O Tocantins tem seis mil pacientes na fila de espera por cirurgias eletivas na rede pública de saúde. Os procedimentos, considerados não emergenciais, ficaram parados durante muito tempo porque os hospitais estão sobrecarregados com casos de urgência. Quem aguarda que um parente seja operado sofre com a demora.
“Já é a quinta vez que ela entra na sala de cirurgia e volta porque não tem a vaga. Será que ela não é emergência por ter 70 anos de idade?” questiona a cabeleireira Mércia Maria Barbosa, que está com a mãe internada no Hospital Geral de Palmas. “Eu tô sentido que ela não vai suportar muito tempo”, completa.
O marido de Maria José Rodrigues está no mesmo hospital aguardando uma cirurgia na cabeça para remover três tumores. “Estou preocupada com ele. Só adiando, adiando e ele só debilitando cada vez mais. Magro, amarelo”, lamenta.
O Governo do Tocantins publicou uma nova lei que autoriza a realização dos procedimentos. A medida, segundo a Secretaria de Saúde, vai agilizar processos que estão parados. “Com esta quantidade de pessoas aguardando cirurgias a gente precisou iniciar uma série de ações para organizar a rotina dos hospitais para fazer estes atendimentos”, afirma o Secretário de Saúde, Renato Jayme.
Também estaria sendo realizado um mutirão de cirurgias em fins de semana.