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Polícia busca ajuda em aplicativo para combater criminalidade

A Polícia Militar busca através de mensagens de aplicativos, desenvolver uma rede comunitária para ajudar no combate à criminalidade, em Araguaína, no norte do Tocantins. Dez bairros devem ser atendidos no início do projeto. Os moradores reclamam da insegurança e a cidade é recordista em roubos de veículos do estado. Segundo um levantamento feito pela PM, nos últimos três meses, 65% dos casos foram na cidade. Algumas vítimas foram roubadas mais de uma vez.

“A polícia vai continuar fazendo o patrulhamento, vai continuar nas ruas com as viaturas e essa rede comunitária é apenas um implemento, utilizando novas tecnologias contra a criminalidade”, afirma o capitão da PM, Tiago Nascimento.

Quando o assunto é furtos e roubos a casas e comércio, os números também impressionam. Não é difícil encontrar vítimas que foram alvo mais de uma vez. Segundo a Secretaria de Segurança Pública até julho mais de 400 furtos ou roubos foram registrados em Araguaína. No setor Vitória, por exemplo, mais de trinta casas já foram assaltadas.

No início do projeto vão ser escolhidos dez bairros estratégicos para a criação dos grupos em um aplicativo de mensagens. A proposta é que os integrantes ajudem com denúncias ou informações sobre pessoas suspeitas.

Para que todos ajam da mesma forma, os participantes vão ser capacitados pela própria PM. “Para que saibam exatamente qual a utilidade do grupo, para tentar melhorar a sensação de segurança da nossa comunidade”, diz o capitão.

Durante o lançamento da rede, a PM informou que as nove bases comunitárias não vão ser reativadas em Araguaína porque o efetivo de policiais atual não daria conta de atender mais essa demanda.

“A reativação da base demandaria um efetivo muito grande. Com a evolução do conceito de polícia comunitária, aquele tipo de policiamento não é mais feito. A filosófica mudou e a gente teve que evoluir junto com essa filosofia”, diz o subcomandante Márcio Carvalho.

O comerciante Ézio Antônio, participou da apresentação. Ele acredita que em mais de 20 anos de comércio, a insegurança nunca esteve tão crítica como agora. “De dez anos para cá tenho que pagar um segurança para cuidar da minha loja.”

Por isso, acha que a criação de grupos pode ajudar a reduzir esses números. Nas ruas da cidade, a criação da rede comunitária de segurança divide opiniões. “Tudo que vem para melhorar a segurança da cidade é interessante”, diz o autônomo Fabiano Nivaldo.

“Eu sou contra. A gente parte do princípio que tem que haver investimento em segurança o que a gente não está vendo. Concurso para a PM se anuncia todo o mês de agosto e cadê? Para o ano tem eleição, vamos ver se sai”, opina o militar aposentado Plínio Medeiros.

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