O Partido Comunista do Brasil (PC do B) emitiu uma nota oficial no início da tarde desta terça-feira, 7, explicando os motivos pelos quais deixou a chapa majoritária encabeçada por Carlos Amastha e, entre as justificativas, afirma que a união entre o PSB, de Carlos Amastha, com o PSDB de Ataídes e MDB de Marcelo Miranda se tornou “uma grande engenharia eleitoral de manutenção no poder da família Miranda e de importantes setores conservadores no Tocantins”.
“O PCdoB não será combustível desta máquina, nem força tática do projeto dos Mirandas”, continua a nota, ao explicar ser necessário “superar a hegemonia e a alternância de poderes entre os dois grupos tradicionais do Tocantins, do Siqueirismo e da família Miranda”.
Alianças
No documento, o partido reconhece que os resultados da Eleição Suplementar, na qual Amastha ficou em terceiro, demonstrou a necessidade da construção de uma “frente ampla”, unificando a oposição para uma maior amplitude do grupo.
“O PCdoB trabalhou para aglutinar em torno de Carlos Enrique Franco Amastha diversas forças progressistas como o REDE Sustentabilidade de Marlón Reis, o PT de Paulo Mourão e partidos como o PDT e PSD, visando à viabilidade eleitoral e programática nas eleições de outubro e a governabilidade do projeto de transformação para o Tocantins”, salientou, mas reconhece que não foi o que aconteceu.
“Erro tático”
“Os movimentos políticos realizados pela articulação central do ex-prefeito optaram por excluir a aliança com o campo progressista e hegemonizar a aliança com a base do governo de Michel Temer, o MDB de Marcelo Miranda e de Dulce Miranda, o PR de Vicente Alves, o PSDB de Ataídes Oliveira, Olintho Neto e Luana Ribeiro (estes últimos base da reeleição do governo de Mauro Carlesse)”, continua a nota, ao classificar como “erro tático (sic)” a aliança com o MDB. Em relação à aliança com PR, de Vicentinho, e PSDB, o partido afirma concordar.
“Diante das alianças firmadas e o rompimento do acordo da chapa proporcional, que inviabilizaria a eleição de “um único deputado estadual” da sigla, resultou na saída do PC do B do chapão de Amastha. A ruptura do acordo por parte da articulação central de Carlos Amastha, a falta de franqueza e de diálogo, o pragmatismo vazio das “planilhas dos currais eleitorais”, obrigou o PCdoB a retirar-se da aliança, identificando na Candidatura de Marlón Reis (REDE) maior amplitude, viabilidade eleitoral e robustez programática para a implantação de um novo projeto de desenvolvimento para o Estado do Tocantis e a transformação que o povo tocantinense tanto espera”, pondera.
Executivo Municipal
A carta, assinada pelo presidente regional do partido, o candidato a deputado estadual Nésio Fernandes, e pela vice-presidente regional e suplente de Paulo Mourão (PT) ao cargo de senadora, Germana Pires, traz também o histórico de trabalho do partido com Carlos Amastha durante os dois mandatos do colombiano à frente do executivo municipal de Palmas.
“Construímos uma base social sólida de apoio as grandes decisões da gestão. Com o PCdoB e demais aliados, Amastha conquistou a estatura dos grandes gestores das capitais brasileiras. Caracterizados pela lealdade ao novo projeto de desenvolvimento para o Estado, capitaneado pelo ex-prefeito, trabalhamos pela unidade das forças políticas progressistas, populares e democráticas e dos setores produtivos locais em torno de um projeto de desenvolvimento capaz de tirar o Tocantins da crise”, afirmou.
Orientação
A carta finaliza evocando o conjunto da militância, amigos e simpatizantes a votar nos candidatos da chapa: Haddad para presidente da República; Márlon Reis para governador do Tocantins; Paulo Mourão ou Irajá Abreu para o Senado Federal; e os demais candidatos a deputado federal e estadual do PCdoB.