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U2: no 1º de 4 shows em SP, baterista usa camisa com ‘censura nunca mais’ e Bono cita Cazuza e Renato Russo

O U2 fez na noite desta quinta-feira (19), no Estádio do Morumbi, o primeiro de quatro shows em SP da turnê de 30 anos do disco “The Joshua Tree”. A banda de Bono lucra com a nostalgia, mas ao mesmo tempo mostra como o que criou no disco continua atual.

Em resumo, o roteiro do U2 é: um bloco de músicas mais antigas, “The Joshua Tree” na íntegra e um bloco de músicas mais novas. Houve dois fatos fora do script marcantes para o Brasil: Bono citou os “heróis” Renato Russo e Cazuza ao tocar um trecho de “Heroes”, de David Bowie, e o baterista Larry Mullen Jr. usou uma camisa com a estampa “censura nunca mais.

O som do U2 envelheceu pouco, já que o que sobrou do rock hoje tem uma influência enorme da banda – vide Coldplay, The Killers ou Imagine Dragons. Toda turnê megalomaníaca com músicas para cantar como se fossem hinos de igreja deve um pouquinho ao U2 e tem em sua raiz “The Joshua Tree”.

A banda vai tocar ainda no sábado (21), no domingo (22) e na quarta-feira (25). Esta é a quarta turnê do U2 no Brasil (após 1998, 2006 e 2011.

A abertura foi de Noel Gallagher’s High Flying Byrds. Enquanto Bono homenageou Cazuza e Renato Russo, Noel dedicou música a Gabriel Jesus.

“The Joshua Tree” tem músicas que estariam em qualquer turnê de todo jeito, como “With or Without You”, “I Still Haven’t Found What I’m Looking For” e “Where the Streets Have No Name”. Mas tem outras menos óbvias, como “Red Hill Mining Town”, que nunca tinha sido tocada ao vivo antes dessa turnê.

No disco de 1987, Bono estava encantado com a literatura, as paisagens e o blues e gospel dos EUA. Ao mesmo tempo, estava horrorizado com a violência, a ganância e a era Reagan. A nova era Trump foi um dos motivos para relembrar o disco, segundo a banda.

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