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Tiroteios nos EUA: o que se sabe sobre 2º massacre em 3 dias na Califórnia


O último ataque deixou sete trabalhadores agrícolas mortos, apenas dois dias depois de um massacre durante as celebrações do Ano Novo Lunar. O suspeito foi preso em uma delegacia de polícia local horas após o ataque em Half Moon Bay
REUTERS
O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, foi palco de dois massacres em três dias.
Na segunda-feira (23/01), um homem matou a tiros sete ex-colegas de trabalho na cidade costeira de Half Moon Bay. As vítimas eram todos trabalhadores agrícolas chineses-americanos.
O suspeito, identificado como Zhao Chunli, de 67 anos, foi preso depois de dirigir até uma delegacia de polícia.
O massacre aconteceu enquanto a população do estado vivia o luto pela morte de 11 pessoas em Monterey Park — a cerca de seis horas a sudeste de Half Moon Bay —, que foram vítimas de um ataque durante as celebrações do Ano Novo Lunar.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, contou que estava reunido com as vítimas do ataque de Monterey Park no hospital, quando foi informado sobre o segundo massacre — “tragédia sobre tragédia”, ele disse.
‘Indescritível’
O massacre mais recente no estado, que deixou sete mortos, ocorreu em dois lugares diferentes ao redor da comunidade de Half Moon Bay.
Quatro mortos foram encontrados em uma fazenda de cogumelos, enquanto os outros três foram achados posteriormente em uma empresa de caminhões próxima. Uma oitava vítima está em estado crítico no hospital.
Várias crianças que haviam sido liberadas da escola e viviam na propriedade rural viram o ataque acontecer, segundo informou a xerife do condado de San Mateo, Christina Corpus.
“Esse tipo de ataque é terrível. É uma tragédia da qual ouvimos falar com muita frequência, mas que hoje aconteceu aqui no condado de San Mateo”, disse. “Para as crianças, testemunhar isso é indescritível.”
Depois de realizar os assassinatos, o suspeito dirigiu até uma delegacia de polícia local, onde sua prisão foi flagrada por câmeras.
Os canais de notícias dos EUA mostraram imagens de Zhao Chunli sendo detido.
Ele foi encontrado com uma pistola semiautomática que pode ter sido usada no ataque e estava cooperando com a polícia, segundo informou a xerife Corpus.
Policiais prendem suspeito de ataque a tiros na cidade de Half Moon Bay, na Califórnia, no dia 23 de janeiro de 2023
Kati McHugh/Reuters
O presidente do Conselho de Supervisores do Condado de San Mateo, Dave Pine, disse à agência de notícias Associated Press que os ataques foram cometidos por um “trabalhador descontente”.
“Estamos enojados com a tragédia de hoje em Half Moon Bay”, afirmou Pine em comunicado. “Simplesmente há muitas armas neste país, e precisa haver uma mudança.”
O ataque em Half Moon Bay é o 37º massacre a tiros no país em apenas 24 dias, de acordo com a Gun Violence Archive, organização sem fins lucrativos dos EUA. Eles definem um massacre como um ataque com pelo menos quatro pessoas feridas ou mortas.
À medida que os detalhes do ataque em Half Moon Bay vêm à tona, os detetives no sul do estado ainda estão investigando a motivação para o massacre em Monterey Park. Lá, um imigrante asiático idoso matou 11 pessoas em um estúdio de dança, e se suicidou quando a polícia se aproximou.
Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-64370811

Fonte: G1 Mundo

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Lukashenko diz que Ucrânia tentou firmar acordo de não agressão com Belarus


Grande aliado de Putin durante a invasão à Ucrânia, o país fica ao norte de Kiev e é frequentemente utilizado para treinamentos militares de Moscou. Presidente belarusso Alexander Lukashenko durante reunião com o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em 13 de janeiro de 2023
Ministério das Relações Exteriores da Rússia/Reprodução via REUTERS
O líder belarusso Alexander Lukashenko disse nesta terça-feira (24) que a Ucrânia propôs um acordo de não agressão com seu país, informou a agência de notícias estatal Belta.
Sem apresentar provas, Lukashenko teria comentado sobre a suposta oferta para uma reunião do governo e autoridades policiais na qual também acusou o Ocidente de armar militantes na Ucrânia que poderiam desestabilizar a situação em Belarus.
Desde o início do confronto entre Rússia e Ucrânia, 11 meses atrás, Belarus sempre foi um país aliado a Moscou, inclusive recebendo tropas russas para exercícios militares.
Ucrânia está localizada entre membros da Otan e Rússia e seus aliados
Editoria de Arte/g1
Recentemente, no último dia 16, exercícios militares conjuntos entre Rússia e Belarus deixaram a Ucrânia e o Ocidente desconfortáveis diante uma possível nova agressão pelo norte.
As manobras colocaram em operação todas as bases aéreas de Belarus e devem continuar até 1º de fevereiro, informou o Ministério da Defesa belarusso.
Imagem de fevereiro de 2020 mostra Alexander Lukashenko, da Belarus, e Vladimir Putin, da Rússia, durante um intervalo de um jogo de hóquei
Alexander Zemlianichenko/Reuters
O Exército belarusso tem cerca de 60.000 pessoas. No início de 2022, Belarus enviou 6 grupos táticos de batalhão, totalizando vários milhares de pessoas, para as áreas de fronteira.
As forças russas usaram Belarus como ponto de partida para a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, enviando tropas e equipamentos para o norte da Ucrânia a partir de bases em Belarus.

Fonte: G1 Mundo

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Zelensky faz reestruturação na sua equipe de governo após denúncias de corrupção


Presidente ucraniano demitiu altos funcionários da sua gestão a fim de mostrar aos países do ocidente que pode ser um administrador confiável de todos os bilhões de dólares enviados para Kiev desde o início da guerra. Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky durante reunião virtual com ministros da defesa de outros países em 20 de janeiro de 2023
Ukrainian Presidential Press Service/Handout via REUTERS
Vários altos funcionários ucranianos renunciaram nesta terça-feira (24) na maior mudança que o governo de Volodymyr Zelensky passou desde o início da guerra contra a Rússia. Um assessor do presidente chamou o movimento de “uma resposta aos apelos públicos por justiça”.
Algumas das renúncias, embora não todas, estavam ligadas a alegações de corrupção. A Ucrânia tem um histórico de corrupção e governança instável e está sob pressão internacional para mostrar que pode ser um administrador confiável de bilhões de dólares em ajuda ocidental.
“Já existem decisões de pessoal, algumas hoje, outras amanhã, em relação a funcionários de vários níveis em ministérios e outras estruturas do governo central”, disse Zelensky em um discurso de vídeo durante a noite.
Embora Zelensky não tenha mencionado ninguém em seu discurso, ele anunciou a proibição de funcionários tirarem férias no exterior.
O assessor de Zelensky, Mykhailo Podolyak, tuitou: “O presidente vê e ouve a sociedade. E ele responde diretamente a uma demanda pública importante – justiça para todos.”
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante visita à cidade de Kherson
Assessoria da presidência ucraniana/via REUTERS
Entre os que deixaram o cargo ou foram demitidos na manhã de terça-feira estavam um vice-procurador-geral, um vice-ministro da Defesa e o vice-chefe de gabinete do próprio gabinete de Zelensky.
As mudanças ocorrem dois dias depois que um vice-ministro da infraestrutura foi preso e acusado de desviar US$ 400 mil de contratos para comprar geradores, um dos primeiros grandes escândalos de corrupção a se tornarem públicos desde o início da guerra, 11 meses atrás.
Kiev diz que uma onda de sentimento patriótico diminuiu a corrupção desde a invasão da Rússia. Mas o chefe do partido Servo do Povo de Zelensky prometeu nesta segunda-feira que os funcionários seriam presos em uma próxima campanha anticorrupção e que recorreria à lei marcial se necessário.

Fonte: G1 Mundo

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Finlândia diz que é necessário ‘um tempo’ nas negociações com a Turquia para entrada na OTAN

Finlândia e Suécia planejam entrar para a Organização, mas protesto perto da embaixada turca na capital sueca devem atrasar as conversas. O ministro das Relações Exteriores da Finlândia disse nesta terça-feira (24) à Reuters que é necessário um intervalo de algumas semanas nas negociações entre Finlândia, Suécia e Turquia sobre os planos das duas nações nórdicas de ingressar na aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“É necessário um tempo antes de retornarmos às negociações de três vias e vermos onde estamos quando a poeira baixar após a situação atual, então nenhuma conclusão deve ser tirada ainda”, disse o ministro Pekka Haavisto, em entrevista por telefone.
“Acho que haverá uma pausa por algumas semanas”, acrescentou.
O presidente da Turquia disse na segunda-feira que a Suécia não deve esperar o apoio de seu país à adesão à Otan depois de um protesto perto da embaixada turca em Estocolmo no fim de semana, incluindo a queima de uma cópia do Alcorão.

Fonte: G1 Mundo

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Vice-chefe do gabinete presidencial da Ucrânia pede demissão

A mídia ucraniana considera que a demissão pode fazer parte da mudança de pessoal anunciada por Volodymyr Zelenskiy, após alegações de corrupção no governo. O vice-chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Kyrylo Tymoshenko, informou nesta terça-feira (24) que pediu ao presidente Volodymyr Zelensky no dia anterior para dispensá-lo de suas funções.
“Agradeço ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pela confiança e pela oportunidade de fazer boas ações todos os dias e todos os minutos”, escreveu Tymoshenko no aplicativo de mensagens Telegram.
Um decreto aceitando a renúncia de Tymoshenko foi publicado no site do presidente.
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Tymoshenko não deu motivos para sua renúncia. A mídia ucraniana considera que Tymoshenko pode fazer parte da mudança de pessoal anunciada por Zelensky.
Zelenskiy disse na segunda-feira que as mudanças de pessoal seriam anunciadas esta semana no governo, nas regiões e nas forças de segurança depois de alegações de corrupção no governo quase um ano após a invasão russa.
Tymoshenko, 33, era vice-chefe do gabinete presidencial desde 2019, supervisionando regiões e políticas regionais. Ele também trabalhou com Zelensky durante sua campanha eleitoral, supervisionando a mídia e o conteúdo criativo.
Desde o início da invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022, de acordo com a mídia ucraniana, Tymoshenko se envolveu em vários escândalos relacionados ao uso pessoal de carros caros. Tymoshenko negou todas as acusações.
A Rússia chama a invasão de “operação especial”.

Fonte: G1 Mundo

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Suspeito de ataque a tiros na Califórnia frequentava salão de dança onde matou 11


O homem abriu fogo durante uma celebração do Ano Novo Lunar no Star Ballroom Dance Studio, popular na cidade predominantemente asiático-americana de Monterey Park, ao leste de Los Angeles. O número de mortos subiu para 11 nesta segunda-feira. Local de ataque na Califórnia recebe flores em homenagem às 10 vítimas do massacre
O suspeito de 72 anos responsável pelo atentado a tiros na noite de sábado que matou 11 pessoas em um salão de dança na área de Los Angeles costumava frequentar o local dando aulas informais, e conheceu lá sua ex-mulher, segundo amigos e reportagens da imprensa.
As autoridades dizem que Huu Can Tran abriu fogo durante uma celebração do Ano Novo Lunar no Star Ballroom Dance Studio, popular na cidade predominantemente asiático-americana de Monterey Park, ao leste de Los Angeles. O número de mortos subiu para 11 nesta segunda-feira.
O homem foi a outra boate, na cidade vizinha de Alhambra, logo após o massacre, disse a polícia, mas um cliente conseguiu tirar sua arma em um confronto físico, possivelmente impedindo um segundo ataque.
“Naquele momento, foi um instinto primitivo”, disse o homem, chamado Brandon Tsay, à mídia, dizendo que o atirador fugiu do local após uma briga de 90 segundos. “Algo aconteceu… não sei o que deu em mim.”
Cerca de 12 horas depois, policiais da cidade de Torrance abordaram uma van branca que Tran dirigia. Quando os policiais se aproximaram da van, eles ouviram um único tiro de dentro do veículo, quando Tran se matou.
É extremamente raro uma pessoa com mais de 70 anos realizar um atentado a tiros. Embora as autoridades não tenham identificado um motivo, alguns detalhes surgiram sobre o passado de Tran.
Adam Hood, que disse ser inquilino há anos em um imóvel de propriedade de Tran e que falava com ele com frequência, disse à Reuters que Tran era uma pessoa raivosa, agressiva e desconfiada, que não tinha muitos amigos, mas gostava de dança de salão, sua principal atividade social.
“Ele era um bom dançarino”, disse Hood, que conheceu Tran no início dos anos 2000 e disse que eles se aproximaram devido à experiência compartilhada como imigrantes chineses. “Mas ele desconfiava das pessoas no salão, zangado e desconfiado. Acho que ele se cansou e foi demais para ele.”
Ataque a tiros aconteceu na cidade de Monterey Park, na Califórnia, na noite de sábado (21).
REUTERS/Allison Dinner
Tran reclamou que as pessoas do salão estavam falando dele pelas costas, disse Hood.
A CNN relatou, citando um amigo não identificado, que Tran reclamou que os instrutores de dança disseram “coisas ruins sobre ele” e que Tran era “hostil” com muitas pessoas no salão.
Em 7 e 9 de janeiro, Tran visitou o departamento de polícia em Hemet, onde morava, a cerca de 90 minutos de Monterey Park, para fazer “alegações anteriores de fraude, roubo e envenenamento envolvendo sua família” decorrentes de 10 a 20 anos atrás, segundo um comunicado do departamento na segunda-feira.
Ele disse que voltaria com a documentação, mas nunca voltou, disse a polícia. Um porta-voz do departamento disse que a polícia não está divulgando mais detalhes sobre suas reivindicações no momento.
A polícia em Monterey Park não teve nenhuma interação anterior com Tran, disse o chefe Scott Wiese em entrevista coletiva na segunda-feira.
Tran mudou-se em 2020 para uma casa móvel em uma comunidade privada para idosos com um campo de golfe de nove buracos em Hemet.
Ele conheceu sua ex-esposa no salão há cerca de duas décadas, disse ela à CNN em uma entrevista. Tran se apresentou a ela e ofereceu aulas gratuitas.
Embora Tran nunca tenha sido violento, ele ficava com raiva rapidamente, por exemplo, se ela errasse um passo enquanto dançava, disse ela à CNN. Eles se divorciaram em 2005.

Fonte: G1 Mundo

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Segundo tiroteio na Califórnia em 3 dias deixa pelo menos 7 mortos

O ataque ocorreu na cidade de Half Moon Bay na tarde desta segunda-feira (23). Ao menos sete pessoas foram mortas e outras ficaram feridas em um tiroteio na cidade de Half Moon Bay, na Califórnia, nesta segunda-feira (23). Este é o segundo ataque à tiros no estado americano em três dias.
A polícia prendeu um suspeito – Chunli Zhao, de 67 anos -, mas o motivo do crime ainda não é conhecido.
Informações do gabinete da xerife do condado divulgadas pela mídia local dizem que o tiroteio aconteceu por volta das 14h20 no horário local em dois diferentes lugares, a cerca de 48 quilômetros de San Francisco.
O primeiro, onde quatro das sete vítimas fatais foram encontradas, é uma fazenda de cogumelos. Já o segundo, a poucos quilômetros da fazenda, é uma instalação de caminhões e três vítimas foram localizadas.
O suspeito foi detido dentro de seu carro no estacionamento de uma subestação da xerife da cidade, Christina Corpus, de acordo com coletiva de imprensa realizada pela autoridade.
No Twitter, a conta do FBI de São Francisco informou que a instituição está auxiliando o gabinete da xerife com as investigações, fornecendo recursos investigativos e forenses.
Segundo tiroteio em três dias
Tiroteio deixa mortos e feridos numa celebração do ano novo lunar na Califórnia
Na noite do último sábado (21), um tiroteio deixou 11 pessoas mortas na cidade de Monterey Park, na Califórnia. O ataque ocorreu em uma casa de dança em meio a uma celebração pela chegada do Ano Novo Lunar. Outras 10 pessoas ficaram feridas.
A polícia local informou que o suspeito de orquestrar o ataque, identificado como Huu Can Tran (72 anos) foi encontrado morto. A suspeita é que o atirador tenha se matado depois de cometer o crime.

Fonte: G1 Mundo

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Ex-agente do FBI é detido nos EUA por vínculos com oligarca russo


O ex-agente dirigiu a unidade de contrainteligência do FBI e uma de suas funções era investigar oligarcas russos. Depois disso, ele passou a trabalhar para um oligarca russo. Charles McGonigal em janeiro de 2023
Michael M. Santiago/AFP
Um ex-agente do FBI foi acusado, nesta segunda-feira (23), de violar as sanções americanas contra a Rússia ao trabalhar para um magnata russo, informou o Departamento de Justiça.
Charles McGonigal, de 54 anos, dirigiu a unidade de contrainteligência do FBI (polícia federal americana) em Nova York até se aposentar em 2018.
Ele foi detido em Nova York neste fim de semana e está sendo processado em dois casos distintos.
A Justiça federal de Nova York o acusa de ter trabalhado para o magnata russo Oleg Deripaska, fundador da empresa de alumínio Rusal. Deripaska é alvo de sanções desde 2018. As sanções o proíbem de ter qualquer relação comercial com americanos devido a seus vínculos com o governo russo.
Enquanto estava no FBI, McGonigal investigava justamente oligarcas russos. Suspeita-se que, em 2019, ele tentou, em vão, fazer lobby para que as sanções contra Deripaska fossem canceladas. Em 2021, ele investigou um dos rivais de Deripaska.
Segundo a acusação, o ex-agente recebia pagamentos por meio de empresas de fachada e fazia negócios com um intermediário.
Ele é acusado de ter violado sanções contra a Rússia e de lavagem de dinheiro. Caso seja condenado, estará sujeito a uma pena de até 20 anos de prisão.
McGonigal comparecerá perante um juiz na segunda-feira junto com um suposto cúmplice, um ex-diplomata russo que se naturalizou americano e tornou-se tradutor juramentado do sistema judicial.
A outra acusação
Além disso, McGonigal é acusado pelo tribunal federal de Washington de ter ocultado pagamentos relacionados com suas atividades no Leste Europeu, enquanto ainda trabalhava para o FBI.
Segundo a promotoria, ele cobrou US$ 225 mil em dinheiro vivo de um ex-agente do serviço secreto albanês, naturalizado americano, a quem acompanhou em viagens de negócios à Albânia e Kosovo. Também ocultou que estava em contato com o primeiro-ministro do Kosovo, violando assim suas obrigações.

Fonte: G1 Mundo

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Vice-presidente de comissão quer que União Europeia contribua para Fundo Amazônia ainda neste ano


Frans Timmermans afirmou que bloco econômico avalia que incrementar o fundo é a maneira mais rápida de se atingir resultados concretos na área ambiental. O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans
Francois Lenoir/Reuters
O vice-presidente Executivo da Comissão Europeia e líder das negociações climáticas da União Europeia (UE), Frans Timmermans, disse nesta segunda-feira (23) que o bloco econômico passará a contribuir para o Fundo Amazônia e que trabalha para que as doações comecem ainda neste ano.
Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma, o fundo foi paralisado no início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No primeiro dia deste ano, Lula assinou decreto para reativar o mecanismo.
“O que podemos falar hoje é que vamos contribuir para o fundo. O que não posso dizer hoje é com quanto, ainda temos que definir isso na União Europeia, mas com certeza vai contribuir, porque acreditamos que essa é a maneira mais rápida de mostrar resultados concretos”, afirmou Timmermans em entrevista à TV Globo.
“Eu espero que [a contribuição] seja antes da próxima COP em Dubai para que sejamos claros [sobre o assunto] e para que possamos atrair outros financiadores”, acrescentou o vice-presidente da comissão, referindo-se à próxima Conferência do Clima que acontecerá nos Emirados Árabes entre novembro e dezembro deste ano.
Ele afirmou que as sinalizações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem ajudar a acelerar o processo, uma vez que a análise do bloco é a de que o governo tem se mostrado comprometido com o combate ao desmatamento.
Na análise de Timmermans, houve uma forte mudança na área ambiental em relação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“É uma diferença como da noite para o dia. Eu também trabalhei com o governo Bolsonaro e era muito difícil de convencê-los a avançar nesses problemas. No final, demos pequenos passos, mas nunca conseguimos um comprometimento real, um comprometimento no cenário internacional”, afirmou.
“O Brasil é uma liderança tão importante no mundo nessa área e tem responsabilidade [sobre o assunto]”, completou.
Timmermans que trabalha para ratificar o acordo entre Brasil e União Europeia e acredita que a sinalização do governo brasileiro em relação ao meio ambiente pode ajudar a destravar o acordo.
“Eu vou fazer o meu melhor, porque eu acho que o presidente Lula merece crédito pelo seu histórico, ele está preparado para combater o desmatamento”, disse.
“Eu quero que essa mensagem seja ouvida claramente na Europa e nós veremos se isso terá um efeito positivo, eu acho que terá, mas outros líderes europeus também virão ao Brasil em breve e eles todos vão testemunhar o fato de que Lula está levando este assunto muito a sério”, emendou Timmermans.
O vice-presidente da comissão afirmou que a UE também atuará para combater a impunidade daqueles que estão exercendo atividades econômicas ilegais na Amazonia.
“[Precisamos] ter certeza de que a Europa identifique os que obtém lucro dessas atividades ilegais e encerrar suas atividades. O fato de as pessoas pensarem que podem seguir com o crime é ruim, porque atrai outros criminosos”, declarou.
O vice-presidente da comissão visitará nesta terça-feira (24) Belém, no Pará, onde visitará projetos ligados à bioeconomia.
A cidade é a candidata do Brasil para sediar a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima que acontecerá em 2026, mas a UE não deve sinalizar apoio à cidade brasileira durante a visita.
“Não depende de nós decidir [sobre o apoio] e temos países da União Europeia que querem ser sede, mas vamos dizer que eu ficaria muito empolgado se fosse sediado em Belém”, disse o representante europeu.
Pará é o estado que registrou o maior desmatamento na Amazônia em 2022. Perguntado se este seria o ambiente adequado para uma COP, Timmermans respondeu que seria a oportunidade para enfrentar o problema. “Eu acredito que se você realmente quer fazer a diferença, você tem que ir em lugares em que fazer a diferença realmente conta. E lá é um desses lugares no planeta”, disse.

Fonte: G1 Mundo

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Homem que colocou o pés na mesa de Nancy Pelosi na invasão do Capitólio é condenado por oito crimes


Entre os crimes, ele foi condenado por roubar uma carta e entrar no Capitólio com uma arma (um taser que estava nas calças dele), além de desordem civil e obstrução de um processo governamental. Apoiador de Donald Trump posa sentado na cadeira da parlamentar democrata Nancy Pelosi em seu gabinete no Capitólio após invasão
Saul Loeb/AFP
Um homem que participou da invasão ao Capitólio (nome do prédio do Congresso dos Estados Unidos) em 6 de janeiro de 2021 e que ficou famoso por colocar os pés na mesa de Nancy Pelosi (na época, ela era a presidente da Câmara dos Deputados) foi condenado nesta segunda-feira (23) pelo ataque.
O homem, Richard Barnett, é conhecido pelo apelido de Bigo. Um júri o condenou por oito crimes, entre os quais desordem civil e obstrução de um processo governamental. A pena ainda não foi determinada, isso deve acontecer em 3 de maio.
A imagem de Barnett com os pés na mesa de Pelosi fizeram com que ele se tornasse uma das pessoas mais conhecidas no motim do 6 de janeiro.
Homem que invadiu e postou foto no escritório de Nancy Pelosi no Capitólio é detido
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Naquele dia, o Congresso fazia uma sessão para certificar a vitória eleitoral de Joe Biden. As pessoas que invadiram o prédio eram apoiadoras de Donald Trump, que perdeu as eleições, e tentavam evitar o processo de certificação da vitória de Biden.
Reação após a condenção
Após o veredito, já fora do tribunal, Barnett afirmou que vai recorrer de sua condenação, que, segundo ele, é injusta. Ele afirmou que o juiz rejeitou seu pedido para transferir seu julgamento de Washington DC para o estado de Arkansas, onde ele vive. Para ele, o júri em Washington DC não é formado por “seus pares”.
Por enquanto, ele vai aguardar a sentença em liberdade.
Como foi o julgamento
Barnett, 62, afirmou em seu depoimento na quinta-feira passada que estava procurando um banheiro dentro do Capitólio quando involuntariamente entrou no escritório de Pelosi e encontrou dois fotógrafos de notícias. Ele disse que um dos fotógrafos lhe disse para “agir com naturalidade”, então ele se recostou em uma cadeira e jogou as pernas sobre a mesa.
O advogado de defesa perguntou a Barnett se ele pensou que poderia causar algum problema.
“Eu estava apenas [vivendo] no momento, eu estava apenas seguindo o fluxo neste momento”, disse ele.
O advogado de defesa afirmou que Barnett precisava contar sua versão para que as pessoas soubessem por que ele foi a Washington DC, quais eram suas intenções e o que ele fez na cidade.
Porte de arma mortal e roubo de carta
Os promotores disseram que Barnett tinha um taser (uma arma de choque) nas calças quando invadiu o Capitólio e invadiu o escritório de Pelosi.
Por causa disso, Barnett foi condenado por entrar e permanecer em prédios ou terrenos restritos com uma arma mortal ou perigosa.
Quando estava no escritório de Nancy Pelosi, Barnett pegou uma carta e escreveu nela um texto que dizia: “Nancy, Bigo esteve aqui”, além de uma mensagem com um palavrão machista. O júri condenou a acusação de roubo por pegar o envelope do escritório de Pelosi.
Megafone
Antes de deixar o terreno do Capitólio, Barnett usou um megafone para fazer um discurso para a multidão, gritando: “Recuperamos nossa casa e eu ocupei o escritório de Nancy Pelosi!” de acordo com os procuradores.
O homem afirmou que ele foi empurrado para dentro do Capitólio por uma multidão quando ele se aproximava de uma entrada, e que ele chegou a cair de joelhos ao entrar no recinto. Há vídeos que corroboram com esse depoimento.
“Nós não temos escolha!” ele gritou repetidamente ao entrar no Capitólio.
Depois que a polícia ordenou que ele e outros deixassem o escritório de Pelosi, Barnett percebeu que havia deixado sua bandeira americana para trás. Um vídeo capturou Barnett gritando com um policial porque queria recuperar sua bandeira.
Mais de 940 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados ao ataque de 6 de janeiro. Quase 500 se declararam culpados. Barnett é uma das dezenas de réus do motim do Capitólio cujo caso foi a julgamento.
Barnett é um bombeiro aposentado de Gravette, Arkansas. Ele disse que lamenta ter vindo a Washington para o comício.
Enquanto estava em prisão domiciliar no ano passado, Barnett levantou dinheiro cobrando US$ 100 dos doadores por fotos dele com os pés sobre uma mesa.
A promotoria apresentou outra versão: para eles, Barnett planejou a viagem por semanas e veio preparado para atos violentos.
A defesa afirmou que Barnett era apenas um “cara maluco do Arkansas” que não machucou ninguém e não poderia ter machucado ninguém com o taser porque estava quebrada naquele dia.

Fonte: G1 Mundo