Por causas das condições precárias da TO-335, que liga Colinas a Palmeirante, os motoristas precisam desviar de buracos durante quilômetros. Para evitar acidentes, os trechos são percorridos de forma lenta e as viagens ficam mais demoradas.
O destino dos caminhões é o terminal de transporte de grãos na TO-335, próximo a Colinas do Tocantins. Nesse trecho o fluxo de veículos é intenso e aumenta ainda mais no período de safra. Do local, eles voltam pela mesma estrada.
“Era para andar numa velocidade de 80 km/h, mas com os buracos são 30 km/h. Aí atrasa muito”, diz o caminhoneiro Denilson Husk.
De Colinas do Tocantins à Palmeirante, na região norte do estado, são apenas 90 km. Mas a viagem que deveria ser feita em menos de 1h acaba ficando demorada e cheia de perigos. Nos 20 km que seguem, a pista está em péssimas condições. Os carros pequenos cabem dentro dos buracos. A estrada exige atenção.
O motorista José Wesley de Freitas dirige a van que transporta passageiros de Palmeirante para Colinas do Tocantins. Ele não tira o olho da estrada e tenta desviar dos buracos. “Ontem mesmo tive que trocar um pneu. Tem que sair antecipado porque senão não chega na hora”, afirma.
A 7 km do povoado São Bento está o pior trecho da rodovia. É uma passagem sobre o córrego Cunhã. No período de chuva passado, a água subiu tanto que a galeria não suportou e acabou estourando. A pista foi interditada e como não tem nenhuma sinalização, dois carros acabaram caindo dentro do córrego.
Na época uma ponte de madeira era o único acesso. A pista ficou mais de 30 dias cortada. Caminhoneiros não conseguiam passar pelo local.
Não foi só a TO-335 que teve problemas no período de chuvas. O caso mais antigo é da TO-080 entre Divinópolis e Marianópolis. Em março, uma caminhonete caiu na cratera e ficou debaixo d’água. Entre Axixá e Sítio Novo, na TO-201, parte da pista foi levada pelas águas. As três rodovias continuam sem recuperação.
Sobre o trecho da TO-335, entre Colinas do Tocantins e Palmeirante, a Agência Tocantinense de Transportes e Obras informou que o projeto para a obra de reparo está sendo concluído e só depois deve ser licitado.