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Polícia da Nicarágua contradiz versão de reitor e diz que brasileira foi morta por segurança privado

A polícia da Nicarágua negou nesta terça-feira (24) que um grupo de paramilitares tenha assassinado a estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima, de 31 anos. “Um vigilante de segurança privada, em circunstâncias ainda não determinadas, realizou disparos com arma de fogo, um dos quais a impactou e causou ferimentos”, informou a Polícia Nacional à agência EFE. Não foi identificado o autor dos tiros.

A polícia da Nicarágua informou à mesma agência que o “guarda de vigilância privada está sendo investigado para o esclarecimento do fato”.

A afirmação sobre os paramilitares foi feita pelo reitor da Universidade Americana (UAM), Ernesto Medina. Horas antes, Medina tinha dito a um canal de televisão local que “paramilitares que estavam na casa de Chico [Francisco] López [tesoureiro do partido governante] foram os que dispararam” contra a brasileira, que estudava medicina na UAM.

Os paramilitares na Nicarágua atuam em conjunto com a polícia em ataques à população civil, segundo diversas denúncias acompanhadas de vídeos.

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O assassinato da brasileira ocorre em meio a uma crise sociopolítica com manifestações contra o presidente Daniel Ortega. A repressão governamental aos protestos já deixou entre 277 e 351 mortos, de acordo com organizações humanitárias locais e internacionais.

Raynéia cursava o último ano de medicina e foi baleada quando dirigia para sua casa no sudoeste de Manágua por volta de meia-noite, segundo Medina. O crime aconteceu no complexo residencial Lomas de Monserrat, onde, segundo ele, paramilitares teriam atirado contra seu carro.

A estudante foi levada pelo namorado para o hospital, mas os ferimentos foram fatais. Segundo Medina contou ao canal de TV local 12, ela morreu nas primeiras horas da manhã. Uma bala perfurou o fígado e a jovem morreu enquanto era atendida no Hospital Militar em Manágua.

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