Nicolas Cardoso Leal, de 4 anos, morreu enquanto dormia. Ele sensibilizou os moradores da cidade durante uma campanha por um tratamento com células tronco.
O velório do pequeno Nicolas Cardoso Leal, 4 anos, que morreu na madrugada desta quarta-feira (23) em Araguaína, causou comoção na cidade. Nicolas lutava contra uma paralisia desenvolvida aos dois anos de idade e havia sensibilizado os moradores com uma campanha pedindo ajuda para financiar o tratamento. Ele chegou a viajar ao Paraguai para fazer um tratamento com células tronco, mas não resistiu.
O enterro de Nicolas deve ser realizado na manhã da quinta-feira (24), por volta de 8h30 no cemitério Jardim da Paineiras. Segundo informações de familiares, o menino dormiu por volta das 2h da madrugada e não acordou mais. De manhã, parentes perceberam que ele estava sem sinais vitais.
O menino se tornou conhecido dos moradores quando parentes e amigos lançaram uma campanha nas redes sociais para conseguir R$ 120 mil. O dinheiro era para arcar com o tratamento na Tailândia. Como o dinheiro arrecadado não foi suficiente, os parentes decidiram levar o menino para fazer um tratamento alternativo no Paraguai.
No dia 20 deste mês, a página no Facebook “Diário de Nicolas” chegou a publicar um vídeo mostrando os avanços do tratamento. “Bom dia amiguinhos, eu estou muito bem depois que eu fiz meu tratamento. Se Deus quiser, em dezembro eu vou voltar e eu estou aqui para vocês verem o quanto eu estou espertão”, diz a madrinha do menino, Renata Cardoso.
O caso
Nicolas Cardoso Leal tinha uma vida normal até os dois anos, quando teve uma forte febre acompanhada de convulsões. O menino entrou em coma e quando acordou não podia mais andar, falar e se movimentar.
Uma página no Facebook, Diário do Nicolas, foi criada para mostrar o dia a dia do menino. “Ele andava, corria para todo lado, mas teve encefalite viral com febre alta e convulsões, além da demora a ter acesso à UTI, que causou danos cerebrais graves”, disse a madrinha dele, Renata.
Nos últimos dois anos, o menino passou por quatro internações. “O que a gente busca é uma melhora para ele, na qualidade de vida. Ele não senta, só vive deitado e tudo nele se agrava. Quando ele estava na UTI agora, pela última vez, o médico disse que não tinha mais jeito e ele teria que viver na UTI, viver sedado. Eu falei que não aceitava e ia buscar outros métodos.”
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