. Francês, companheiro de equipe, causou acidente, mas conseguiu terminar em 6º

A Force India vive momentos de turbulência após os dois últimos GPs. No Canadá, Sergio Pérez e Esteban Ocon disputavam o quarto lugar na pista, quando o mexicano impediu a ultrapassagem do rival, que estava mais rápido. O francês de apenas 20 anos terminou a corrida em sexto, uma posição atrás de Pérez, e os dois conversaram durante a semana seguinte, com Ocon afirmando: “Está tudo resolvido, não há tensão entre nós”. Entretanto, depois do GP do Azerbaijão, talvez os companheiros de equipe tenham que conversar novamente.

Em Baku, a dupla relargava depois de saída do safety car, e Ocon tentou a ultrapassagem sobre Pérez, mas acabou batendo na lateral esquerda da Force India do companheiro. O mexicano teve que ir aos boxes e foi obrigado a abandonar a prova. Esteban, por outro lado, conseguiu retornar à pista e finalizou a corrida na sexta posição. O resultado, porém, é muito aquém do potencial que a equipe tinha no Azerbaijão, considerando que no momento do acidente os dois carros estavam à frente da RBR de Daniel Ricciardo, que venceu a corrida.

Massa consegue ultrapassagem e carros da Force Indian se chocam

Massa consegue ultrapassagem e carros da Force Indian se chocam

– Entre nós, arruinamos uma oportunidade muito boa para a equipe. Na verdade, sinto que não poderia ter feito nada para evitar o acidente. Eu estava perto do muro, não tinha espaço para ir. É uma pena, o jeito que tudo aconteceu, foi agressivo demais. Em toda a minha carreira tive companheiros que eram duros, mas que davam espaço suficiente. O que aconteceu hoje é totalmente inaceitável para a equipe. Acho que o jeito que ele correu hoje não está certo, não tinha nenhuma lógica – disse Pérez em entrevista para a imprensa após a corrida.

Ocon retrucou:

– Estou feliz com a performance, mas desapontado com o potencial que tínhamos. Obviamente, nunca é legal ter um incidente daquele e uma disputa com Checo. Perdi muitas posições, mas ainda consegui conquistar alguns pontos para a equipe. Ele (Pérez) me tocou depois da curva 1, e depois eu estava por dentro na curva 2, e nos tocamos de novo. Infelizmente, isso é corrida e acontece às vezes. É claro que iremos conversar e isso não deve acontecer no futuro.

http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/irritado-com-atitude-de-ocon-perez-desabafa-totalmente-inaceitavel.ghtml

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TESTAMOS: massa ou gordura? A Balança Inteligente Garmin Index responde

Equipamento afere peso, índice de massa corporal (IMC), gordura, porcentagem de água, massa muscular e óssea, e sincroniza dados com o smartphone. Veja a avaliação da nossa testadora

TESTAMOS: massa ou gordura? A Balança Inteligente Garmin Index respondeTESTAMOS: massa ou gordura? A Balança Inteligente Garmin Index responde

Já imaginou acordar e poder saber se aquele quilinho a mais é gordura ou massa magra sem ter que sair de casa? Isso já é possível com a Balança Inteligente Garmin Index. O produto que funciona à bateria exibe no visor rotativo seu peso, índice de massa corporal (IMC), gordura, porcentagem de água, massa muscular e óssea. Basta subir.

Para ter um acompanhamento detalhado da sua evolução, é interessante sincronizar o equipamento, que possui wi-fi, ao Garmin Connect (aplicativo da marca usado para diversas atividades). Neste caso, todos os seus dados serão transferidos automaticamente para o aplicativo assim que você pisar na balança. Até 16 pessoas podem ser reconhecidas pela Index para terem suas métricas automaticamente enviadas para o app.

Dados da balança são sincronizados e exibidos na tela do seu smartphone (Foto: Arquivo pessoal / Arte Eu Atleta)Dados da balança são sincronizados e exibidos na tela do seu smartphone (Foto: Arquivo pessoal / Arte Eu Atleta)

Dados da balança são sincronizados e exibidos na tela do seu smartphone (Foto: Arquivo pessoal / Arte Eu Atleta)

É simples. Basta criar uma conta no Garmin Connect, adicionar a Balança Inteligente aos dispositivos e inserir seus dados pessoais. Feito isso, toda vez que você subir na balança, ela será capaz de te reconhecer como usuário e enviar seus dados para o Connect, fazendo um comparativo com as outras vezes que você usou o equipamento e ainda dizer como você está em relação às metas estabelecidas previamente.

É possível saber peso, índice de massa corporal (IMC), gordura, porcentagem de água, massa muscular e óssea (Foto: Arquivo pessoal / Arte Eu Atleta)É possível saber peso, índice de massa corporal (IMC), gordura, porcentagem de água, massa muscular e óssea (Foto: Arquivo pessoal / Arte Eu Atleta)

É possível saber peso, índice de massa corporal (IMC), gordura, porcentagem de água, massa muscular e óssea (Foto: Arquivo pessoal / Arte Eu Atleta)

O preço sugerido para o produto é de R$ 1.099,00. Ele já acompanha quatro baterias que têm 9 meses de vida útil.

Dados da balança

Preço R$ 1.099,00
Dimensões 35x31x3cm
Peso 2,8kg

 (Foto: Arte Eu Atleta) (Foto: Arte Eu Atleta)

(Foto: Arte Eu Atleta)

Juliana Ponciano

É nutricionista, tem 32 anos e mora no Rio de Janeiro. Começou a se interessar por esportes há apenas cinco anos, mas não quer outra vida. Corre, nada, malha e faz muay thai. Tem o objetivo de perder gordura e ganhar massa magra. Faz acompanhamento médico e com treinadores, mas diz que não consegue seguir dietas.

Prós: poder saber seu percentual de gordura em casa é um luxo. Nem sempre conseguimos tempo para ir a um médico, nutricionista ou personal para fazer essas medições. É muito prático. Os dados já saem no visor, que é bem grande e iluminado, e ainda é possível revê-los e compará-los na tela do celular.

Contras: a balança precisa de um piso estável, pois isso pode interferir levemente na medição dos dados. Outro ponto é que como a balança afere a gordura do corpo inteiro, haverá uma grande diferença em relação a bioimpedância feita com o tradicional adipômetro da academia.

http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/equipamentos/noticia/testamos-massa-ou-gordura-a-balanca-inteligente-garmin-index-responde.ghtml

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Bernardo Silva ganha prêmio de CR7, mas fica fora de treinamento

Camisa 10 de Portugal sentiu dores logo após marcar contra a Nova Zelândia e pode ficar fora contra o Chile. Cristiano Ronaldo entrega troféu de melhor em campo para o meia

Autor do segundo gol da vitória de 4 a 0 de Portugal sobre a Nova Zelândia, no sábado passado, o meia Bernardo Silva sentiu dores no tornozelo logo após balançar a rede e acabou substituído por Fernando Santos no intervalo. Mesmo assim, ganhou um “prêmio”: eleito o melhor em campo pela torcida, Cristiano Ronaldo deu o troféu para o companheiro. Nesta segunda-feira, primeiro dia de treinamento para a semifinal de quarta da Copa das Confederações, o camisa 10 ficou fora da atividade em São Petersburgo, fazendo tratamento.

Gol de Portugal! Após boa troca de passes, Bernardo Silva marca e se machuca, aos 33 do 1º

Gol de Portugal! Após boa troca de passes, Bernardo Silva marca e se machuca, aos 33 do 1º

Depois da partida na Arena Zenit, Bernardo Silva afirmou que sentia-se bem e que não tinha nenhuma lesão grave. A seleção portuguesa embarca ainda nesta segunda para Kazan, sede da partida com o Chile, e Fernando Santos terá mais um treinamento na terça para saber se o meia terá condições de jogo.

– Obrigado pelo apoio. Está tudo bem com meu tornozelo – escreveu o meia nas redes sociais depois da vitória sobre a Nova Zelândia.

O lateral-esquerdo Raphael Guerreiro, que deixou a partida contra a Rússia, pela segunda rodada, com suspeita de fratura no pé esquerdo, desfalcou Portugal contra a Nova Zelândia e também não treinou nesta segunda. Porém, de acordo com o técnico, não está descartado um retorno do atleta ao time ainda na Copa das Confederações. A única ausência confirmada em Portugal para a semifinal contra o Chile é o zagueiro Pepe, suspenso por dois cartões amarelos.

Com apenas 22 anos, Bernardo Silva é um dos principais nomes da nova geração portuguesa e acabou de ser negociado pelo Monaco com o Manchester City por 43 milhões de libras (R$ 179 milhões). A atitude de Cristiano Ronaldo em ceder o prêmio de melhor em campo foi recebida com aprovação pelos companheiros:

– Temos um grupo fantástico, onde todos os jogadores se respeitam. Temos atletas muitos experientes, como o Ronaldo, e jovens com talento, como o Bernardo. Esse prêmio é uma forma de demonstrar carinho com o Bernardo, que está com dores pela lesão. O Cristiano tem um grande caráter, nos damos muito bem, com todos. Essa atitude só demonstra como o grupo é fantástico, é muito bom estar aqui – disse o meia Pizzi.

Bernardo Silva Cristiano Ronaldo melhor em campo (Foto: Reprodução)Bernardo Silva Cristiano Ronaldo melhor em campo (Foto: Reprodução)

Bernardo Silva Cristiano Ronaldo melhor em campo (Foto: Reprodução)

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Confederações: 1ª fase tem bom público, polêmicas com VAR e anfitriã eliminada

Teste para a Copa na Rússia, torneio não vê nenhum 0 a 0 na fase de grupos. Grande estrela, CR7 é eleito o melhor nos três jogos de Portugal e fica na ponta da artilharia, com dois gols

Antes rodeada por incertezas sobre seu sucesso na Rússia, a Copa das Confederações chegou ao fim da primeira fase com um balanço positivo, dentro e fora dos gramados. O torneio – considerado teste oficial para o país-sede da Copa do Mundo – conseguiu mobilizar torcedores, contou com bons jogos e não passou por grandes problemas de organização e logística em suas quatro sedes: São Petersburgo, Moscou, Kazan e Sochi.

Trata-se de um cenário que pode ser motivo de celebração para a Fifa, que demonstrava preocupação com um possível fracasso comercial. O lado negativo para os organizadores é a queda da anfitriã russa ainda na fase de grupos, embora esteja confirmada a presença de Cristiano Ronaldo no país até o último dia de torneio: o próximo domingo. Ainda restam quatro jogos (semifinais, disputa do terceiro lugar e final), mas o GloboEsporte.com preparou um balanço da competição até o momento.

Boa média de público

Grande motivo de preocupação para a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL), a presença dos torcedores nos 12 primeiros jogos foi boa. No total, foram mais de 450 mil torcedores acompanhando as partidas nas quatro sedes – o que representa uma média de 37.800 fãs por duelo nesta primeira fase. O maior público até o momento ocorreu no último jogo de Portugal pelo grupo A, diante da Nova Zelândia, na Arena Zenit, em São Petersburgo: 56.200 torcedores. O duelo que contou menos torcedores presentes foi entre México e Nova Zelândia, no Estádio Olímpico de Sochi: 25.133.

Arena Zenit contou com o maior público da primeira fase (Foto: Thiago Dias/GloboEsporte.com)

Arena Zenit contou com o maior público da primeira fase (Foto: Thiago Dias/GloboEsporte.com)

Palco da grande final, o novo e gigantesco estádio em São Petersburgo foi local que mais recebeu torcedores até o momento – e foi importante para impulsionar a média do torneio. Localizada em um balneário mais isolado do restante do país, Sochi foi a sede com menos sucesso quanto à presença de fãs nas partidas. Kazan e Moscou, por sua vez, tiveram bons públicos em todas as partidas.

O bom público da Copa das Confederações até agora também deve-se a dois fatores fundamentais: a presença da anfitriã, que mobilizou torcedores ao seu redor, e a vontade de ver um astro como Cristiano Ronaldo em campo. Com isso, Rússia e Portugal foram os times que jogaram para mais torcedores na primeira fase, seguidos pela Nova Zelândia – que teve a seu favor o fato de duelar contra as duas seleções no maior estádio da competição. A Alemanha, atual campeã do mundo, foi quem jogou para menores públicos, devido ao pouco apelo dos adversários e ao fato de ter atuado duas vezes em Sochi. Os fãs de Chile e México roubaram a cena nos jogos de seus times, com a alegria latina.

Torcida chilena foi um dos destaques, cantando hino à capela

Torcida chilena foi um dos destaques, cantando hino à capela

A presença da torcida na Copa das Confederações:

  • 1ª rodada – Total de 146.720 torcedores – Média de 36.680 por jogo
    Rússia 2 x 0 Nova Zelândia – 50.251 (São Petersburgo)
    Portugal 2 x 2 México – 34.372 (Kazan)
    Camarões 0 x Chile – 33.492 (Moscou)
    Austrália 2 x 3 Alemanha – 28.605 (Sochi)
  • 2ª rodada – Total de 141.135 torcedores – Média de 35.283 por jogo
    Rússia 0 x 1 Portugal – 42.759 (Moscou)
    México 2 x 1 Nova Zelândia – 25.133 (Sochi)
    Camarões x Austrália – 35.021 (Sao Petersburgo)
    Alemanha x Chile – 38.222 (Kazan)
  • 3ª rodada – Total de 165.744 torcedores – Média de 41.436
    Portugal 4 x 0 Nova Zelândia – 56.290 (São Petersburgo)
    Rússia 1 x 2 México – 45.585 (Kazan)
    Alemanha 3 x 1 Camarões – 30.230 (Sochi)
    Chile 1 x 1 Austrália – 33.639 (Moscou)
  • Público total: 453.599
  • Média por jogo: 37.800

Público por sede – 1ª fase

Público total Média por jogo
São Petersburgo 141.561 47.187
Kazan 118.179 39.393
Moscou 109.890 36.630
Sochi 83.967 27.989

Público por seleção – 1ª fase

Público total Média por jogo
Rússia 138.595 46.198
Portugal 133.419 44.473
Nova Zelândia 131.674 43.891
Chile 105.351 35.117
México 105.090 35.030
Camarões 98.743 32.914
Austrália 97.265 32.421
Alemanha 97.056 32.352

Polêmicas com o VAR:

Um dos protagonistas da Copa das Confederações até o momento é o árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês). Passando pelo terceiro teste em competições da Fifa, depois de um Mundial de Clubes e um Mundial sub-20, o protocolo que permite ao juiz do jogo verificar lances em replays roubou a cena em algumas partidas e, embora já venha entrando na rotina dos atletas, ainda divide opiniões.

Confira gols da Copa das Confederações que tiveram a análise do árbitro de vídeo

Confira gols da Copa das Confederações que tiveram a análise do árbitro de vídeo

Foram muitos os lances em que o VAR entrou em ação para mudar a decisão inicial de um árbitro. Em alguns deles, o juiz nem mesmo pediu para rever as jogadas e tirar suas próprias conclusões: confiou na opinião dos profissionais que ficam em uma sala fechada com todas as câmeras envolvidas na transmissão do jogo, verificando lances de vários ângulos. Em outros, o árbitro foi à beira do campo para assistir de novo uma jogada e, então, decidir se mantinha ou modificava sua marcação.

A maior polêmica aconteceu no último jogo da primeira fase: Alemanha x Camarões. O árbitro Wilmar Roldán decidiu verificar o replay de um lance depois de mostrar um cartão amarelo para Siani, que alegou não ter sido o responsável por uma falta em Emre Can. Mas, mesmo revendo a jogada em uma TV à beira do campo, o colombiano se complicou ainda mais: achou que foi o próprio Siani que cometeu a infração e julgou que a falta, na verdade, demandava um cartão vermelho. Depois de expulsar o jogador de Camarões, voltou a ser alertado pelo árbitro assistente de vídeo e voltou atrás, passando o cartão vermelho para Mabouka.

Confira lances da Copa das Confederações que tiveram a análise do árbitro de vídeo

Confira lances da Copa das Confederações que tiveram a análise do árbitro de vídeo

Nenhum 0 a 0

Os fãs que compareceram aos 12 jogos da fase de grupos não tiveram muito do que reclamar, pois, independente do nível técnico das partidas ou das seleções, todos viram a rede balançar. A primeira parte do torneio não contou com nenhum 0 a 0 e teve uma boa média de gols: foram 34 gols em 12 partidas, com uma média de 2,8 por jogo. O melhor ataque foi o da seleção portuguesa, que balançou as redes sete vezes – sendo duas delas com Cristiano Ronaldo. O pior foi o da Nova Zelândia, que fez apenas um gol.

CR7, aliás, encerrou a fase de grupos na ponta da artilharia, com dois gols em três jogos – empatado com o alemão Stindl (além deles, outros 30 diferentes atletas balançaram as redes). O astro português também fez jus ao seu status ao ser eleito o melhor jogador nas três partidas de sua seleção, em eleição do público no site oficial da Fifa. Ele também foi o atleta que mais finalizou até o momento, com 12 chutes, sendo seis no alvo.

Gol de Portugal! Guerreiro cruza na medida para Cristiano Ronaldo marcar, aos 7' do 1º T

Gol de Portugal! Guerreiro cruza na medida para Cristiano Ronaldo marcar, aos 7′ do 1º T

Outra estrela do torneio liderou uma estatística não muito positiva: o meia Vidal foi o jogador que mais cometeu faltas na primeira fase. O camisa 8 chileno foi responsável por 10 infrações e acabou levando um cartão amarelo – fruto do sistema de marcação sob pressão do time comandado por Marcelo Pizzi. Também foi um chileno o mais caçado em campo: Aránguiz sofreu 10 faltas em três jogos. E os únicos que viram dois cartões foram o zagueiro Pepe, de Portugal; os meias Guardado, do México; e Siani, de Camarões.

Entre as seleções, a mais violenta foi a anfritiã Rússia, que cometeu 47 faltas e recebeu seis cartões amarelos. Portugal, por sua vez, viu seus jogadores serem punidos também seis vezes – mas foi quem cometeu menos infrações: 30. O tempo médio de bola rolando nos 12 primeiros jogos foi de 56,6 minutos.

Anfitriã eliminada

A pior notícia para os russos na Copa das Confederações veio de dentro de campo: a queda da seleção anfitriã ainda na fase de grupos. Depois de vencer a Nova Zelândia na estreia e dar esperança aos fãs, o time comandado por Stanislav Cherchesov perdeu para Portugal – embora tenha dado trabalho – e depois desperdiçou a chance de se classificar às semifinais ao levar a virada do México e ser derrotada por 2 a 1.

Eliminação da Rússia é ponto negativo para donos da casa (Foto: Reuters)

Eliminação da Rússia é ponto negativo para donos da casa (Foto: Reuters)

O fracasso – que impediu a presença da seleção em mais duas partidas – pode até mesmo custar o cargo do treinador, que foi contratado há um menos de um ano para substituir Leonid Slutskyi, que já havia caído por um vexame na Euro 2016. Entretanto, o clima de festa na Copa das Confederações continuará, na opinião do presidente da Federação Russa de Futebol e presidente do COL, Vitaly Mutko – que também é ex-ministro dos Esportes do país.

– Isso não deve projetar uma sombra sobre as festividades. É o futebol, e alguém tem que perder. Veja o tipo de apoio que outros times receberam, o fantástico Portugal ou o México com suas estrelas. Há conjunto de times para todos os gostos, como Chile ou Alemanha. Estamos recebendo um grande festival do futebol e iremos continuar com este evento de classe mundial – disse Mutko

http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/confederacoes-1-fase-tem-bom-publico-polemicas-com-var-e-anfitria-eliminada.ghtml

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Corinthians consegue dinheiro e avançará para manter Pablo; dívida é entrave

Clube tem recursos necessários para exercer a preferência de compra do defensor e pretende acelerar tratativas nos próximos dias. Antes, porém, precisa pagar luvas ao zagueiro

 

O Corinthians avançará nos próximos dias na negociação para manter o zagueiro Pablo. O departamento de futebol do clube recebeu aval do setor financeiro para efetuar a compra do jogador junto ao Bordeaux por € 3 milhões (quase R$ 10 milhões), valor estipulado em contrato.

Porém, ainda há etapas a superar. A primeira delas é se acertar com o defensor. Pablo quer permanecer, mas espera que o Timão pague uma dívida que tem com ele antes de assinar o novo vínculo – ele ainda tem luvas a receber pela transferência em janeiro.

Depois disso, será preciso acertar a duração e os valores do novo contrato, algo que as partes acreditam ser fácil.

Pablo em ação na partida contra o Bahia, na última quarta-feira (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians)Pablo em ação na partida contra o Bahia, na última quarta-feira (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians)

Pablo em ação na partida contra o Bahia, na última quarta-feira (Foto: Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians)

Tendo um acordo com Pablo, o Corinthians partirá para o último estágio da negociação: fechar com o Bordeaux. Os franceses não abrem mão de receber a quantia pré-estabelecida, mas o Timão tentará ao menos melhores condições de pagamento.

A possibilidade de envolver Guilherme Arana na negociação foi cogitada pelo clube europeu, que tem interesse no lateral-esquerdo, mas rechaçada pela diretoria alvinegra.

Em entrevista ao Globoesporte.com, o empresário do defensor, Fernando César, disse que pode auxiliar o Corinthians na negociação com o Bordeaux. Ele estará na Europa no início de julho e se colocou à disposição para ir à França e tratar do assunto. Entretanto, ele afirmou que ainda não foi procurado pela diretoria do Timão para negociar a permanência do atleta.

O Corinthians tem oito dias para exercer a compra caso outro clube formalize proposta pelo zagueiro.

Enquanto isso, Pablo segue como titular absoluto e um dos destaques da equipe nesta temporada. Ele disputou 32 partidas e marcou dois gols com a camisa alvinegra.

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/corinthians-consegue-dinheiro-e-avancara-para-manter-pablo-divida-e-entrave.ghtml

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Wanderlei revela depressão, promete surra em Sonnen e elogia Cris Cyborg

“Cachorro Louco” volta a lutar neste sábado, depois de mais de quatro anos longe do cage, e garante que vai castigar desafeto americano na luta principal do Bellator 18

Neste próximo sábado, Wanderlei Silva voltará ao cage depois de exatos 1332 dias distante de uma luta profissional. Foi no longínquo dia 3 de março de 2013 que o “Cachorro Louco” fez sua última luta no MMA, ainda no UFC, quando venceu Brian Stann. Agora, o desafio será encarar o desafeto Chael Sonnen, em nova casa: o Bellator. O brasileiro e o americano farão a luta principal do card de número 180, na mítica arena do Madison Square Garden, em Nova York.

Em entrevista exclusiva ao Combate.com, Wanderlei não escondeu a ansiedade por voltar a lutar e revelou ter passado por um período de depressão quando pendurou as luvas.

Wanderlei Silva; Bellator 180 (Foto: Evelyn Rodrigues)Wanderlei Silva fará sua luta de número 50 neste sábado, contra Sonnen (Foto: Evelyn Rodrigues)

– Realmente foi muito difícil esse período fora. Imagina qualquer trabalho que você tenha: você acorda e tem sua rotina, e eu tinha minha rotina desde os 13 anos. Acordava, ia para a academia, tinha um próximo oponente, um próximo evento, e de repente acabou. Acordava de manhã, tinha uma casa bonita, carro, dinheiro, mas não tinha o que fazer. Viajava bastante, tinha bastante seminários, mas isso é um bico, não é um trabalho fixo. Nunca fiquei sem lutar. Então, tive um período muito difícil, tive muita depressão, fiquei em casa… Mas tive um grande suporte da minha esposa, dos meus filhos. Dava uma aula aqui, uma aula ali, mas não tinha algo fixo para fazer. Foi realmente um período muito difícil. Essa volta aos ringues tem sido para mim como uma grande terapia.

Ao falar do hiato na carreira, Wand lembrou a desavença que o fez deixar o Ultimate e anunciar a aposentadoria, em setembro de 2014. À época, ele fugiu de um teste antidoping surpresa justamente antes da luta contra Sonnen – com quem fez o TUF Brasil 3 -, e então começou uma batalha contra a organização e seu presidente, Dana White.

– A aposentadoria foi uma aposentadoria entre aspas, forçada. Me desentendi com o antigo dono do evento, rolou tudo aquilo, e parei com 49 lutas. E o pessoal perguntava: “Por que parou?”. Parei porque não estava mais a fim de lutar para aquela organização. O pessoal fala: “Qual o meu sentimento por Dana White?”. Dana White é um grande empresário, e quando dois leões se encontram rola briga, e rolou um desentendimento normal. Respeito ele, é um grande empresário, mas ficou melhor cada um na sua. E ele teve uma grande atitude de me liberar do contrato para que tocasse minha vida, e deixar o Wanderlei Silva fora dos ringues é um crime. Logo que tive a liberação do antigo evento, o Bellator e o Rizin já entraram em contato comigo e me fizeram ótimas propostas para voltar a lutar. Me foi oferecido para lutar no final do ano, mas em dezembro não pude, não estava pronto ainda devido à minha lesão, e agora no meio do ano deu a arena certa, o oponente certo e agora estou aqui.

A primeira luta profissional de Wand foi em 1996. Exatos 21 anos depois, ele atingirá a marca de 50 lutas na carreira, que tem 35 vitórias, 12 derrotas, um empate e uma luta sem resultado. O duelo com Sonnen é encarado por ele como um recomeço.

– Estou muito emocionado. Acho que o oponente está à altura, a arena não poderia ser melhor. Chamam o Madison Square Garden como a “arena mais famosa do mundo”, do mundo das lutas, voltar fazendo uma luta principal é um grande teste. Estou há quatro anos fora, estou treinando, treinando bem, mas treino é treino e luta é luta, e sei disso. Quando você entra para valer, a emoção é outra. Já lutei em várias arenas do mundo todo desde os meus 13 anos, arenas pequenas e arenas gigantescas, e estou encarando isso como um recomeço, uma reestreia, e estou encarando também como um presente que estou dando para os meus fãs. Esta vai ser minha luta de número 50, no Madison Square Garden. Garden é jardim (em inglês), é o jardim dele, porque óbvio, o americano é muito patriota, por isso que o (Donald) Trump se elegeu. Tenho certeza que aqui vai rolar um grito de “U-S-A”, mas aí no Brasil sei que vai estar todo mundo torcendo por mim, mandando aquele pensamento positivo. Wanderlei Silva está de volta para realmente fazer a alegria do povo (…). Quero agradecer a torcida de todos vocês, espero que vocês vejam o combate de sábado. Vou lá surrar o Sonnen, na casa dele! Aqui a torcida pode ser dele, mas sei que você aí (no Brasil) vai torcer para o Silva.

Wanderlei Silva e Chael Sonnen TUF Brasil 3 (Foto: Reprodução/ TUF Brasil 3)Wanderlei Silva e Chael Sonnen brigaram durante as gravações do TUF Brasil 3 (Foto: Reprodução/ TUF Brasil 3)

A luta com Chael Sonnen é um capítulo à parte na história de Wanderlei Silva. Os dois trocaram farpas durante todo o TUF Brasil 3, em 2014, e chegaram às vias de fato, quando o americano chegou a derrubar o brasileiro durante uma briga nas gravações. O Cachorro Louco não esqueceu de nada disso, e promete “cobrar a conta” logo mais.

– A hora que fechar a grade, a gente vai ver qual é. Vamos resolver essas desavenças, e sem dúvida essa luta é um grande presente para o público, é uma das últimas rivalidades reais que a gente vê no mundo do MMA. O pessoal fala: “Mas tudo aquilo era verdade?”. Claro que é verdade, e quem começou foi ele, quem encostou a mão primeiro no outro foi ele, foi ele que me empurrou, que me derrubou lá na frente de todo mundo. Na verdade, ele é quem está devendo para mim, e vou acertar essa conta no sábado. Vai ser uma luta imperdível. Vai ter a luta do Fedor, duas disputas de título, então está um evento imperdível. O Bellator é tido como o segundo maior evento do mundo (no MMA), mas está todo mundo dizendo que no sábado, com a luta do Wanderlei Silva, vamos ser o número 1 – prometeu.

No bate-papo, Wand ainda fez elogios a Cris Cyborg, declarou que gostaria de enfrentar Fedor Emelianenko no futuro e se disse satisfeito com o reconhecimento dos lutadores mais jovens.

Confira outros trechos da entrevista de Wanderlei Silva:

“A Cyborg é o Fedor do MMA feminino”

Cris Cyborg e Wanderlei Silva (Foto: Reprodução / Instagram)Cris Cyborg ganhou muitos elogios de Wanderlei Silva: “A maior lutadora de todos os tempos” (Foto: Reprodução / Instagram)

– Nada mais justo do que a Cyborg disputar agora esse cinturão do UFC. Ela deveria ter começado na categoria dela (no peso-pena) e terem começado por ela (a divisão), porque ela é a maior lutadora de todos os tempos. Ela é o Fedor das mulheres, faz dez anos que não perde, a única luta que ela perdeu até eu que estava no córner. A gente colocou ela para lutar e a garota estava no chão e chutou a Cyborg, ela caiu no chão e machucou o braço. A Cyborg acabou perdendo, tadinha. Depois disso, ela teve uma carreira avassaladora, é a melhor de todos os tempos, é uma mulher que deixa até a gente mal de cabeça. A gente acorda e às 11h vê o Instagram da Cris e ela já fez ferro, manopla, jiu-jítsu, wrestler e já está indo fazendo uma corridinha (risos). Para vocês verem que, quando uma mulher quer, uma mulher decidida, uma mulher determinada, ela dá de dez no homem. E a Cyborg é a prova disso. De todos os atletas que conheço, e conheço muitos atletas, a Cyborg sem dúvida é a que mais treina. Não é que ela é um fenômeno, mas ela treina, o segredo é esse. Quem aguentar fazer o que ela faz, vai ser tão bom quanto. Ela é malvada também, pega as gurias e desce o sarrafo (risos). Até gostei muito da atitude dela com essa garota que se folgou com o marido dela, que ela foi lá e “arrancou” o dente da guria.

Possível luta com Fedor Emelianenko

– Isso é uma coisa que estava me perguntando esses dias. Na época que eu era tido como melhor do mundo e ele também, o pessoal falava: “Por que você não lutou com ele?”. Porque essa luta nunca me foi oferecida, nunca ninguém falou: “Quer lutar com o Fedor? Luta com o Fedor”. E, sem dúvida, acho que seria uma luta interessantíssima, aceitaria lutar com ele, porque é um cara que respeito, é uma lenda, e quero me testar. Lutar com os grandes que ainda estão na ativa é um presente para os fãs. Estava com o Royce (Gracie) agora de manhã, e falei que vi o Royce lutar com o (Ken) Shamrock, e dizem “Ah, a luta não foi tudo aquilo”, mas vi os caras lutarem, vi os caras entrarem no ringue, os caras se digladiando na idade deles. Isso é uma coisa que está acontecendo mais agora, e estou muito feliz de poder ver que está sendo dado um bom palco bom para nós, que estamos conseguindo fazer os grandes clássicos. Quando o cara consegue chegar nesse patamar – estou com 40, vou fazer 41 anos – e consegue estar competindo, realmente é algo que tem que ser visto. E espero ter a performance que realmente o pessoal espera. Estou muito bem treinado, estou saindo na mão com a rapaziada. Faz seis meses que estou tomando amasso na academia (risos), agora vou me vingar do meu oponente no sábado. Mas considero (Fedor) o melhor de todos os tempos. Nessa luta agora vai pegar um cara mais jovem, o oponente dele não é bobo, é tão grande quanto ele, é uma luta dura, e ele está aí botando a cara para fazer. Quando o cara tem o saco de continuar treinando e competindo, a gente tem que realmente enaltecer.

Legado e reconhecimento dos ídolos atuais

– Se for deixar algum legado é o da raça, da perseverança, da força de vontade. Eu fico muito feliz de os ídolos de agora, Jon Jones, Georges St-Pierre, chegarem para mim e dizer: “Comecei a treinar por causa de você, comecei a treinar vendo suas lutas”. Vejo lutadores novos copiando estilo, dizendo que querem ser iguais ao “Cachorro Louco”. Acho que fui um dos primeiros atletas a lutar e virar estrela junto com Sakuraba, na época Pride, um dos maiores eventos do mundo. Fui um dos primeiros a ter a vida toda dentro do ringue, isso é uma coisa difícil, mas não é qualquer um. Por isso que fico muito feliz quando vejo a rapaziada jovem indo ali e fazendo o seu melhor. Gostaria muito de ver o nosso esporte chegar no patamar que merece. A gente deu um “up”, aí dá uma descida, a gente fica nesse sobe e desce e vejo muita gente com 30 anos já parando. Vê o cara lutando e, de repente, está com o carro quebrado, numa academia pequena… Não é nesse patamar que queria ver o esporte. Queria ver a rapaziada bem, cuidando da sua família, com academia bonitas, ou com o burro na sombra, com o pé de meia feito. Tem muita coisa que os lutadores de MMA têm que aprender, e uma delas é aprender a lidar com o dinheiro. Meu pai dizia que o dinheiro foi feito para guardar. O cara ganha US$ 50 mil dólares e depois compra um carro de US$ 40 mil. Aí se aperta e vende o carro por US$ 20 mil. Você tem que guardar o dinheiro porque não sabe o dia de amanhã, você não sabe quando vai lutar. Não existe carreira mais incerta que a de lutador. Você luta agora, perde duas, três e não sabe o que vai acontecer com você. Toma um azar, uma invertida como aconteceu com o José Aldo, mas o Aldo é o Aldo, junto com o Fedor são os melhores da história, e aconteceu o que aconteceu. Se o Aldo não fez o pé de meia dele, o que acontece? E o Renan Barão? Ganhou 32 lutas seguidas e ficou rico, ou não ficou? A gente tem que aprender com o erro e acerto dos outros. Se for deixar um legado é que aprenda a usar bem o seu dinheiro, compre um terreno, faça uma casa… Nesses quatro anos que fiquei parado ninguém foi bater na porta e perguntar se eu estava precisando de alguma coisa, e as contas continuam chegando. Graças a Deus, sempre fui muito mão de vaca, quem me conhece sabe disso, economizei todo o dinheiro que ganhei, e posso agora lutar porque gosto.

Existe um lado positivo do Sonnen?

– Achei bonito o filho dele, vi o filho dele por aí esses dias, para não dizer que não gosto de nada dele (risos). Na verdade, tirando a rivalidade em si, o cara se promove bem. A gente não pode menosprezar ninguém, mas dentro do nosso meio o cara começou a se promover, começou a promover melhor as lutas e isso é bom para nós. Tenho uma rivalidade pessoal, mas temos que pegar o que tem de bom. O da vez agora é o McGregor, que sabe promover a luta dele, sabe mexer com o oponente na hora certa. Você que é lutador, realmente se for te dar uma dica, nós não somos pagos para ser educados, somos do bairro, somos da vila, como a gente chama. Vamos ser polidos agora? Não. Se você tem um oponente, olha no olho. Fala, com toda a educação, que você vai quebrar a cara dele. Não custa nada, é um jeito de você apimentar a luta, de realmente fazer as pessoas quererem ver o seu combate. Você tem que encarar a luta com seriedade, olhar seu oponente e falar: “Agora é o seguinte, vou te pegar!”.Fechou a grade, o mais difícil nós fazemos, que é sair na mão. Para que a gente cresça, a gente tem que ter mais audiência. Para ter mais audiência, cada lutador, de cada evento tem que saber fazer sua parte. Em todas as áreas. Se for copiar alguma coisa dele, fale a coisa certa na hora certa.

Chael Sonnen Wanderlei Silva Encarada Bellator 180 (Foto: Evelyn Rodrigues)Chael Sonnen e Wanderlei Silva já se desentenderam na coletiva do Bellator, na quinta-feira (Foto: Evelyn Rodrigues)

Acidente e acerto com o Bellator

– Tive um acidente gravíssimo quando fui atropelado de bicicleta no Brasil. Estava andando de bicicleta na América, na Califórnia, e aí levei a bicicleta para o Brasil e achei que era a mesma coisa. Comecei a andar de bicicleta no Brasil até comprar um carro, e realmente isso que é muito triste. No Brasil, as ruas são muito estreitas, e o cara passou e me atropelou e foi embora. Foi um imprevisto, acho também que ninguém atropela por querer, o cara pode ter se assustado e saiu correndo. Viu que era o Wanderlei Silva e saiu correndo (risos). Mas realmente tive uma lesão no ombro e no joelho, por isso que não lutei em dezembro. E por isso que é bom ter amigos. O pessoal do Japão (do Rizin) me ofereceu e eu estava machucado, mas estava voltando a treinar, não estava 100%, e meu professor falou: “Mas você vai sair da lesão para a luta?”. Falei: “Mas o pessoal está pedindo…”. Ele disse: “Mas não tem como, nesse momento não tem como, tem que treinar melhor”. Recusei a luta, me ofereceram uma grana muito boa, e fui testado na minha ganância. Se entro ali e faço a luta, ganhando ou perdendo ia receber a bolsa, mas isso não seria justo, nem comigo e nem com meus fãs. Demorou tanto tempo para ter esse legado e todas as pessoas que me seguem! Tenho que estar, no mínimo, em condições de fazer uma boa apresentação para vocês, e é isso que vou fazer agora no sábado.