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Chá ou cerveja: vereadores tomam bebida misteriosa e viralizam na web; veja vídeo

Um vídeo de vereadores de Palmas consumindo um tipo de bebida de cor amarelada viralizou nas redes sociais. As imagens foram feitas nesta quarta-feira (25) durante uma sessão parlamentar. Postagens feitas no Facebook e Twitter fizeram os internautas questionarem se a bebida se tratava de cerveja ou chopp. (Veja vídeo)

O vídeo teve centenas de comentários e compartilhamentos, mas a Câmara dos Vereadores e os próprios parlamentares negam que a substância seja bebida alcoólica. Segundo os vereadores, trata-se de um chá para combater a retenção de líquidos.

Nas imagens, o garçom da casa serve copos com a bebida para o vereador Filipe Fernandes (PSDC) e Rogério Freitas (PMDB). O vídeo foi gravado durante uma reunião da comissão de políticas públicas sociais.

A assessoria da Câmara de Vereadores de Palmas disse que a bebida servida foi um chá gelado feito com “pó para preparo de composto líquido com ervas aromáticas.”

“É comum o garçom servir, além de água e café, outras opções aos vereadores, como sucos, chás e até mesmo medicamentos, caso o horário seja no período de trabalho parlamentar. Os compostos para preparos de chás e outros líquidos são adquiridos pelos próprios vereadores.”

O chá em questão pertence ao vereador Filipe Fernandes. “É um chá diurético para acabar com a retenção de líquidos. É maldade das pessoas que não tem o que fazer e ficam inventando essas coisas”, disse ao G1.

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Câmara arquiva segunda denúncia contra Temer; 6 deputados do Tocantins votam a favor

A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira, 25, pela segunda vez, uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB), desta vez por obstrução de justiça e organização criminosa. Temer recebeu 251 votos a favor e 233 contrários a ele. Houve ainda 25 ausências e 2 abstenções. A base aliada precisava de 172 votos (entre “sim”, ausências e abstenções) para a impedir a admissibilidade da denúncia contra Temer.

Dos parlamentares do Tocantins, 6 votaram a favor do arquivamento da denúncia e apenas um contra. Votaram a favor de Temer os deputados Vicentinho Júnior (PR), Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM), Dulce Miranda (PMDB), Lázaro Botelho (PP), César Halum (PRB) e Carlos Henrique Gaguim (Podemos). O único voto contra foi o de Irajá Abreu (PSD). Josi Nunes esteve ausente da sessão e não votou.

Ao justificar seu voto, Irajá Abreu pontuou que manteve a mesma postura da primeira votação, em que votou pela autorização da investigação do presidente. “Em respeito a vontade de 95% dos brasileiros e por coerência, sou favorável as investigações do presidente Michel Temer, o meu voto é Sim as investigações e Não ao relatório”, declarou.

Em nota Josi Nunes comentou sobre a votação e disse que se ausentou por não poder conciliar a orientação de seu partido com a vontade dos eleitores. “Uma das condições para ser candidato a qualquer cargo eletivo e consequentemente se tornar um representante da população é ser filiado a um partido com qual nos identificamos e assim, seguir suas orientações e decisões construídas em conjunto. Depois de filiado, o próximo passo é nos apresentar para a população expressando o nosso desejo de representa-la e conquistar o seu apoio. Sou deputada federal porque construí uma identidade com o PMDB e também, porque conquistei o apoio de parte do povo tocantinense que me confiou o voto para que eu estivesse aqui os representando. Diante das circunstâncias atuais em que é preciso tomar mais uma posição e percebendo a impossibilidade de consenso entre a orientação partidária e o interesse da maioria que me elegeu, decidi não votar nesta segunda denúncia. O que vou continuar apresentando a população tocantinense é o meu trabalho, que faço de forma apaixonada, em prol do desenvolvimento deste Estado”.

Votação

Os deputados decidiram, em votação em plenário, rejeitar as acusações contra Temer e também contra os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil). Agora, eles só poderão ser processados após deixarem os cargos. Entre os argumentos apresentados pelos parlamentares para justificar seus votos a favor do presidente, estavam a defesa da “propriedade privada”, a “reconstrução do país” por Temer e elogios ao relatório apresentado na Comissão de Constituição e Justiça pelo tucano Bonifácio de Andrada (MG). Já entre os votos contrários, deputados se referiram ao “fim da corrupção”, ao “combate ao trabalho escravo”, contra o PSDB e pela igualdade entre as pessoas.

Fonte: T1 Notícias

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TRE cassa mandato de vice de Nova Olinda, mas prefeito se mantém no cargo

O pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) cassou o mandato do vice-prefeito de Nova Olinda, por unanimidade, na terça-feira, 24. Segundo as informações do TRE, durante a Sessão de Julgamentos foi decidido, por unanimidade, nos termos do voto da relatora, Denise Drumond, não conhecer do recurso contra expedição de diploma interposto pela Coligação “Unidos por uma Nova Olinda para todos” e, no mérito, julgar parcialmente procedente o recurso contra expedição de diploma, para cassar o diploma conferido, apenas, ao vice-prefeito Antônio Ribeiro da Silva.

Segundo o voto da relatora juíza Denise Drumond, ocorreu alternância de mandato de vice-prefeito entre cônjuges, perfazendo terceiro mandato consecutivo pelo grupo familiar, onde o recorrido Antônio Ribeiro da Silva exerceu mandato de vice-prefeito nos anos de 2009/2012, sua esposa Sandra Teixeira Lima Ribeiro, exerceu o mandato de vice-prefeita nos anos de 2013/2016, em seguida Antônio novamente candidatou-se e foi eleito ao cargo de vice-prefeito, para o mandato de 2017/2020.

Ainda segundo a juíza Denise Drumond, a inelegibilidade do vice-prefeito Antônio Ribeiro da Silva não atinge o prefeito José Pedro Sobrinho, pois a inelegibilidade por parentesco possui natureza pessoal e foi arguida pela primeira vez em RCED com objetivo de atingir o prefeito diplomado, o qual não deu causa à inelegibilidade.

Para a relatora, mesmo se houvesse a cassação do diploma do prefeito e do vice não seria possível a diplomação do 2° colocado, tendo em vista que o § 3° do art 224 do Código Eleitoral, acrescentado pela Lei nº 13.165/2015, dispõe que em caso de cassação do diploma dos eleitos deve ser realizada nova eleição, após o trânsito em julgado da ação que deu origem à cassação.

Por isso, a juíza relatora julgou parcialmente procedente o recurso contra expedição de diploma, para cassar o diploma conferido, apenas, ao vice-prefeito, Antônio Ribeiro da Silva.

Fonte: T1 Notícias

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Para Rodrigo Maia, Temer precisará reformar ministério

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que Michel Temer terá de promover uma reforma ministerial para recompor sua base de apoio congressual. “Tem muitos partidos demandando isso”, disse o deputado em entrevista ao blog. Na votação da segunda denúncia criminal contra Temer, apenas 251 deputados votaram a favor do sepultamento da investigação. E Maia estima que, para recuperar a musculatura legislativa, o Planalto precisa “caminhar para perto de 300” apoiadores.

Temer tem afirmado que não cogita substituir ministros senão em abril de 2018, quando muitos de seus auxiliares trocarão a Esplanada pelos palanques eleitorais. Maia receia que o presidente talvez tenha que alterar seus planos. “Tem que ver se os partidos estão dispostos à recomposição da forma como seria o mais natural, apenas em abril. Acho que, de agora até abril, o governo tem algumas pautas que, se não avançarem, vamos entrar em 2018 com o avião pegando fogo do ponto de vista fiscal.”

No vídeo que ilustra este post, você assiste ao trecho da entrevista em que o presidente da Câmara tratou de reforma ministerial. A íntegra da conversa com Rodrigo Maia estará disponível na manhã desta sexta-feira, aqui no UOL.

 

Fonte: UOL

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Prestação de contas de secretários a deputados mostra piora da situação fiscal do Estado

Durante audiência pública realizada na Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle, na manhã desta quarta-feira, 18, o Executivo apresentou dados fiscais do 2º quadrimestre de 2017. O resultado não é satisfatório, pois o Tocantins voltou a extrapolar o limite máximo estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), gastando 50,27% da Receita Corrente Líquida (RCL) com pessoal. Com a implementação da data-base e outros direitos dos servidores, a folha de pagamento, que em abril fechou em R$ 296 milhões, saltou para R$ 320 milhões em setembro.

Confira o resumo dos números do Estado mostrado aos deputados

A apresentação das contas do Executivo foi feita pelos secretários de Estado do Planejamento, Davi Torres, da Administração, Geferson Barros e da Fazenda, Paulo Antenor. Conforme os gestores, a frustação total de receitas de janeiro a agosto é de 19%. Estava previsto a arrecadação de R$ 7,356 bilhões, mas entrou nos cofres públicos do Palácio Araguaia apenas R$ 5,959 bilhões, ou seja 81%. Nesse cálculo, a frustação da arrecadação de recursos advindos do tesouro (FPE, ICMS e demais impostos) foi de 8%, ou seja, R$ 347 milhões.

Comparando o segundo quadrimestre de 2016 com o segundo quadrimestre de 2017, houve o crescimento de despesas liquidadas de todos os poderes no valor de R$ 451 milhões, ou seja, 7,8%. Conforme o relatório apresentado pelos secretários, o total de gastos nos primeiros oito meses do ano passado foi de R$ 5,744 bilhões e neste ano, de R$ 6,195 bilhões. Desse valor, R$ 3,931 bilhões (63%) foram utilizados para pagamento de folha de pessoal e encargos sociais.

De acordo com o secretário de planejamento, David Torres, no balanço entre receita e despesa, o Estado, portanto, já apresenta um déficit orçamentário de R$ 236,446 milhões. Apesar do saldo negativo, o gestor argumentou que o dado fiscal está “dentro da meta estimada e aprovada pela assembleia no ano passado”.

Folha de pessoal
Em setembro, os gastos com pessoal chegaram a R$ 320.337.038,42 milhões. Para o secretário da Administração, Geferson Barros, o que impacta a folha hoje são conquistas dos servidores, como data-base, incorporação de direitos dos militares e o aumento do salário mínimo no início do ano. Esses direitos elevaram as despesas com pessoal sobre a Receita Corrente Líquida em 50,27% no período de quatro meses.

Segundo informou o dirigente da Secad, do total gasto com pessoal em setembro, 81% foi destinado ao pagamento de servidores efetivos e 2,64% a comissionados. Sobre os contratos temporários, o gestor alegou que o impacto na folha seria mínimo, correspondendo a 15,4% do total.

O secretário alertou ainda que o governo terá dificuldade de pagar os salários de novembro e dezembro, além do 13º dos servidores. Segundo ele, não há possibilidade de enquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal no ano que vem se houver novos implementos, inclusive da data-base de 2018.

Problema sem solução
Com o cenário fiscal apresentado durante a audiência, os parlamentares não pouparam críticas à situação econômica do Estado, associando as dificuldades financeiras à falta de planejamento do Executivo.

“Saí da audiência pública [de prestação de contas] com a certeza de que o governo é incapaz de apresentar alternativa ao caos financeiro instalado no Tocantins”, criticou o deputado Zé Roberto (PT).

Para o petista, um dos problemas do Estado é a despesa com pessoal, devido aos “privilégios” de algumas categorias que ganham acima da média. Zé Roberto criticou ainda o fato dos técnicos do governo apresentarem os problemas, “mas nenhuma solução”.

Paulo Mourão (PT) quis saber como o governo pretende, por exemplo, realizar concursos e dar posse a novos procuradores e policiais militares. “Como isso será feito? Será que estão brincando conosco? Ou será que anunciam [o concurso da PM] porque o ano que vem é eleitoral?”, questionou.

Mourão voltou a criticar o pequeno valor destinado a investimentos. “Da Receita Corrente Líquida prevista de R$ 7,5 bilhões, apenas 1,2% é para investimentos. Serviços da dívida são de 6,8%. Está sendo previsto investimento da ordem de R$ 200 bilhões dos quais vão ter R$100 milhões para pagar. E vai pagar em juros e serviços da dívida R$ 500 milhões, observem só a situação. É preocupante”, lastimou.

O parlamentar ainda afirmou que não vê nenhum ato do governo no sentido de fazer o enquadramento do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Desde 2013 o Estado está desenquadrado na LRF, com 51,69%; e em 2014 com 50,93%; em 2015 com 52,28%; e em 2016 com 48,34%, uma redução que ocorreu em função da repatriação e não em função da eficiência econômica. E já estourou novamente este ano para 50,27%”, apontou.

As críticas foram feitas também pelos deputados Alan Barbiero (PSD), José Augusto Pugliese (sem partido) e Eduardo Siqueira Campos (DEM). Como forma de economizar recursos públicos, Eduardo Siqueira sugeriu que o governo entregue os imóveis alugados, “já que prédios não faltam na Praça dos Girassóis”.

Ao rebater as críticas, a líder do governo na Casa, Valderez Castelo Branco (PP), garantiu que os técnicos do Executivo apresentaram “com verdade e transparência” o relatório econômico-financeiro do segundo quadrimestre deste ano.

“É verdade que alguns números são desfavoráveis neste momento, mas quero lembrar que tudo o que foi apresentado é fruto da crise pela qual passa o país. Ressalto também que o governo Marcelo Miranda vem trabalhando desde o início do mandato no sentido de corrigir as distorções que oneram a folha de pagamento”, concluiu.

Por sua vez, os secretários alegaram que medidas estão sendo tomadas e que as despesas já foram reduzidas “consideravelmente”.

Desligamento voluntário
Os representantes do governo garantiram a implantação do programa de desligamento voluntário e de aposentadoria incentivada, sob a alegação de que contribua para a diminuição das despesas. Foi defendida também pelos secretários a ideia de não alterar os valores do orçamento de 2018 em relação ao deste ano.

Para Mourão, o programa não resolverá os problemas financeiros do Estado. “Como se a culpa desse descontrole de gestão fosse somente os gastos com os servidores. Não podemos aceitar isso em hipótese alguma. Isso é culpa de má gestão, de previsibilidade de receita, de falta de eficiência e eficácia de gestão”, afirmou.

“Não adianta eu criar PDV diante dessas gravidades. Se eu comparar setembro de 2016 a agosto de 2017 a folha de ativo já está em R$ 4,992 bilhões e a folha de inativo e pensionistas já está R$ 4,218 bilhões, o que quer dizer que ano que vem, essa folha vai superar, vai ser maior do que a dos ativos. Isso é grave”, observou.

Segundo David, o decreto de contingenciamento não será mais feito, visto que os já realizados não surtiram o efeito esperado devido aos demais Poderes não fazerem o mesmo para reduzir despesas. “Em função da frustração de despesas, hoje o Tocantins depende muito do Fundo de Participação dos Estados (FPE)”, afirmou.

Presidida pelo presidente da Comissão, deputado José Bonifácio (PR), a audiência contou com a participação da maioria dos parlamentares, entre eles o presidente do Legislativo, Mauro Carlesse (PHS). (Com informações da Ascom da AL, do Sisepe e do deputado Paulo Mourão)

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Marcelo recebe Carlesse por 1h, mas deputado nega que impeachment esteve na pauta

Em meio ao estremecimento acirrado pelo desengavetamento do pedido de impeachment, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Carlesse (PHS), conversou por cerca de uma hora, na manhã desta quinta-feira, 19, com o governador Marcelo Miranda (PMDB), em audiência no Palácio Araguaia. A assessoria dele, contudo, insiste que a conversa girou exclusivamente em torno de soluções para o trecho da TO-387, conhecido como “curva da morte”, que liga o Tocantins ao município goiano de Montevidiu.

Carlesse havia garantido a líderes políticos e moradores de Palmeirópolis, Paranã, São Salvador e Jaú, que conversaria com Marcelo para discutir possíveis soluções ao trecho. Conforme sua assessoria, o presidente relatou a Marcelo que a “curva da morte” é conhecida assim pelos inúmeros acidentes já registrados, que já mataram nove pessoas.

O governador garantiu que vai determinar aos técnicos da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) a realização de estudos no local, no sentido de encontrar uma solução para o problema.

Antes da reunião com o chefe do Executivo, Carlesse apresentou no plenário um requerimento, em regime de urgência, no qual solicita ao governo intervenções emergenciais no trecho, no prazo de 60 dias. Em sua justificativa, o parlamentar anexou ofícios das Câmaras Municipais das quatro cidades, além de vários boletins de ocorrência que atestam os acidentes.

Impeachment
Carlesse recebeu no dia 4 o parecer da Procuradoria do Legislativo favorável à admissibilidade do pedido de impeachment, mas até agora não anunciou se vai receber o processo e colocá-lo em tramitação, ou não.

Pessoas próximas de Carlesse insistiram que o assunto não entrou na pauta desta quinta e afirmaram que o encontro dos dois demonstraria que não existe afastamento entre eles por causa de matérias conflitantes. “Não é em função dessas matérias que dois líderes de Poderes vão deixar de dialogar”, defendeu um aliado

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Ataídes diz que só assina acordo sobre emenda se recursos forem operacionalizados pela União

O senador Ataídes Oliveira (PSDB) disse que só assinará a ata da reunião da bancada federal dessa quarta-feira, 18, se os recursos para os municípios forem operacionalizados diretamente pela União e não pelo governo do Tocantins. Na reunião ficou definido que 40% de uma das emendas impositivas de bancada, no valor de R$ 163 milhões, irá para Araguaína e Gurupi e os outros 60% serão divididos entre os demais 137 municípios. Ataídes explicou que sua posição é por conta das eleições estaduais de 2018.

Na Câmara, a ata já foi assinada por seis deputados, o mínimo exigido. Só Carlos Gaguim (Podemos) e Irajá Abreu (PSD) não assinaram. Contudo, no Senado são necessárias as assinaturas de dois dos três senadores. Conforme prefeitos disseram ao blog, Kátia Abreu não quer assinar o documento e Ataídes impõe esta condição.No caso dos 40% de Araguaína e Gurupi, os recursos serão operacionalizado pelo Ministério da Integração Nacional. A ideia era que o restante fosse executado pelo governo do Tocantins. Como 2018 é ano eleitoral, Ataídes não concorda com isso e acha até que, por ser ano de pleito, a aplicação dos recursos poderia ficar prejudicada.

Prefeitos disseram ao blog que os recursos iriam para o governo do Estado e de lá para os municípios porque não haveria como um ministério fazer esse rateio entre mais de uma centena de cidades. Além disso, dizem que foram os prefeitos que preferiram na reunião da bancada dessa quarta que o Estado operacionalizasse os recursos e lembraram que a coordenação será da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM).

– Matéria atualizada às 17h46

Fonte: Portal CT

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Dodge aponta Geddel como ‘líder de organização criminosa’ e diz que há provas para investigar Lúcio Vieira Lima

Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a manutenção da prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e afirmou que ele parece ter assumido a posição de um “líder de organização criminosa”.

Em outro parecer, a PGR pediu a abertura de inquérito para apurar a participação do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel, em crimes relacionados ao ex-ministro e disse que “mais do que indícios, há prova” da participação de Lúcio (leia mais ao final desta reportagem). O inquérito foi autorizado pelo ministro Edson Fachin, do STF.

A manifestação de Raquel Dodge foi enviada após a defesa de Geddel pedir a liberdade provisória do ex-ministro. Ele foi preso no dia 8 de setembro, três dias após a Polícia Federal (PF) apreender mais de R$ 51 milhões em um imóvel que teria sido emprestado por um amigo ao peemedebista.

Após a prisão, a PF encontrou as digitais de Geddel no apartamento e nas malas e caixas onde o dinheiro estava guardado.

À época da prisão relacionada aos mais de R$ 51 milhões, Geddel estava em prisão domiciliar, devido às suspeitas de que estava atuando para obstruir as investigações da Operação Cui Bono, que apura fraudes na Caixa Econômica Federal. O ex-ministro foi vice-presidente do banco público.

Ao defender a manutenção da prisão preventiva (quando não há prazo para a soltura), a procuradora-geral da República afirmou que Geddel “prosseguiu na prática criminosa” ao manter o dinheiro não declarado em um apartamento.

“Sua conduta criminosa violou, a um só tempo, as condições que lhe foram impostas para a concessão da prisão domiciliar e a confiança que o Poder Judiciário lhe depositou”, afirmou Raquel Dodge.

“Portanto, em um primeiro momento, Geddel Quadros Vieira Lima violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei penal ao embaraçar investigação de crimes praticados de organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro [crime], reiterou a prática criminosa (reiteração delitiva) ao ocultar mais de cinquenta milhões de reais de origem criminosa”, justificou a PGR.

Para Raquel Dodge, Geddel se aproveitou da prisão domiciliar para continuar no cometimento de crimes. “Fez muito em pouco tempo”, disse a procuradora.

Ao contestar os argumentos apresentados pela defesa de Geddel para a concessão de liberdade provisória, a PGR disse que “não há registro histórico no Brasil” de apreensão maior do que a dos mais de R$ 51 milhões.

Segundo ela, ao que tudo indica, a quantia é oriunda do desvio de dinheiro público e foi ocultada “ilicitamente”.

“Trata-se de valor monumental que explicita a gravidade concreta do crime, em detrimento de bens juridicamente protegidos pelo direito penal: o patrimônio público, a honestidade no trato da coisa pública, a fé publica, a publicidade dos atos administrativos, a higidez do sistema de controle e fiscalização do dinheiro público, a regularidade na administração da justiça e, também, a credibilidade do sistema de justiça”, defendeu.

‘Organização criminosa’

A procuradora-geral também citou a investigação da existência de uma organização criminosa no alto escalão da República e que, segundo ela, seria integrada, entre outros, por Geddel e pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também está preso em Brasília.

“A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou R$ 52 milhões em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado. Este dinheiro seria apenas uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido”, afirmou.

Para Raquel Dodge, a liberdade provisória ou a prisão domiciliar pretendidas por Geddel são “absolutamente incompatíveis” com os critérios para a eficiência da persecução penal.

“Mesmo em crimes de colarinho branco, são cabíveis medidas cautelares penais com a finalidade de acautelar o meio social, notadamente porque a posição assumida por Geddel Quadros Vieira Lima parece ter sido a de líder de organização criminosa”, complementou a PGR.

Fonte: G1

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Relatório da PF indica 46 ligações por Whatsapp entre Aécio e Gilmar entre fevereiro e maio

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e um número registrado como sendo do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), fizeram 46 ligações via Whatsapp entre fevereiro e maio de 2017, segundo relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo e tornado público no sistema da Corte no último dia 11. A maior parte dos contatos ocorreu entre março e maio, período em que o tucano já estava sendo investigado na Suprema Corte sob suspeita de receber propina da JBS.

O laudo traz informações sobre ligações e documentos encontrados em cinco dispositivos eletrônicos que estavam em posse de Aécio Neves e foram apreendidos na operação Patmos da PF, no dia 18 de maio. São três celulares, um tablet e um computador.

A informação sobre o parecer da PF foi dada primeiramente pelo site Buzzfeed e depois confirmada pelo UOL.

Afastado do Senado por decisão da Primeira Turma do STF desde setembro, Aécio Neves retornou à Casa na última quarta-feira (18), um dia após a maioria dos senadores revogar a decisão da Corte. A decisão foi possível graças a um entendimento do próprio STF do último dia 11, de que medidas cautelares aplicadas a parlamentares pelo Supremo deveriam ser autorizadas pelas Casas Legislativas. A votação no STF terminou com 6 votos a 5, com Gilmar Mendes entre os vencedores.

“Contatos frequentes”

No relatório, a PF destaca que Gilmar Mendes é relator de quatro dos sete inquéritos que investigam o tucano no STF.

“No material analisado, embora sem conteúdo probatório correlacionado aos fatos sob investigação (Operação Patmos), destacam-se os registros verificados nos aparelhos celulares utilizados pelo Senador Aécio Neves, nos quais se evidencia os seus contatos frequentes com o Ministro do STF, Gilmar Mendes, relator de quatro inquéritos em que ele aparece como investigado”, diz conclusão do relatório da PF.

Das 46 ligações, 38 foram registradas em um aparelho de Aécio e outras oito em um segundo modelo periciado. O terceiro celular apreendido não contém registros de ligações entre o senador e o ministro do STF.

As ligações e tentativas de ligações feitas via WhatsApp, no entanto, não foram interceptadas pela PF. Sem contar com a gravação na memória interna do celular de Aécio, não foi possível saber o conteúdo das conversas.

Fonte UOL

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Secretária de Temer diz que mudança no combate ao trabalho escravo é ‘retrocesso inaceitável’

A Secretária Nacional de Cidadania, Flávia Piovesan, disse à BBC Brasil que as mudanças que acabam de ser adotadas pelo governo de Michel Temer no combate ao trabalho escravo são um “retrocesso inaceitável”.

Ela, que é também presidente da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), afirmou que o órgão não foi consultado sobre a alteração – e que está “perplexa”. “Digo que é inaceitável e que temos que lutar pela revogação dessa portaria em caráter de urgência, porque realmente os danos são acentuados, as violações de direitos são gravíssimas”, criticou.

Piovesan ressaltou, ainda, que a portaria é ilegal, pois contraria a Constituição e o Código Penal Brasileiro. Ela afirmou corroborar a orientação do secretário de Inspeção do Trabalho do ministério, João Paulo Ferreira Machado, para que os auditores não sigam as novas regras.

Em choque com o que prevê o Código Penal, a portaria publicada nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho restringe a definição de escravidão, o que na prática dificulta a libertação de trabalhadores explorados.

Enquanto a legislação penal prevê que qualquer uma dessas quatro situações configuram situação análoga à escravidão – trabalho forçado, servidão por dívida, condições degradantes ou jornada exaustiva -, a portaria exige a presença das duas primeiras para que os auditores possam enquadrar as empresas como exploradores de trabalho escravo.

A portaria estabelece também que as fiscalizações do Ministério do Trabalho agora terão que ser obrigatoriamente acompanhadas pela polícia. Além disso, determina que uma empresa só poderá entrar para a lista suja do trabalho escravo por determinação do ministro do Trabalho, atualmente Ronaldo Nogueira, tirando essa decisão das mãos dos técnicos da pasta.

As mudanças são uma solicitação antiga da bancada ruralista – e ocorrem na semana em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara analisa a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer no âmbito da operação Lava Jato.

Em nota, o Ministério do Trabalho afirmou que a portaria “aprimora e dá segurança jurídica à atuação do Estado Brasileiro” no combate ao trabalho escravo. “A partir de agora, uma investigação criminal será aberta de forma simultânea à emissão do auto de infração; a Polícia Federal estará inserida nas ações; e as multas terão aumentos que, em alguns casos, chegarão a 500%”, disse ainda o posicionamento.

Parte do governo Temer desde o impeachment de Dilma Rousseff, Piovesan sairá em duas semanas para assumir uma vaga na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

“A única coisa que posso dizer, nesse ritual de saída de governo, é que eu fiz o meu melhor. Realmente, eu não contive energia. Da minha parte, me posicionei com integridade”, disse.

BBC Brasil – Qual sua avaliação sobre as recentes mudanças do governo no combate ao trabalho escravo?

Flávia Piovesan – Fiquei perplexa e surpresa com a publicação da portaria. Na condição de secretária nacional da Cidadania e sobretudo na condição de presidente da Conatrae (Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo), queria expressar minha profunda preocupação com essa portaria porque ela simboliza retrocessos inaceitáveis na luta pela prevenção, erradicação e fiscalização do trabalho escravo. Lamentavelmente, fomos todos aqui da Conatrae e da secretaria surpreendidos.

Sobre a minha avaliação, em primeiro lugar, a portaria viola frontalmente a Constituição, viola a legislação nacional, o artigo 149 do Código Penal, e os tratados de direitos humanos ratificados pelo Brasil, sobretudo os tratados da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Pela legislação penal brasileira, o trabalho escravo avilta a dignidade humana. E aí que é importante ter inclusive alusão à jornada exaustiva e condições degradantes. São componentes que a nossa legislação prevê, e a portaria vai na contramão e reduz drasticamente o alcance conceitual de trabalho escravo. Ou seja, o trabalho forçado só vai ser caracterizado se houver cerceamento da liberdade.

Não bastando isso, uma segunda preocupação é esvaziar a autonomia dos auditores fiscais, que têm agora que atuar acompanhado da polícia.

BBC Brasil – A portaria inviabiliza o combate ao trabalho escravo?

Piovesan – Inviabiliza. E até nesse ponto queria aplaudir e dizer que corroboro a manifestação do secretário de Inspeção do Trabalho do ministério (João Paulo Ferreira Machado), que tal como nós expressou a sua perplexidade. Ele pleiteia a revogação e, ao final, orienta os auditores o manter as práticas, afastando a incidência da portaria.

Queria também lembrar que o Brasil foi condenado (pela Corte Interamericana de Direitos Humanos) no caso da fazenda Brasil Verde. Foi o primeiro caso em que houve condenação por afronta ao direito de não ser submetido à escravidão. E, na decisão, a corte expressa a proibição absoluta e universal da escravidão.

Se há direitos humanos relativos, há dois que não são: o direito a não ser submetido à escravidão e à tortura. Nada pode flexibilizar. É absoluto, é irrevogável.

Fonte: BBC