Categorias
MUNDO

Quem é Messina Denaro, o último chefe da máfia italiana preso enquanto fazia terapia


Acusado pela Promotoria italiana de executar atentados na década de 1990, Denaro é apontado como um dos três principais líderes do Cosa Nostra, o maior grupo mafioso da Itália, e estava foragido havia 30 anos. Matto Messina Denaro é preso na Sicília após 30 anos foragido
Carabinieri Military Police/via Reuters
A crueldade com as vítimas era uma das principais características do chefe da máfia italiana Messina Denaro, preso nesta segunda-feira (16) pela polícia italiana após 30 anos foragido.
Denaro é apontado pela Promotoria da Itália como um dos três principais chefes do Cosa Nostra, a maior organização criminosa da Europa e uma das maiores do mundo.
Segundo a investigação, Denaro, de 60 anos, costumava torturar prisioneiros da máfia e se vangloriava de “encher um cemitério inteiro”. Em um dos casos, ele mandou matar com ácido o filho de um membro da Cosa Nostra que se arrependeu e deixou o grupo.
Ele substituiu Salvator Riina, também conhecido como Totò Riina, que foi preso há exatos 30 anos e morreu na prisão, em 2017. Na ocasião, a polícia também passou a procurar por Denaro, que entrou na clandestinidade.
O mafioso conseguiu se esconder por tanto tempo graças a uma forte rede de apoio da Cosa Nostra que inclui contratos de confidencialidade com outros mafiosos e seus parentes em uma espécie de “código de silêncio”.
Foi essa rede, segundo a Promotoria italiana, que garantia diferentes esconderijos a Denaro, além de lhe fornecer comida, roupas limpas e comunicação.
Messina Denaro tinha uma base de poder na cidade portuária de Trapani, no oeste da Sicília.
Atentados
O chefe da máfia italiana Matteo Messina Denaro dentro de viatura policial após ser preso na Sicília, em 16 de janeiro de 2023.
Carabinieri via Reuters
Denaro é acusado de uma ser responsável direta ou indiretamente por uma série de assassinatos ao longo da década de 1990. Ele enfrenta uma sentença de prisão perpétua por seu papel em ataques a bomba em Florença, Roma e Milão, que mataram dez pessoas.
O mafioso também é apontado pela Promotoria italiana como o autor de dois atentados a bomba na Sicília, em 1992. Nos atos, os principais promotores que investigavam a máfia à época, Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, foram mortos.
Ele foi preso nesta manhã em uma clínica particular em Palermo, na capital da Sicília. De acordo com a divisão de operações especiais que deflagram a operação, ele estava no local para fazer terapia.

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Homem morre após bater com limusine em um dos pilares do portão de Brandemburgo


Colisão aconteceu na noite deste domingo na capital da Alemanha. Carro colide contra um dos muros dos Portões de Brandemburgo em Berlim, na Alemanha
Annette Riedl/dpa via AP
A polícia alemã disse nesta segunda-feira (16) que um homem morreu após bater uma limusine no icônico Portão de Brandemburgo, em Berlim, na noite de domingo.
Imagens do local mostram os destroços do veículo entre dois pilares do popular ponto turístico da capital.
Não há informações imediatas sobre a identidade do motorista. Ele já estava morto quando os bombeiros chegaram. Seu corpo foi tirado das ferragens do carro posteriormente.
Carro destruído após bater contra um dos pilares do Portão de Brandemburgo, em Berlim, na Alemanha
Annette Riedl/dpa via AP
A polícia disse que as informações iniciais indicavam que outras pessoas não ficaram feridas no acidente, que aconteceu pouco antes da meia-noite.
Partes do Portão de Brandemburgo estavam cobertas de fuligem, mas não parece haver grandes danos à estrutura.

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Pais participativos podem aumentar taxas de natalidade, apontam economistas


Estudo sobre ‘nova economia da fertilidade’ diz que em alguns países de alta renda onde homens são mais participativos, taxas de fecundidade têm subido entre alguns grupos. Pais participativos podem aumentar taxas de natalidade, apontam economistas
Getty Images
Falar das taxas de natalidade em geral é falar das escolhas e conquistas das mulheres: ao aumentar seus níveis de educação e avançar no mercado de trabalho, elas tiveram, em geral, menos filhos. No mundo, a média por mulher caiu de 5 filhos em 1950 para 2,3 no ano passado.
Em muitas nações ricas, essa média acabou ficando em índice muito abaixo do mínimo necessário para repor as pessoas que morrem todos os anos. Em países como Alemanha, Itália e Espanha, cada nova geração é cerca de 25% menor que a anterior.
Embora esse movimento costume ser acompanhado de alta na riqueza e nos níveis educacionais e traga potenciais benefícios ambientais, também levanta o debate: como manter a população jovem e produtiva em tamanho suficiente para sustentar as aposentadorias e custos de saúde de uma população idosa cada vez mais numerosa e longeva?
Agora, um grupo de economistas tem destacado o papel crucial que homens – e não só as mulheres – vêm tendo nessa equação quando participam mais dos cuidados com os filhos e com a casa.
Os pesquisadores argumentam que em alguns países de alta renda onde homens são mais participativos, taxas de fecundidade têm subido entre alguns subgrupos, ou seja, mais mulheres têm decidido ter mais filhos.
Já nos países onde a taxa de fecundidade está abaixo de 1,5 filho por mulher, “os homens fazem menos de um terço do trabalho doméstico”, diz o estudo.
Além do papel masculino, outros fatores que influenciam isso positivamente, segundo os economistas, são políticas públicas bem desenhadas de creches e licenças-maternidade e paternidade, normas sociais favoráveis às mulheres e ambientes de trabalho mais flexíveis.
Embora o estudo enfoque em países de alta renda, as conclusões podem trazer ensinamentos para o futuro do Brasil, onde a média de filhos por mulher – que foi de 1,7 em 2020 – já está abaixo do nível mínimo de reposição. E onde o chamado “bônus demográfico” – quando a população economicamente ativa supera bastante a aposentada – está a poucas décadas de terminar (confira mais detalhes abaixo).
‘Nova era da economia da fecundidade’
O grupo de economistas, das universidades alemãs de Mannheim e Regensburg e da americana Northwestern, argumenta que parecem haver novas tendências moldando a “economia da fecundidade”.
Se antes estava consolidada a crença de que, ao entrar no mercado de trabalho, a mulher passava a ter menos filhos, agora, não é mais necessariamente assim.
Nos cruzamentos de dados de países de alta renda estudados pelo grupo, “se reverteu a relação (negativa) entre o trabalho feminino e a fecundidade. Hoje, em países onde mais mulheres trabalham, mais bebês nascem”, diz o estudo.
Aí entra o papel masculino: nesses estratos de alta renda, há indicativos de que “a distribuição dos custos e benefícios dos filhos entre mães e pais em parte determina a fertilidade”. Especificamente, se um dos pais tem de arcar com a maior parte dos custos de ter um bebê e, em consequência, tiver menos probabilidade de concordar em ter um segundo filho, a fertilidade vai ser baixa, não importa o quanto o outro pai queira ter mais um filho”.
Um dos destaques da pesquisa são os países nórdicos (Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Islândia), que combinam altíssima renda per capita com um acúmulo de décadas de divisão menos desigual nos cuidados com os filhos, normas sociais mais igualitárias e políticas generosas de apoio às famílias.
Embora a taxa de fecundidade de todos esses países continue sendo baixa – de no máximo 1,7 filho por mulher, na Islândia e na Suécia -, dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) usados pelos pesquisadores apontam que, quanto mais crescia o Produto Interno Bruto (PIB) per capita e a participação feminina na economia, mais crescia o número de filhos por mulher.
Padrões de fertilidade x renda
Políticas públicas bem desenhadas de creches e licenças-maternidade e paternidade, normas sociais favoráveis às mulheres e ambientes de trabalho mais flexíveis também beneficiam taxas de natalidade
Getty Images
O caso nórdico não significa que esses países caminhem rumo a taxas de fecundidade substancialmente mais altas, nem que as teorias de fecundidade estivessem erradas. Apenas significa que novos padrões de comportamento estão emergindo, explica à BBC News Brasil Anne Hannusch, professora-assistente de Economia da Universidade de Mannheim e coautora do estudo.
“Padrões (de baixa fecundidade) que se mantiveram por mais de cem anos estão mudando para países ricos. Isso só quer dizer que, em países de alta renda, parece que estamos indo em uma nova direção, em que não parece ser mais uma verdade universal que a fertilidade declina à medida que a renda cresce”, afirma.
Nessa transição, prossegue a economista, muitas mulheres ambicionam mais do que apenas voltar ao mercado de trabalho. Daí a importância do que Hannusch e seus colegas chamam de “pais cooperativos” e de outras políticas, além de mudanças em relação à carga moral imposta a mães.
Isso inclui tanto um compartilhamento maior dos cuidados com crianças e das tarefas domésticas, quanto mudanças nas normas sociais em geral. Hannusch acha que até mesmo seu país, a Alemanha, tem normas sociais que ela enxerga como rígidas.
“Na Alemanha, há uma percepção de que, se você não fica em casa para cuidar do seu bebê, você é uma mãe ruim. Essas normas afetam escolhas como: ‘cuido das crianças ou volto ao mercado de trabalho?'”, explica a economista.
Para além da licença-maternidade
Ou seja, mesmo havendo em muitos países de alta renda – como a Alemanha – licenças-maternidade longas, mulheres ainda enfrentam barreiras como normas sociais desfavoráveis, pouca flexibilidade no mercado de trabalho (por exemplo, jornadas que não coincidem com horários de creches) e menor progressão salarial que os homens.
Mesmo em países com licença-maternidade generosa, mulheres enfrentam normas sociais desfavoráveis e pouca flexibilidade para acomodar a vida com filhos
Getty Images
Esse conjunto cria o que os economistas chamam no estudo de “penalidade da maternidade”. “São coisas que parecem ter muita importância para as mulheres que querem ter filhos e continuar no mercado de trabalho”, diz Hannusch.
Como estamos falando de grupos sociais mais economicamente favorecidos, essas mulheres já não se contentam apenas em voltar da licença-maternidade, mas sim “voltar ao trabalho em um emprego com a possibilidade de promoção”, acrescenta a economista.
Por isso, políticas públicas nessa área, para serem bem-sucedidas, precisam ir além da licença-maternidade, ela explica.
“Na Europa, a licença-maternidade geralmente é o primeiro ano de vida da criança, e, depois, as mulheres voltariam ao mercado de trabalho, que é quando o debate se converte em: ‘vou conseguir pagar por um serviço de cuidado da criança? Tenho um parceiro para compartilhar as responsabilidades comigo? Meu empregador é flexível?’. Porque as crianças não precisam do cuidado apenas no primeiro ano – são 18 anos ou mais (risos), talvez a vida inteira.”
É aí que as políticas e normas sociais mais enraizadas nos países nórdicos começaram a fazer diferença nas taxas de fecundidade, argumentam Hannusch e seus colegas no estudo.
“Em países como a Suécia, onde as tarefas domésticas são compartilhadas mais igualmente, há uma aparente correlação entre aumento na fertilidade quando os homens participam mais do trabalho doméstico. Também há políticas familiares (de creches) e compartilhamento da licença-parental. Mas não é algo que aconteceu da noite para o dia, é um longo processo”, afirma a economista.
“Por isso, nosso estudo não diz que há uma solução simples e imediata (para a fertilidade baixa de muitos países de alta renda), porque qualquer política familiar vai interagir com normas sociais, decisões do casal, disposição dos homens em contribuir – não é um fator só que, se mudado, vai ajustar tudo. São coisas que interagem entre si, e normas sociais mudam lentamente. Leva tempo.”
Segundo os dados do estudo, em países desenvolvidos onde é mais fácil conciliar trabalho e família, “as mulheres têm ambos”. “Nos países onde os dois (trabalho e família) estão em conflito, as mulheres são forçadas a fazer escolhas, resultando tanto em menos nascimentos de crianças quanto menos mulheres trabalhando”, diz a pesquisa.
Uma reportagem do jornal britânico Financial Times reuniu outros exemplos de estudos acadêmicos sugerindo que padrões tradicionais de fecundidade estão mudando em países desenvolvidos. Em alguns deles, diz a reportagem, a probabilidade de ter um segundo filho passou a ser maior entre profissionais de nível educacional mais alto, e menor entre faixas de escolaridade mais baixa, algo que contradiz percepções enraizadas sobre fecundidade.
E o Brasil?
No Brasil, as taxas de fecundidade ainda parecem seguir a lógica de que, quanto maior a renda e a educação femininas, menor a quantidade de filhos por mulher – que caiu de 6,2, em média, em 1940, para 1,7 em 2020.
“Em um extremo, mulheres com mais anos de estudo e uma progressão maior na carreira profissional têm cada vez menos filhos, muitas vezes menos do que o desejado, em especial por não conseguirem conciliar trabalho e família”, aponta o relatório Fecundidade e Dinâmica da População Brasileira, feito em 2018 para o Fundo de População da Organização das Nações Unidas (ONU).
“O mesmo acontece quando se analisam os índices de acordo com a renda: nos 20% dos domicílios com maiores rendimentos no país, as mulheres têm taxas de fecundidade que não chegam às taxas de reposição. Na outra ponta, e com número significativo de pessoas, percebe-se que as mulheres com menos anos de estudo ainda têm mais filhos do que desejam. Isso porque, em geral, mulheres com menos escolaridade, rendimento e oportunidades também acabam tendo filhos quando são jovens – e, na maioria, filhos nascidos de gestações não planejadas.”
Ao mesmo tempo, como a população brasileira tem envelhecido em ritmo rápido, o país está nas últimas décadas do chamado “bônus demográfico”, ou seja, de um contingente grande de população jovem e economicamente ativa em relação ao grupo etário com mais inativos (como crianças e idosos).
Por volta da década de 2040, as estimativas da ONU são de que o grupo de brasileiros de 15 a 64 anos alcançará seu pico e começará a cair. A partir daí, vai crescer proporcionalmente a faixa de brasileiros com mais de 60 anos. Tudo isso vai acontecer antes de o país ter conseguido elevar sua renda para o patamar dos países ricos.
É nesse contexto que a discussão em torno das taxas de fecundidade pode ganhar relevância.
O estudo de Hannusch e seus colegas não incluiu o Brasil. Mas ela aponta que, se as normas sociais do país se mantiverem “muito tradicionais”, ou seja, a carga dos cuidados com os filhos se mantiver excessivamente sobre os ombros femininos, é improvável que eventuais políticas favoráveis à fecundidade funcionem, mesmo entre as mulheres com mais renda.
“Trata-se de identificar onde o Brasil está neste momento em seu desenvolvimento e talvez pensar para onde as coisas vão daqui 20 ou 30 anos. Pode ir para caminhos diferentes a depender das normas sociais e de como esses fatores são implementados no futuro”, diz a economista.
Na visão de Hannusch e seus colegas, “a fecundidade ultrabaixa não é um destino inescapável, mas sim um reflexo de políticas, instituições e normas prevalentes na sociedade”.
– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-64119658

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Sem esperança de sobreviventes, Nepal lamenta as vítimas da queda do avião em Pokhara


Quase não há esperanças de encontrar o corpo das 72 pessoas que estavam a bordo da pior catástrofe deste tipo no país em três décadas. Queda de avião deixa dezenas de mortos no Nepal
Sem esperança de encontrar sobreviventes, o Nepal vive um dia de luto nacional nesta segunda-feira (16) após o desastre aéreo no domingo que matou pelo menos 68 pessoas, entre elas uma argentina, na pior catástrofe deste tipo no país em três décadas.
A esperança de encontrar algum sobrevivente entre as 72 pessoas a bordo do avião que caiu no Nepal no domingo é “nula”, disse à AFP Tek Bahadur KC, chefe do distrito de Taksi, onde o avião caiu no domingo.
“Até agora recuperamos 68 corpos. Estamos procurando por mais quatro corpos… estamos rezando por um milagre. Mas a esperança de encontrar alguém vivo é nula”, afirmou.
Avião cai no Nepal
Editoria de arte/g1
O avião, um ATR 72 da companhia Yeti Airlines que saiu de Katmandu, capital do Nepal, caiu com 72 pessoas a bordo – 68 passageiros e quatro tripulantes – pouco antes das onze da manhã, horário local (02h15 no horário de Brasília) perto de Pokhara (centro), onde deveria pousar.
A aeronave em chamas foi encontrada em um precipício de 300 metros de profundidade, entre o antigo aeroporto construído em 1958 e o novo terminal internacional inaugurado em 1º de janeiro em Pokhara, porta de entrada para alpinistas do mundo todo.
Soldados usaram cordas para retirar corpos do fundo do precipício entre o final do domingo e início desta segunda-feira.
Equipe de resgate se arrisca em penhasco para tentar encontrar corpos das vítimas de acidente aéreo no Nepal
Krishna Mani Baral/AP
“A busca foi interrompida por causa da névoa. Vamos retomá-la em uma ou duas horas, quando o tempo melhorar”, informou o policial AK Chhetri na madrugada desta segunda-feira.
“Trinta e um (corpos) foram levados para hospitais”, disse o oficial à AFP.
Equipes de resgate encaram destroços do avião que caiu no Nepal neste domingo (15)
Yunish Gurung/AP
A bordo do avião estavam 14 estrangeiros: cinco cidadãos indianos, quatro russos, dois coreanos, um australiano, um irlandês e um francês, segundo o porta-voz da companhia aérea, Sudarshan Bardaula.
Uma passageira argentina que foi identificada como Jannet Sandra Palavecino, de 58 anos, mãe de duas filhas e natural da província de Neuquén (sudoeste), também estava no avião, segundo o jornal La Nación de seu país.
Após o acidente, os socorristas tentaram apagar o fogo entre os restos do avião, um ATR 72 movido por dois motores turboélice.
Como uma bomba
Queda de avião no Nepal mata 68 pessoas
Em comunicado datado de Toulouse, no sudoeste da França, a ATR, fabricante do avião, especificou que se tratava de um modelo 72-500, acrescentando que seus especialistas estavam “totalmente comprometidos em apoiar tanto a investigação quanto o cliente”, a companhia aérea.
Num vídeo compartilhado nas redes sociais, cuja autenticidade a AFP não conseguiu verificar, o avião é visto voando baixo sobre uma área residencial antes de se inclinar de forma brusca para a esquerda, e então se ouve uma forte explosão.
“Estava andando quando ouvi uma forte explosão, como se uma bomba tivesse explodido”, contou Arun Tamu, de 44 anos, que estava a cerca de 500 metros do local do impacto e que transmitiu um vídeo ao vivo nas redes com os restos do avião em chamas.
Histórico de acidentes aéreos
Uma visão geral das pessoas reunidas após a queda de um avião em Pokhara, Nepal, neste domingo (15)
Reuters
O setor aeronáutico do Nepal cresceu muito nos últimos anos, tanto no transporte de mercadorias quanto no transporte de turistas.
No entanto, devido à falta de treinamento da equipe e a problemas de manutenção, as empresas geralmente sofrem com problemas de segurança. A União Europeia, portanto, proibiu todas as transportadoras nepalesas de entrar em seu espaço aéreo.
O país do Himalaia também possui algumas das pistas mais remotas e complicadas do mundo, ladeadas por picos cobertos de neve que tornam a aproximação desafiadora até mesmo para pilotos experientes.
Equipes de resgate trabalham no local do acidente no Nepal neste domingo (15)
Krishna Mani Baral/AFP
As companhias indicam que o Nepal não possui infraestrutura para estabelecer previsões meteorológicas precisas, principalmente nas regiões mais remotas e de difícil relevo montanhoso, onde foram registrados acidentes fatais nos últimos anos.
O acidente deste domingo é o mais mortal no Nepal desde 1992, quando todas as 167 pessoas a bordo de um avião da Pakistan International Airlines morreram quando caiu perto de Katmandu.

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, anuncia pedido de demissão


Ela estava sendo criticada por não ser capaz de reviver as Forças Armadas da Alemanha no contexto da guerra da Ucrânia. Ex-ministra da Defesa da Alemanha, Christine Lambrecht, durante coletiva de imprensa em 13 de janeiro de 2023
Fabrizio Bensch/REUTERS
A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (16). Ela vinha sendo questionada sobre sua capacidade de reviver as forças armadas da Alemanha no contexto da guerra na Ucrânia.
“Hoje pedi ao chanceler que me demitisse do cargo de ministra federal da Defesa”, disse Lambrecht, membro do Partido Social Democrata (SPD) de Scholz, em comunicado.
Sua decisão de renunciar ocorre quando a Alemanha está sob pressão para aprovar um aumento no apoio militar internacional a Kiev. Além disso, as capacidades de defesa da Alemanha foram questionadas depois que vários tanques de infantaria foram colocados fora de serviço após um exercício militar recente.
Christine Lambrecht, ex-ministra alemã sobre um tanque em visita a Munique em 7 de fevereiro de 2022
Philipp Schulze/dpa via AP
Lambrecht foi acusada de não conseguir colocar as Forças Armadas de volta a forma rapidamente, apesar de um fundo especial de 100 bilhões de euros ter sido acordado para essa finalidade após o início da guerra.
Alguns nomes são especulados para assumir o posto:
Eva Hoegl, comissária parlamentar para as Forças Armadas
Siemtje Muller, ministro júnior da Defesa
Lars Klingbeil, chefe do partido SPD
Hubertus Heil, ministro do Trabalho.

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Suspeitos de participar de assassinato de promotor paraguaio na Colômbia são presos


Marcelo Pecci, que investiga máfia colombiana, foi morto a tiros em maio de 2022 em uma praia da Colômbia onde passava lua de mel com sua esposa. Autores seguem desaparecidos. Imagem de Marcelo Pecci do site do Ministério Público do Paraguai
Reprodução/Ministério Público do Paraguai
Dois supostos autores do assassinato do promotor paraguaio anti-máfia Marcelo Pecci foram presos na Colômbia, elevando para oito o número de prisões por esse crime, informou a Promotoria colombiana no domingo.
Pecci foi morto a tiros em maio de 2022 na frente de sua esposa grávida na ilha de Barú, perto de Cartagena, onde passava de sua lua de mel.
“Essas duas pessoas aparentemente foram as encarregadas da logística” do assassinato, disse à imprensa o promotor Francisco Barbosa.
Momentos antes de ser morto, Marcelo Pecci e esposa anunciaram gravidez
Redes sociais/ Reprodução
Os elementos apurados durante a investigação permitem concluir que “os acusados coordenaram a execução do crime e reuniram-se com pessoas que estiveram diretamente envolvidas neste evento”, acrescentou Barbosa.
Autoridades colombianas, paraguaias e norte-americanas ainda procuram os assassinos, que segundo as investigações estão relacionados com redes do tráfico de drogas. Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de cinco milhões de dólares para quem fornecer informações sobre os responsáveis.

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Chefe da máfia mais procurado da Itália é preso após 30 anos foragido, diz agência

Matteo Messina Denaro, chefe da máfia italiana que estava foragido há 30 anos, foi preso na Sicília, diz agência. A prisão aconteceu nesta segunda-feira (16), por volta das 9h30 da manhã no horário local.
O mafioso foi preso em uma clínica particular chamada Maddalena, em Palermo, na capital da Sicília. Messina Denaro é investigado como um dos chefes da máfia Cosa Nostra.
De acordo com a divisão de operações especiais que deflagram a operação contra Messina Denaro, o mafioso estava na clínica para fazer terapia.
Messina Denaro era considerado foragido desde 1993, quando Totò Riina, um aliado, também membro da Cosa Nostra, foi preso.
Esta reportagem está em atualização.

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Equipes de resgate retomam buscas por desaparecidos após queda de avião no Nepal


Até agora, 68 corpos dos 72 passageiros do voo foram localizados. Caixas-pretas da aeronave ainda não foram encontradas. Equipes de resgate em local da queda do avião no Nepal
Prakash Mathema/AFP
Equipes de resgate retomaram nesta segunda-feira (16) as buscas por quatro pessoas ainda desaparecidas após o acidente de avião mais mortal do Nepal em 30 anos, disseram autoridades do país.
Até o domingo, dia do desastre, 68 corpos das 72 pessoas a bordo da aeronave haviam sido recuperados. O voo operado pela companhia Yeti Airlines havia saído da capital Katmandu com destino à cidade turística de Pokhara e caiu minutos antes de pousar.
No voo estavam 57 nepaleses, cinco indianos, quatro russos, dois sul-coreanos e uma pessoa da Argentina, Irlanda, Austrália e França.
Queda de avião no Nepal mata 68 pessoas
O policial de Pokhara, Ajay K.C. disse que a operação de busca e resgate, foi paralisada no domingo por causa da escuridão do local da queda. “Vamos retirar os cinco corpos do desfiladeiro e procurar os quatro restantes que ainda estão desaparecidos”, disse ele à agência de notícias Reuters. Os outros 63 corpos foram enviados para um hospital, completou ele.
As equipes de resgate também estavam procurando pelas caixas pretas – um gravador de voz da cabine e um gravador de dados de voo – enquanto procuravam por sobreviventes, disse Jagannath Niroula, porta-voz da autoridade de aviação civil do Nepal.
Queda de avião deixa mortos no Nepal
O Nepal declarou luto nacional na segunda-feira e criou um painel para investigar o desastre e sugerir medidas para evitar tais incidentes no futuro.
As autoridades disseram que os corpos serão entregues às famílias após a identificação e exame.
Quase 350 pessoas morreram desde 2000 em acidentes de avião ou helicóptero no Nepal – que abriga oito das 14 montanhas mais altas do mundo, incluindo o Everest – onde mudanças repentinas no clima podem resultar em condições perigosas.
Uma visão geral das pessoas reunidas após a queda de um avião em Pokhara, Nepal, neste domingo (15)
Reuters

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Peru tem novos bloqueios de rodovias, apesar do estado de emergência

A partir da meia-noite deste domingo (15) entrou em vigor por 30 dias o estado de emergência para as principais regiões do país. O objetivo é frear as manifestações que pedem a saída de Dina Boluarte da presidência – pesquisa divulgada hoje informa que ela tem reprovação de 71%. Protestos no Peru: Já passa de 40 o número de mortos
O Peru amanheceu neste domingo (15) com bloqueios de estradas e manifestações pedindo a renúncia da presidente Dina Boluarte. Os atos aconteceram após o governo prorrogar por 30 dias (valendo a partir da meia-noite deste sábado para o domingo) o estado de emergência como modo de aliviar a grave crise política e social que o país vive.
O Executivo estendeu o estado de emergência nas regiões de Lima, Cusco, Callao e Puno para deter os protestos, autorizando os militares a intervir junto com a polícia para proteger a ordem pública. O governo também ampliou o toque de recolher em Puno, epicentro dos protestos. A medida valerá por 10 dias, das 20h às 4h, a partir de hoje.
A decisão ocorre no momento em que associações convocaram mobilizações do sul do Peru para Lima a partir de segunda-feira, ação que as autoridades classificam como um “motim” para desestabilizar Boluarte.
Segundo pesquisa divulgada hoje pela empresa Ipsos, Boluarte tem 71% de reprovação.
Os protestos, que deixaram ao menos 42 mortos em cinco semanas, segundo a Defensoria do Povo, foram retomados no dia 4 de janeiro, após uma trégua nas festas de fim de ano.
Neste domingo, 99 trechos de rodovias estavam bloqueados por manifestantes em 10 das 25 regiões peruanas que pedem a renúncia de Boluarte, que assumiu a presidência depois que o Congresso destituiu Pedro Castillo após seu golpe de Estado fracassado.
Entre as regiões com vias bloqueadas estão Puno, Arequipa e Cusco (sul), informou a Superintendência de Transporte Terrestre, acrescentando que nunca houve tantos bloqueios na atual crise. Em Arequipa, dezenas de moradores fecharam a rodovia Panamericana Sur, que chega à região de Tacna, na fronteira com o Chile.
Na noite de sábado, dezenas de manifestantes chegaram ao distrito de Miraflores, em Lima, depois de partirem da praça San Martín, na região central.
Em Cusco, o serviço de trem para a cidadela inca de Machu Picchu foi retomado neste domingo, após dois dias de paralisação devido aos protestos.
Missa pelos mortos
Com fotografias no átrio da Catedral de Lima, uma missa foi realizada na manhã deste domingo para lembrar as vítimas que morreram durante os protestos.
“Queremos dedicar esta missa a nossos falecidos por mãos humanas nestes dias. Todos são nossos mortos, não há morte alheia. Somos todos peruanos”, declarou o arcebispo de Lima, Carlos Castillo.
O religioso nomeou cada uma das vítimas civis e o policial que foi queimado vivo na cidade de Juliaca, na fronteira com a Bolívia.
Dezenas de pessoas assistiram à missa celebrada em espanhol e quíchua (língua original dos Andes peruanos) na Basílica Catedral de Lima.
A presidente pediu perdão na sexta-feira pelas mortes causadas pela crise e instou o Congresso a acelerar os procedimentos para realizar eleições antecipadas em abril de 2024.
Mais de 100 intelectuais peruanos, cinco argentinos e dois chilenos pediram ao governo de Boluarte que “cesse imediatamente o assassinato de cidadãos que estão exercendo seu legítimo direito de existir politicamente”.
“Pedimos a Dina Boluarte que ouça a reivindicação do povo e renuncie, que deixe imediatamente o cargo e convoque eleições imediatas”, acrescentaram os escritores e artistas signatários do pronunciamento.
O vice-ministro de Governança Territorial, José Muro, destacou na TV estatal que o compromisso do governo é estabelecer esta semana espaços de diálogo nas regiões em conflito de modo a dar resposta às reivindicações sociais adiadas.

Fonte: G1 Mundo

Categorias
MUNDO

Biden evoca ‘batalha pela alma’ da nação em tributo a Luther King


O presidente dos EUA falou em escolha da ‘democracia’ e do ‘amor’ sobre a ‘autocracia’ e o ‘ódio’ no culto em homenagem ao 94º aniversário de Martin Luther King. De acordo com a agência Reuters, espera-se que Biden anuncie a candidatura à reeleição nas próximas semanas. O presidente dos EUA, Joe Biden
REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente Joe Biden pediu aos americanos que olhem para a vida de Martin Luther King Jr. em busca de lições sobre como reparar as divisões no país, contra o extremismo e injustiça, neste domingo (15).
Ao se tornar o primeiro presidente dos EUA a falar em um culto de domingo na igreja do líder dos direitos civis em Atlanta, ele disse que o país e o mundo estão lutando contra forças autocráticas. De acordo com a agência Reuters, espera-se que Biden anuncie a candidatura à reeleição nas próximas semanas.
“O fato é que estou aqui em um momento crítico para os Estados Unidos e para o mundo, na minha opinião”, disse Biden, chamando-o de momento de escolha: “Somos um povo que escolherá a democracia em vez da autocracia? Será que nós vamos escolher o amor ao invés do ódio?”, perguntou .
O presidente dos EUA afirmou que King trabalhou pelo direito universal ao voto, mas completou: “fazemos bem em lembrar que sua missão era ainda mais profunda. Era espiritual. Era moral”.
Domingo seria o aniversário de 94 anos de Marthin Luther King. Ele foi assassinado aos 39 anos em 1968 em Memphis, no estado do Tennessee, pelo segregacionista declarado James Earl Ray. King foi pastor da igreja Ebenezer desde 1960 até sua morte.
Um feriado nacional celebra o pastor referência no movimento dos direitos civis norte-americano na segunda-feira. Na ocasião, Biden irá se encontrar com o defensor dos direitos civis Al Sharpton e com seu grupo, a National Action Network, em Washington.

Fonte: G1 Mundo