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Uma BGS depois, games brasileiros vão de protótipos a produtos que lutam pelo mercado internacional

Foram cinco dias de canseira, muitas demonstrações e bugs surgindo aqui e acolá, mas que garantiram um ano inteiro de trabalho para os estúdios por trás dos games brasileiros “Guts” e “Skydome”.

A estreia na BGS 2016 aconteceu com versões rudimentares dos jogos, fruto de poucos meses de trabalho. As ideias, no entanto, foram bem recebidas pelo público, entraram para a lista de games mais bacanas da área indie e retornam na feira deste ano com investimentos e a vontade de não conquistar só o mercado brasileiro, mas o internacional também. Assista ao vídeo acima.

‘Guts’, uma lutinha diferente

Ao contrário de “Street Fighter” e “Mortal Kombat”, o game de luta “Guts” decide seus duelos em partes. Saem as barras de vida e a obrigação de esvaziar a do seu adversário. Em “Guts”, é preciso arrancar pernas e braços do oponente para garantir a vitória.

Em 2016, “Guts” estava muito cru. Mas a versão da BGS 2017 mudou muito. O jogo tem agora um elenco completo de lutadores e cenários interativos, além de um redesenho gráfico completo.

“Nesse um ano de desenvolvimento transformamos um game com potencial em um produto que os jogadores vão curtir. Melhoramos os gráficos, agora dá para jogar online também”, diz Paulo Santos, diretor do jogo no estúdio Flux, de São Paulo.

De acordo com Santos, “Guts” nasceu daquela vibe anos 1990 de jogar games de luta apertando todos os botões do controle ao mesmo tempo – e ainda assim soltando golpes poderosos e conseguindo se divertir.

“O desafio para criar um game para o consumidor final é que pra quem joga tanto faz se o jogo é brasileiro, americano ou japonês. Ele tem que ser bom”, afirma Santos.

  • Quando chega: 31 de outubro
  • Plataformas: Primeiro PC, depois PS4 e Xbox One

‘Skydome’, um crescimento exponencial

O estande de “Skydome” na BGS 2016 já era dos mais bonitos: box duplo, todo decorado, apresentando um game com pinta familiar de “League of Legends”. Mas na feira desse ano a área cresceu nove vezes. O “Skydome” de 2017 parece aquele fenômeno internacional que todos jogam (e você ainda não conhece), com estande de merchandising e transmissão feita com narradores.

“Do ‘Skydome’ do ano passado só mantivemos as regras, as mecânicas e o nome. O resto mudou tudo”, diz Mateus Zanetti, um dos desenvolvedores do game no estúdio Kinship, também de SP.

Formada por veteranos da indústria nacional de jogos, a Kinship levou para a BGS 2016 um protótipo de “Skydome” feito em apenas 4 meses. Zanetti diz que ele e seus colegas de trabalho buscavam validar os conceitos e ideias do game, um exemplar do gênero “tower defense”, em que você deve usar a estratégia para montar defesas e impedir o avanço de tropas inimigas, mas com heróis e elementos de MOBAs. Deu certo.

“Começamos com 4 pessoas em um espaço de ‘coworking’. Hoje somos 18 e mudamos para um escritório na Rua Oscar Freire [região nobre de SP]. Aumentamos nossa responsabilidade, nossos investimentos, e estamos mostrando que confiamos no game”, diz Zanetti.

“Não dá para lançar um jogo para competir só com os brasileiros. Vamos lançar o ‘Skydome’ para competir com o mundo”.

  • Quando chega: 2018
  • Plataformas: PC

Estreante de BGS, mas veterano internacional

Uma combinação alucinada da criação de itens de “Overcooked” com a defesa de base de “Lovers in a Dangerous Spacetime”, o paulistano “No Heroes Here” chegou aos PCs agora em outubro.

A estreia do jogo na BGS 2017, no entanto, não é nenhuma novidade para os paulistanos do estúdio Mad Mimic. Antes, a empresa apresentou seu game em feiras no Japão, Alemanha e Estados Unidos. Todas, felizmente, com elogios para o que foi apelidado de “coop da bagunça”.

  • Quando chegou: 3 de outubro
  • Plataformas: Primeiro PC, depois PS4 e Nintendo Switch
 Fonte: UOL

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