A Polícia Militar do Rio de Janeiro realiza uma ação ostensiva para identificar, localizar e prender os envolvidos no assassinato do comandante do 3º BPM (Méier), tenente-coronel Luiz Gustavo de Lima Teixeira, 48. Após a morte do oficial, na tarde desta quinta-feira (26), foram mobilizados cinco batalhões e 300 PMs em operações na região do Méier e favelas do Complexo do Lins, na zona norte da capital fluminense.
A autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, via importante de conexão entre as zonas norte e oeste da cidade, foi fechada devido ao risco de tiroteios. Por conta da operação, pais de alunos decidiram buscar seus filhos mais cedo em escolas e creches da prefeitura situadas na região, segundo informou a Secretaria Municipal de Educação.
As UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) locais, com bases no Lins e nas comunidades Camarista-Méier e São João, também participam da ação. Além disso, homens do BPGE (Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos) e do BPVE (Batalhão de Policiamento em Vias Expressas) atuam em pontos de intervenção nos acessos da linha Amarela.
Teixeira morreu na tarde de hoje após ter sido vítima de um ataque a tiros, na rua Hermengarda, no Méier, na zona norte carioca. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o crime, que, segundo informações preliminares, pode ter ocorrido durante uma tentativa de arrastão na via. A hipótese de homicídio planejado também é considerada.
O secretário de Estado de Segurança Pública do RJ, Roberto Sá, afirmou que o assassinato é um “atentado à democracia”. “O policial representa o Estado e está ali por vocação em defesa da sociedade. Não vamos descansar até colocar as mãos nesses criminosos.”
O oficial é o 111º policial morto no Estado somente neste ano. “Não podemos aceitar a morte de policiais como algo normal”, afirmou o comandante-geral da corporação, coronel Wolney Dias.
O veículo no qual Teixeira estava, descaracterizado e conduzido por um outro PM, foi atingido por ao menos 17 tiros. O motorista também foi baleado e sobreviveu.
Um vídeo gravado após o crime mostra policiais socorrendo o comandante. As imagens mostram colegas puxando o corpo do oficial e o colocando dentro de um carro da PM. Em seguida, Teixeira chegou a ser levado para o centro cirúrgico do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos.
O comandante estava na corporação há 26 anos e era pai de dois filhos. Ele esteve à frente do batalhão por um ano e seis meses.
Entre 2011 e 2014, o oficial trabalhou na Secretaria de Estado de Segurança Pública. A pasta informou que ele foi “fundamental na construção, criação de normas e gestão do CICC”, em referência ao Centro Integrado de Comando e Controle, situado na região central da capital fluminense.
Fonte: UOL