A decisão do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Tocantins foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária da categoria realizada na segunda-feira, 7.
Fonte Dermival Pereira
O Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Tocantins (Sindessto) comunicou nesta segunda-feira, 7, a suspensão do atendimento aos usuários do PlanSaúde em todos os estabelecidos associados ao Sindicato, a partir do dia 22 deste mês. O motivo é uma dívida não paga pelo Governo do Tocantins, no valor de R$ 95 milhões.
A Presidente do Sindessto, Maria Lúcia Machado de Castro relatou que em virtude da dívida, “os hospitais não tem mais condições de manter o atendimento, não há mais dinheiro para pagar fornecedores e colaboradores, pois já são 14 meses sem receber, o atendimento será suspenso e ninguém mais vai atender, só se o Governo pagar o que deve aos hospitais”, disse.
Conforme a Presidente, além da dívida, o Governo publicou uma tabela que “não consta o pagamento de honorários e nem os valores dos medicamentos, além de várias exigências que os hospitais não tem condições de cumprir”, afirmou, ressaltando que, “na minha avaliação, eles querem mesmo acabar com o PlanSaúde, o que acho melhor, pois do jeito que está, os hospitais não terão condições de atender”.
Impasse
O impasse entre o Governo do Estado e os prestadores de serviços aos usuários do PlanSaúde já rendeu diversas críticas e acusações a gestão estadual, inclusive, acusações de uma suposta cobrança de propina por auxiliares próximos ao Governador Mauro Carlesse (DEM), para que os pagamentos fossem efetuados. O Governo nega todas as irregularidades.
No mês passado, o Hospital Oswaldo Cruz informou que em virtude da dívida não paga pelo Governo, a empresa não teve condições de pagar seus colaboradores. Conforme apurou a reportagem, os funcionários do hospital continuam sem receber.
Providências
O Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais (SISEPE-TO), acionou o Ministério Público Estadual (MPTO), o Tribunal de Contas Estadual (TCE), a Controladoria-Geral do Estado (CGE), além do próprio Governo e a Assembleia Legislativa para que as denúncias de corrupção envolvendo o PlanSaúde fossem apuradas.
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