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Pombos-correio perdidos param estrada nos EUA


Caixa com 100 aves caiu de um caminhão durante a noite, e animais, desorientados, ficaram parados na pista até se assustarem com luzes dos veículos e voarem, causando riscos aos motoristas. Autoridades da Flórida procuram dono dos pombos. Pombos-correios são vistos em saída da Interstate-95, na Flórida, após caírem de caminhão na noite de terça-feira (29)
Officer Alicia Dease/Volusia County Animal Control via AP
Uma saída da estrada Interestadual 95 na Flórida teve que ser fechada por três horas depois que 100 pombos-correio caíram de um caminhão e se recusaram a se mover, representando um risco para os motoristas, disseram as autoridades na quarta-feira (30).
Uma caixa com os pombos-correio caiu do caminhão na terça-feira perto de Daytona Beach. Como os pássaros passam a noite em seus poleiros, eles permaneceram parados na estrada até que as luzes fortes dos veículos os assustaram.
Eles então voaram e se tornaram um perigo, de acordo com um comunicado à imprensa dos funcionários do condado de Volusia.
“É o pior cenário: pombos-correio que não conseguem encontrar sua rota para casa”, disse o comunicado à imprensa.
Oficiais do gabinete do xerife, policiais estaduais e trabalhadores do serviço de proteção aos animais tentaram capturar os pombos, recuperando 73 aves. Elas não estavam anilhadas, então seu dono não foi imediatamente determinado, disseram as autoridades.
“Nosso trabalho é ajudar os animais a encontrar o caminho de casa, sejam eles cobertos de pelos, escamas ou, neste caso, penas”, disse a oficial de controle de animais do condado de Volusia, Alicia Dease.
“Esperamos que alguém possa ter informações sobre de onde essas aves vieram ou sobre o caminhão que as estava carregando”, acrescentou.
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Fonte: G1 Mundo

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Mineiros procurados pela Interpol são extraditados de Portugal e presos em Belo Horizonte


Os presos de 23 e 29 anos são da cidade de Governador Valadares, na Região dos Vales em Minas Gerais eles serão conduzidos ao Ceresp Gameleira, onde ficarão à disposição da Justiça. Dois mineiros procurados pela Interpol e foragidos da Justiça Mineira, foram extraditados de Portugal, nesta quinta-feira (1º), pela Polícia Federal.
Polícia Federal
Dois mineiros procurados pela Interpol e foragidos da Justiça Mineira, foram extraditados de Portugal, nesta quinta-feira (1º), pela Polícia Federal.
A prisão aconteceu no dia 12 de janeiro, pela polícia portuguesa, na cidade de Albufeira, na Região de Algarve, em Portugal.
Os presos, de 23 e 29 anos, são naturais de Governador Valadares, na Região dos Vales em Minas Gerais e tinham contra eles mandado de prisão em aberto – um deles condenado por tráfico de drogas, o outro por roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo contra agência dos correios.
Em nota, a Polícia Federal disse que eles foram presos em cumprimento a mandado de busca internacional da Interpol, difusão vermelha.
“As difusões vermelhas foram publicadas por solicitação da representação da Interpol em Minas Gerais e decretadas pela Comarca de Governador Valadares – a do primeiro pelo Juízo da Vara de Execuções Penais e publicada em novembro de 2020 e a do segundo pela 2ª Vara Criminal e difundida em março de 2020”, informou a nota.
Após passarem por exame de corpo de delito, os presos serão conduzidos ao Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) do bairro Gameleira, Região Oeste de BH, onde ficarão à disposição da Justiça.
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Fonte: G1 Mundo

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‘Dizem que somos a nova Venezuela’: brasileiros contam como sobrevivem à pior crise da história do Líbano


Trágica situação indigna a população, que volta a ocupar as ruas das principais cidades, em plena pandemia de Covid-19, para protestar contra um governo incapaz de encontrar saída para os problemas. Adolescentes vasculham no lixo em uma rua de Beirute. Metade da população libanesa está vivendo abaixo da linha da pobreza devido a uma crise econômica sem precedentes
AP Photo/Hussein Malla
Escassez de alimentos, medicamentos, combustíveis, energia elétrica, queda do poder aquisitivo, desvalorização da moeda nacional diante do dólar. O Líbano vive a pior crise econômica de sua história.
A trágica situação indigna a população, que volta a ocupar as ruas das principais cidades, em plena pandemia de Covid-19, para protestar contra um governo incapaz de encontrar saída para os problemas.
O estudante de jornalismo Jad El Hattouni não mede as palavras para descrever a situação no Líbano: “tem coisas graves e tem coisas gravíssimas acontecendo aqui”. O jovem líbano-brasileiro que vive na capital Beirute lembra que a crise começou no final de 2019, devido a impostos que o governo determinou sobre combustíveis, tabaco e a telefonia online.
Rapidamente, a insatisfação tomou o país e grandes protestos foram realizados ao longo de meses. A mobilização só foi pausada no início de 2020 devido à pandemia de Covid-19.
A explosão no porto de Beirute, em 4 de agosto de 2020, agravou a situação do país e a revolta dos libaneses com uma velha classe política marcada pela corrupção e pela inação. A crise econômica, política e social parecia ter atingido o ápice após a tragédia que deixou mais de 200 mortos.
Desde então, o presidente do Líbano, Michel Aoun, e o primeiro-ministro interino do Líbano, Hassan Diab, continuam penando para tentar compor um governo, enquanto o gabinete demissionário do premiê designado Saad Hariri segue responsável pelo país.
“Falta comida, remédios, gasolina e diesel, energia elétrica, dinheiro. Estamos divididos entre quem tem dólar e quem não tem. Quem tem dólar ainda consegue viver, mas é muito difícil pra quem não tem. As pessoas estão esperando que os turistas venham para o Líbano para trazer dinheiro e aliviar a crise. Mas como os turistas vão vir pra cá diante de todas essas dificuldades, se não tem nem transporte, nem gasolina para eles poderem passear?”, questiona Jad.
O que o estudante de jornalismo relata faz parte da vida cotidiana dos libaneses, que enfrentam a falta de produtos e alimentos básicos nos supermercados, prateleiras vazias nas farmácias, racionamento de combustíveis – com filas quilométricas nos postos para abastecer os veículos – além de cortes diários de energia elétrica.
No último sábado (26), quando a lira libanesa atingiu seu nível mais baixo em relação ao dólar, manifestantes invadiram as ruas da capital Beirute e de outras cidades para protestar. Novas manifestações ocorreram na quarta-feira (30) em Tripoli, no noroeste do país.
A dolarização forçada da economia do Líbano impulsiona a inflação. Atualmente US$ 1 está valendo 1.512 liras libanesas, mas, no mercado negro, pode chegar a custar 17 mil liras libanesas.
No ano passado, quando o país anunciou o primeiro calote do pagamento da dívida pública, o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma queda de 20% e a lira libanesa perdeu 85% de seu valor. O poder aquisitivo despencou, enquanto o preço de produtos básicos continua a aumentar de forma vertiginosa.
Com a crise, metade da população passou para baixo da linha da pobreza – uma situação inimaginável há alguns anos nesta que já foi uma das nações mais prósperas do Oriente Médio.
Os libaneses estão cientes que as perspectivas para o futuro não são otimistas. Segundo um relatório recente do Banco Mundial, a economia libanesa deve se reduzir cerca de 10% neste ano.
Colapso político do Líbano
Para Murilo Sebe Bon Meihy, professor de história contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em Oriente Médio, o colapso político é o responsável pela situação do país.
“Desde o fim da guerra civil no Líbano, nos anos 1990, esse sistema político não atende às demandas mínimas da sociedade civil. Ao contrário, estabelece um sistema de rodízio de oligarquias que utilizam o Estado para o enriquecimento próprio. Mesmo antes da crise, não havia fornecimento de energia elétrica estável ou oferta de água potável, ou seja, é um Estado que não consegue estabelecer minimamente as condições ideais para a maioria da população”, explica.
O professor enumera ainda fatores exteriores que contribuíram para a piora da situação no país, como o conflito israelo-palestino e a guerra na Síria, que resultaram na chegada de dois milhões de refugiados em um país de cerca de 6,9 milhões de habitantes.
“Os refugiados não têm um status de cidadania que permita a eles ter empregos formais. Nesse momento em que metade da população está vivendo abaixo da linha da pobreza e um quarto dos libaneses enfrenta uma situação de miséria, as coisas ficaram mais difíceis”, reitera.
Além de ineficaz, a classe política libanesa não se desvencilha da corrupção, deixando o povo refém de grupos que se perpetuam no poder há décadas. A complexidade da divisão de cargos políticos entre vários grupos religiosos também prejudica a articulação e a renovação dos governos.
Desde o fim da guerra civil, acordos estabeleceram que o presidente deve ser cristão maronita, o primeiro-ministro, muçulmano sunita, o presidente do parlamento, muçulmano xiita – um frágil equilíbrio traduzido na inação dos últimos governos.
“A ponta deste problema é o sistema eleitoral libanês. Esse modelo, que data da independência do Líbano, nos anos 1940, reproduz a presença dessas oligarquias no poder. A liberdade do cidadão de escolher livremente o seu candidato é limitada por um sistema de representação específico. Os libaneses votam em listas distritais relacionadas à sua comunidade religiosa. Ou seja, essa democracia vinculada ao elemento confessional, que era o antídoto do Líbano nos anos 1940, hoje é o seu veneno”, sublinha.
Libaneses em êxodo
“Dizem que somos a nova Venezuela”, diz a estudante líbano-brasileira Nessryn Khalaf, de 25 anos. A jovem foi aprovada para um mestrado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, e deixou o Líbano há alguns meses. No entanto, a vida fora do país também não tem sido fácil.
À RFI, a jovem relata que tem contado com a ajuda de tios que moram no Kuwait, já que o governo libanês tem bloqueado o dinheiro da população nos bancos para evitar a fuga de capital. Prevendo as dificuldades, antes de se mudar para Oxford, a jovem se preparou e juntou dinheiro trabalhando durante um ano em cinco empregos no Líbano.
“Mas quando eu ia transformar em libras, não dava quase nada. E agora está ainda pior porque o valor do dólar subiu muito nos últimos tempos. E isso está afetando todo mundo que eu conheço que está hoje no Líbano trabalhando. Meus amigos libaneses estão recebendo US$ 50 por mês, mas como é possível sobreviver com isso?”, pergunta.
De longe, Nessryn sofre com todas as dificuldades enfrentadas pela família e os amigos.
“Meu pai teve que vender o carro dele para pagar a faculdade do meu irmão. Minha mãe viajou recentemente ao Brasil porque minha vó ficou doente e, ao voltar de lá, trouxe o que pôde na mala: desodorante, sabonete, feijão, arroz… Eles não conseguem mais comprar nada disso no Líbano. Até remédios ela trouxe do Brasil porque tudo está em falta no Líbano”, conta.
Nessryn revela que se a situação do Líbano não melhorar, sua família está cogitando a possibilidade de se mudar definitivamente para o Brasil. O caso dela não é exceção.
A líbano-brasileira Suriana Kamil Izzeddine, professora de línguas formada em Relações Internacionais, diz que a demanda por aulas de idiomas estrangeiros aumentou nos últimos meses. Sem enxergar luz no fim do túnel no próprio país, muitos libaneses não veem outra saída a não ser deixar o país.
“O número de jovens que está indo embora é absurdo. É muito triste. A situação está insustentável. São médicos, engenheiros, arquitetos, gente de todas as áreas e uma quantidade enorme de pessoas que vêm me procurando para ter aulas de português, espanhol e italiano só pra sair daqui”, conta.
Deixar o Líbano é uma possibilidade que a professora e o noivo não descartam. A vó de Suriana, também líbano-brasileira, está de malas prontas para se mudar para o Brasil.
A jovem se revolta pelo fato de a parcela mais rica da população não estar sendo afetada pela crise. “As praias, restaurantes, boates estão lotados. Os ricos não estão sentindo a crise. As disparidades ficaram muito mais visíveis nos últimos tempos. A classe média, por exemplo, está praticamente desaparecendo. Ou temos gente muito rica ou muito pobre”, lamenta.
O que mais entristece Fatima Souza, profissional liberal líbano-brasileira é a falta de esperança da população.
“Com a crise financeira, os bancos bloqueando o dinheiro do povo, a desconfiança na classe política, a falta de acesso a alimentos, medicamentos básicos e combustíveis, e tudo isso somado à explosão no porto de Beirute, que jamais foi esclarecida ou teve responsáveis punidos, o Líbano está em queda livre. As pessoas estão reféns dessa situação e elas não veem uma saída. O país está em queda livre”, descreve.
No entanto, Fatima, que tem uma filha adolescente, está radicada no país e não vê outra possibilidade senão permanecer e continuar tentando buscar alternativas. Atualmente, ela tenta desenvolver projetos com o objetivo de gerar novos empregos no Líbano.
“É uma espécie de missão que eu me dei, para deixar como legado. Quero transformar esse momento negativo em uma espécie de mola propulsora para construir algo a partir dessa tragédia que estamos vivendo, algo rumo a um futuro melhor”, projeta.
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Fonte: G1 Mundo

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Suprema Corte dos EUA mantém controversas restrições ao voto


Maioria ratificou leis do Arizona que restringem o acesso ao voto, em uma derrota para o Partido Democrata de Joe Biden. Uma dessas leis considera crime que terceiros recolham e depositem as cédulas eleitorais dos votantes. Fachada da Suprema Corte dos EUA, em foto de 2018
Manuel Balce Ceneta/Arquivo/AP Photo
A Suprema Corte dos Estados Unidos ratificou nesta quinta-feira (1º) as polêmicas leis do Arizona que restringem a forma de votar, uma decisão que pode ter um impacto duradouro sobre os direitos de voto das minorias.
Tratam-se de duas leis eleitorais apoiadas pelos republicanos que são vistas como um desafio-chave para a histórica Lei de Direito ao Voto de 1965, que tinha como um de seus objetivos prevenir a discriminação contra eleitores negros.
Uma delas exige que os cidadãos que votam no dia das eleições o façam no distrito eleitoral em que residem, enquanto outra considera crime que terceiros recolham e depositem as cédulas eleitorais dos votantes.
O Comitê Nacional Democrata entrou com um recurso, argumentando que essas disposições foram promulgadas com intenção discriminatória e violaram a Seção 2 da Lei de Direito ao Voto.
Um tribunal federal de apelações decidiu no ano passado que as leis afetariam negativamente os afro-americanos, hispânicos e pessoas de origem indígena, que por razões socioeconômicas têm menos possibilidade de se deslocarem até os locais de votação.
Mas os defensores dessas leis estaduais argumentaram perante a Suprema Corte, onde os juízes conservadores têm uma maioria de 6-3, que as normas são necessárias para prevenir fraude eleitoral.
O que dizem os dois lados
O juiz conservador Samuel Alito disse na sentença que “o simples fato de haver alguma disparidade não significa necessariamente que um sistema não seja igualmente aberto ou que não dê a todos a mesma oportunidade de votar”.
Por sua vez, a juíza Elena Kagan escreveu em sua dissidência que a decisão “mina” a Lei de Direito ao Voto e suas premissas de democracia e igualdade racial.
Esta medida é a segunda investida contra a Lei do Direito ao Voto em menos de uma década. Em 2013, a Suprema Corte anulou parte do texto, que exigia que os estados com histórico de discriminação de eleitores pedissem autorização das autoridades federais antes de alterar qualquer norma sobre eleição.

Fonte: G1 Mundo

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Portugal impõe toque de recolher noturno em áreas para conter pico de Covid-19


Toque será das 23h às 5h, começa na sexta-feira, e irá vigorar em 45 municípios de todo o país. ‘Não estamos nas circunstâncias de alegar que a pandemia está sob controle’, diz ministra de Gabinete; novos casos estão sendo relatados principalmente entre jovens não vacinados. Mulher usando máscara é vista em rua de Lisboa, Portugal, em foto de 24 de junho
Reuters/Pedro Nunes
Um toque de recolher noturno será imposto em vários municípios de Portugal, incluindo a capital Lisboa e a cidade do Porto, e as autoridades estão correndo para controlar uma disparada de infecções de Covid-19, anunciou o governo nesta quinta-feira (1º).
O toque de recolher das 23h às 5h, que começa na sexta-feira, vigorará em 45 municípios de todo o país, que enfrentou sua batalha mais dura contra o coronavírus em janeiro.
Os casos de coronavírus saltaram para 2.449 nesta quinta-feira, o maior aumento desde meados de fevereiro – mas as mortes diárias continuam bem abaixo dos níveis de fevereiro.
“Não estamos nas circunstâncias de alegar que a pandemia está sob controle”, disse a ministra de gabinete Mariana Vieira da Silva em uma coletiva de imprensa. “Este é um momento para seguir as regras, evitar aglomerações, evitar festas e tentar conter os números.”
Vieira da Silva disse que os casos novos estão sendo relatados principalmente entre jovens não vacinados. As autoridades estão acelerando a campanha de vacinação para lidar com a disparada, e as pessoas de 18 a 29 anos receberão suas doses a partir da semana que vem.
As pessoas que moram na área metropolitana de Lisboa, onde a maioria dos casos novos se concentra, ainda precisam apresentar um exame de coronavírus negativo ou um certificado de vacinação para entrar ou sair da região no final de semana.
No total, Portugal, que já vacinou completamente cerca de 31% de sua população, registra 882.006 casos e 17.101 mortes desde o início da pandemia.

Fonte: G1 Mundo

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Prédio em construção desaba em Washington, nos EUA


Segundo bombeiros, uma pessoa ficou presa nos escombros e ‘várias outras’ se feriram. Bombeiros em local onde houve desabamento em obra em Washington DC, na quinta-feira (1º)
Reprodução/Twitter/DC Fire and EMS
Um edifício em construção em Washington, capital dos Estados Unidos, desabou nesta quinta-feira (1º). Veja o VÍDEO abaixo.
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De acordo com os bombeiros, uma pessoa ficou presa nos escombros e várias outras — as autoridades não especificaram quantas — feriram-se.
Local de desabamento em obra em Washington DC, na quinta-feira (1º)
Reprodução/Twitter/DC Fire and EMS
As operações de resgate estavam ainda em andamento até a última atualização desta reportagem. Não foi divulgado ainda o estado de saúde das pessoas que se feriram. Também não se sabe o que poderia ter provocado esse desabamento.
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Fonte: G1 Mundo

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O que se sabe sobre descobertas de túmulos de crianças indígenas que chocam o Canadá

Pela terceira vez desde maio, corpos foram encontrados em locais onde ficavam internatos criados pelo governo para assimilar jovens indígenas. Política, que teve o apoio da Igreja Católica, foi considerada genocídio cultural. Mais sepulturas indígenas foram encontradas no terreno de uma antiga escola no Canadá, desta vez com os restos mortais de 182 pessoas. É a terceira vez desde maio que locais assim são identificados.
As descobertas lançaram luz sobre uma política de assimilação cultural praticada por décadas pelo governo canadense, em colaboração com a Igreja Católica, que culminou na morte de milhares de crianças e foi considerada genocídio por uma comissão do país.
“Você nunca pode se preparar totalmente para algo assim”, disse o chefe Jason Louie da tribo Lower Kootenay, que integra a Nação Ktunaxa.
Líderes indígenas disseram que esperam que mais sepulturas sejam encontradas à medida que as investigações avancem.
O achado mais recente ocorreu na véspera do Dia do Canadá, o feriado de fundação do país, quando três colônias britânicas se uniram, em 1867.
Muitos povos indígenas no Canadá nunca reconheceram a data, sentimento que cresceu nas últimas semanas, à medida que mais e mais túmulos foram encontrados.
Municípios em todo o país cancelaram as celebrações, e estátuas foram vandalizadas ou removidas.
Como os corpos foram encontrados?
A comunidade de ʔaq’am, uma das quatro tribos da Nação Ktunaxa, usou aparelhos que emitem ondas eletromagnéticas para descobrir os túmulos perto da antiga Escola Missionária de St. Eugene
A nação indígena disse que é cedo para dizer se os restos mortais pertencem a ex-alunos. Alguns restos mortais foram encontrados em covas rasas, disse a Lower Kootenay em um comunicado.
A St. Eugene’s foi operada pela Igreja Católica de 1912 até o início dos anos 1970. Até cem membros da Lower Kootenay foram forçados a estudar lá, disse a tribo.
Mas os restos mortais foram encontrados no cemitério de ʔaq̓am, que data de 1865. Os cemitérios costumavam ser marcados com cruzes de madeira que se desintegraram ou foram removidas ao longo dos anos.
“Esses fatores, entre outros, tornam extremamente difícil estabelecer se essas sepulturas não marcadas contêm ou não os restos mortais de crianças que frequentaram a escola”, disse a comunidade.
O que são essas escolas
A St. Eugene’s foi um dos mais de 130 internatos financiados pelo governo canadense e administrados por autoridades religiosas durante os séculos 19 e 20 com o objetivo de assimilar os jovens indígenas. A Igreja Católica foi responsável por até 70% deles.
Quando a matrícula nestas instituições se tornou obrigatória na década de 1920, os pais enfrentaram a ameaça de prisão se não cumprissem a ordem.
Entre 1863 e 1998, mais de 150 mil crianças indígenas foram tiradas de suas famílias e colocadas nessas escolas. Elas muitas vezes não tinham permissão para falar sua língua ou praticar sua cultura.
Estima-se que 6 mil morreram enquanto frequentavam essas escolas — até agora, mais de 4,1 mil crianças foram identificadas —, em grande parte devido às péssimas condições de salubridade .
Os alunos muitas vezes eram alojados em instalações mal construídas, mal aquecidas e pouco higiênicas. Em 1945, a taxa de mortalidade de crianças nos internatos era quase cinco vezes maior do que a de outras crianças canadenses. Na década de 1960, a taxa ainda era o dobro.
Abusos físicos e sexuais cometidos por autoridades escolares levaram outras pessoas a fugir. “Eles nos fizeram acreditar que não tínhamos alma”, disse a ex-estudante em uma entrevista coletiva. “Eles estavam nos rebaixando como pessoas, então, aprendemos a não gostar de quem éramos.”
Outros corpos já foram encontrados
Essa é a terceira vez que túmulos não marcados são encontrados em locais assim desde maio.
Naquele mês, os restos mortais de 215 crianças indígenas foram achados em no maior internato desse tipo, em Kamloops, na Colúmbia Britânica. Acredita-se que as mais jovens delas tinham cerca de 3 anos.
A escola funcionou entre 1890 e 1969 e chegou a receber 500 alunos indígenas ao mesmo tempo, muitos deles enviados para morar a centenas de quilômetros de suas famílias.
Dos restos mortais encontrados, acredita-se que 50 crianças já tenham sido identificadas, disse Stephanie Scott, diretora executiva do Centro Nacional para Verdade e Reconciliação, comissão lançada em 2008 para documentar os impactos desse sistema.
Suas mortes, quando conhecidas, variam de 1900 a 1971. Mas para os outros 165, não há registros disponíveis para apontar suas identidades.
Na semana passada, os líderes da Nação Cowessess disseram que os restos mortais de 751 corpos, a maioria deles de crianças, foram encontrados no local onde ficava outra escola, em Saskatchewan.
Eles afirmaram que se trata da descoberta “mais substancial e significativa até hoje no Canadá”.
A Marieval Indian Residential School foi administrada pela Igreja Católica de 1899 a 1997. Ainda não está claro se todos os restos mortais estão ligados à escola.
Política foi considerada genocídio cultural
Essas notícias chega em meio a um longo processo de reexame da consciência nacional sobre o legado destas escolas do Canadá. As descobertas incitaram a ira de muitos, e memoriais improvisados foram criados em todo o país.
“A indignação e a surpresa do público em geral são bem-vindas, sem dúvida”, disse o chefe da Assembleia das Primeiras Nações, Perry Bellegarde. “Mas isso não é surpreendente. Os sobreviventes vêm dizendo isso há anos e anos, mas ninguém acreditava neles.”
Na quarta-feira (30/7), o primeiro-ministro Justin Trudeau disse que as descobertas de túmulos “nos obrigaram a refletir sobre as injustiças históricas e contínuas que os povos indígenas enfrentam”.
O Centro Nacional para Verdade e Reconciliação, criado por meio de um acordo entre o governo e as nações indígenas, descobriu que um grande número de crianças nunca voltou para suas comunidades. O relatório da comissão, publicado em 2015, disse que a prática equivale a um genocídio cultural.
O documento de 4 mil páginas detalhou falhas abrangentes no cuidado e segurança das crianças e a cumplicidade por parte da igreja e do governo. As péssimas condições das escolas, disse o relatório, foram em grande parte por causa da decisão do governo do Canadá de cortar custos.
Em 2008, o governo canadense se desculpou formalmente pelo sistema. A Igreja Católica ainda não emitiu um pedido formal de desculpas.
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Fonte: G1 Mundo

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As diferenças entre o comunismo da China, da União Soviética e da América Latina


Os dois maiores Estados comunistas do século 20 tinham características distintas que, segundo os especialistas, explicam porque um desapareceu e outro sobrevive até hoje, comandado por um partido que celebra os 100 anos de sua fundação. Em 1º de outubro de 1949, Mao Tse-Tung estabeleceu a República Popular da China, com base nas teorias de Marx e Lenin
Getty Images via BBC
Quando Mikhail Gorbachev visitou Pequim em maio de 1989 para a primeira cúpula sino-soviética em 30 anos, os dois maiores Estados comunistas do mundo enfrentaram uma encruzilhada histórica.
Na praça Tiananmen, naquela cidade, estudantes e trabalhadores clamaram por reformas democráticas, em protestos descritos como o maior desafio ao Estado chinês desde a Revolução de 1949.
Gorbachev promoveu transformações políticas e econômicas na União Soviética (URSS) que, de fato, inspiraram muitos dos manifestantes em Pequim.
Mas, alguns meses depois naquele mesmo ano, o colapso surpresa da URSS começaria com a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, que separava o mundo entre o Oriente e o Ocidente.
Por sua vez, o Partido Comunista Chinês resolveu suas divisões internas sobre como responder aos protestos domésticos, com o triunfo da ala linha-dura, e o massacre de manifestantes que se seguiu em Tiananmen abalou o mundo.
VÍDEO: Partido Comunista da China completa 100 anos e reúne milhares em evento em Pequim
Nesta quinta-feira (1º), o Partido Comunista Chinês comemora seu centenário de fundação, em 1921, consolidando-se como um dos partidos políticos mais poderosos do planeta, com uma influência que chega até à América Latina. Veja o VÍDEO acima.
Longe de considerar esse resultado fortuito, diferenças cruciais entre o comunismo chinês e o soviético explicam por que um permanece no poder enquanto o outro desapareceu.
“O interessante é que, embora os sistemas soviético e chinês tenham adotado a forma do partido leninista como principal veículo político, na URSS, isso levou à atrofia e à esclerose, enquanto na China continua sendo uma organização adaptável e flexível”, diz Anthony Saich, professor de Relações Internacionais da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
‘Reinvente-se para sobreviver’
O maoísmo promoveu uma pregação beligerante contra o Ocidente
Getty Images via BBC
Após sua fundação e até assumir o poder sob a liderança de Mao Tse-Tung, o partido desenvolveu uma revolução local com características próprias por quase três décadas.
Saich, autor de De rebelde a governante: 100 anos do Partido Comunista Chinês, observa que isso deu ao grupo experiência em lidar com diferentes ambientes antes de exercer o poder e representa uma grande diferença em relação aos comunistas soviéticos.
Depois disso, a República Popular da China passou por vários estágios, desde “O Grande Salto À Frente” para industrializar a economia até a “Revolução Cultural” para eliminar os rivais políticos.
Milhões de pessoas morreram nesses períodos, principalmente de fome, após a escassez de alimentos entre 1959 e 1961, mas também como resultado da perseguição política desencadeada em 1965.
No entanto, Saich enfatiza que o partido “foi capaz de se reinventar para sobreviver àqueles traumas que teriam derrubado quase qualquer outro partido” e, então, provou “ser muito flexível desde 1978”, com a reforma e abertura promovidas por seu líder Deng Xiaoping.
Para ele, esse pragmatismo chinês marcou outra diferença com a URSS, que já havia alcançado uma maior industrialização quando entrou em apuros e a “esclerose” do sistema atrapalhou as reformas econômicas de Gorbachev.
Mario Esteban, pesquisador do Instituto Real Elcano, na Espanha, explica que, depois das mudanças implementadas por Deng, o partido chinês combinou a manutenção de um regime de partido-Estado com o capitalismo de Estado.
“O sistema capitalista na China teve ou tem muito mais peso do que jamais teve na URSS”, diz Esteban, que também é professor de Estudos do Leste Asiático na Universidade Autônoma de Madri.
O progresso econômico das últimas décadas permitiu que a China melhorasse a qualidade de vida de sua população e que o Partido Comunista Chinês evitasse novos protestos como os de Tiananmen, mesmo sem implementar reformas democráticas como fez Gorbachev.
Recentemente, o atual presidente chinês, Xi Jinping, deixou claro que está determinado a manter o poder do partido, sem dar espaço para opiniões divergentes, assim como fez a URSS durante sua existência.
O paradoxo latino-americano
Outra diferença que Esteban destaca entre o comunismo chinês e o soviético é que a revolução maoísta foi baseada mais nos camponeses do que a revolução russa, em que o proletariado industrial era a chave.
Por outro lado, após chegar ao poder, o Maoísmo promoveu uma pregação mais beligerante contra o Ocidente do que a URSS, que defendia uma “coexistência pacífica” na Guerra Fria, um dos fatores por trás da ruptura sino-soviética na década de 1960.
Tanto o caráter rural da revolução maoísta quanto a atitude combativa de seu líder para com o mundo capitalista fizeram com que alguns esquerdistas na América Latina vissem a China como um modelo.
De fato, na década de 1960, surgiram partidos comunistas “pró-chineses” no Brasil, na Bolívia e em todos os países da costa sul-americana do Pacífico.
Marisela Connelly, especialista em História Chinesa do Colegio de México que estudou esse fenômeno, argumenta que os países da região que mais foram influenciados pelo maoísmo são a Colômbia e o Peru, onde grupos com essa tendência política, como o Exército de Libertação Popular e Sendero Luminoso, praticaram a luta armada por décadas.
Durante a presidência de Xi Jinping, a China ampliou sua influência na América Latina
Getty Images via BBC
Durante a Guerra Fria, explica Connelly, a China deu às organizações da América Latina alinhadas com seu partido comunista apoio ideológico, cooperação agrícola e, em alguns casos, treinamento de guerrilha.
Mas a influência do partido chinês era muito maior em outras regiões, começando com o sudeste da Ásia, e nenhum grupo maoísta latino-americano chegou ao poder ou esteve perto de conseguir isso.
Por outro lado, sem ser vista como um modelo ideológico ou revolucionário, nos últimos 20 anos, a China alcançou uma influência sem precedentes na América Latina com seu crescente poder econômico, tornando-se um importante parceiro comercial e financeiro da região.
“O interessante também é que agora sim os países latino-americanos estão vendo a China como um modelo, apesar da relação econômica assimétrica”, argumenta Connelly.”É como outro paradoxo da história.”

Fonte: G1 Mundo

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Filipinas entra em alerta após erupção do vulcão Taal


Agência sismológica do país pediu evacuação de milhares nas proximidades do vulcão, que expele dióxido de enxofre há dias, criando uma densa névoa sobre a capital Manila e várias províncias vizinhas. Última erupção, em janeiro de 2020, devastou grande número de casas, desalojando mais de 135 mil pessoas. Imagem retirada de vídeo mostra coluna de vapor e fumaça do vulcão Taal, nas Filipinas, na quinta-feira (1º)
Philippine Institute of Volcanology and Seismology – Department of Science and Technology via AP
A agência sismológica das Filipinas pediu nesta quinta-feira (1º) a evacuação de milhares de pessoas nas proximidades de um vulcão ao sul de Manila, depois que ele entrou em erupção.
O vulcão Taal, localizado no meio de um lago peculiar, expele dióxido de enxofre há dias, criando uma densa névoa sobre a capital e várias províncias vizinhas, o que gerou alertas das autoridades.
A última erupção foi em janeiro de 2020. Naquela época, o vulcão expeliu cinzas que chegavam a 15 km de altura e a lava por ela lançada devastou um grande número de casas, obrigando mais de 135 mil pessoas a se mudarem para abrigos.
O Taal ganhou vida na tarde de quinta-feira, com “uma pluma freatomagmática escura e fugaz” que se elevou a quase um quilômetro, informou o Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia em um comunicado.
Foi seguido de “quatro pequenas explosões freatomagmáticas” que produziram plumas de 200 metros de altura sobre o lago da cratera principal, disse o instituto em uma atualização posterior.
A agência alertou sobre possíveis “erupções consecutivas” e aumentou o nível de alerta de dois para três, recomendando a evacuação da ilha e das cidades de Agoncillo e Laurel, localizadas em área de “alto risco”.
Imagem retirada de vídeo mostra coluna de vapor e fumaça do vulcão Taal, nas Filipinas, na quinta-feira (1º)
Philippine Institute of Volcanology and Seismology – Department of Science and Technology via AP
“Estamos aumentando o alerta porque algo está acontecendo e isso pode levar a um aumento da atividade”, disse o diretor da agência, Renato Solidum à AFP.
Mariton Bornas, que chefia a seção da agência responsável pelo monitoramento de vulcões, disse que “não espera que aconteça a mesma coisa” do que na erupção do ano passado.
Um porta-voz da agência nacional de gestão de desastres disse que seus agentes locais convocaram uma reunião de emergência com funcionários do governo e serviços de emergência. Segundo ele, cerca de 15 mil pessoas vivem nas áreas de risco.
O gerente de desastres de Agoncillo, Junfrance De Villa, disse à AFP que os preparativos estavam sendo feitos para o caso de uma evacuação da comunidade à beira do lago.
Imagem retirada de vídeo mostra coluna de vapor e fumaça do vulcão Taal, nas Filipinas, na quinta-feira (1º)
Philippine Institute of Volcanology and Seismology – Department of Science and Technology via AP
“Alguns já se refugiaram com parentes”, disse De Villa.
A Cruz Vermelha das Filipinas tuitou na noite de quinta-feira que seus voluntários levaram alguns residentes de uma área de Laurel a uma escola primária que está sendo usada como abrigo.
Taal é um dos vulcões mais ativos do país, regularmente abalado por erupções e terremotos, estando localizado no Anel de Fogo do Pacífico, uma área de intensa atividade sísmica.
O acesso à ilha onde fica o vulcão, onde viveram milhares de pessoas, está proibido desde o ano passado.
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Fonte: G1 Mundo

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Promotores de NY acusam a Trump Organization de fraude e crimes fiscais


Diretor financeiro Allen Weisselberg e companhia responderão por ‘esquema de 15 anos de evasão de impostos’. Valor estimado de desvios chega a US$ 1,7 milhão. Fachada da Trump Tower, em Nova York, em foto de 2016
Spencer Platt/Getty Images/AFP/Arquivo
Os promotores de Nova York, Estados Unidos, acusaram formalmente nesta quinta-feira (1º) a Trump Organization de fraude e crimes fiscais.
Mais cedo, o diretor financeiro (CFO) Allen Weisselberg havia se apresentado às autoridades judiciais para prestar esclarecimentos.
Ele e a companhia responderão por um “esquema de 15 anos de evasão de impostos”. O valor estimado dos desvios chega a US$ 1,7 milhão (cerca de R$ 8,6 milhões).
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A Trump Organization é o braço de negócios no ramo imobiliário que catapultou o magnata Donald Trump para a fama – que o pôs nas capas de revistas, programas de TV e, por fim, na Casa Branca.
CFO se apresentou
O diretor financeiro (CFO) da Trump Organization, Allen Weisselberg, se apresentou às autoridades judiciais nesta quinta-feira (1º), no dia em que o executivo e o conglomerado que reúne as empresas do ex-presidente dos Estados Unidos devem ser formalmente acusados.
Serão as primeiras denúncias formais de uma investigação que paira sobre Donald Trump há anos. Ela era apenas civil, mas em maio passou a ser também criminal, por suspeita de fraudes bancárias e em seguros e evasão fiscal.
Weisselberg é um contador de 73 anos que passou grande parte de sua carreira trabalhando no império imobiliário da família Trump, onde ingressou em 1973. Ele também ajudou o ex-presidente a administrar o conglomerado durante seu período na Casa Branca.
Diretor financeiro das Organizações Trump se entrega às autoridades de NY
Foto de 11 de janeiro de 2017 mostra o então presidente eleito dos EUA, Donald Trump, seu filho Donald Trump Jr. e ao fundo o diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg, durante entrevista coletiva na Trump Tower, em Nova York
Evan Vucci/AP
Weisselberg foi visto entrando em um prédio que abriga o tribunal criminal de Manhattan nesta manhã para ser notificado das acusações às quais responderá, segundo a imprensa americana.
Os jornais “The Wall Street Journal”, “The New York Times” e “The Washington Post” dizem que as acusações se referem a benefícios em espécie concedidos Weisselberg que não teriam sido declarados à Receita.
A denúncia contra Weisselberg e a Trump Organization será apresentada no final do dia pelo promotor Cyrus Vance Jr., segundo a imprensa. O ex-presidente americano não deve ser indiciado por enquanto, mas a investigação do Ministério Público de Nova York continua (veja mais abaixo).
Imagem de arquivo mostra a entrada do Trump International Hotel em Washington, no dia de sua abertura
Kevin Lamarque/Reuters
O conglomerado das empresas de Trump, que vão de hotéis a campos de golfe, divulgou comunicado em que acusa os promotores de usar Weisselberg como um “peão” para perseguir o ex-presidente.
Trump sempre negou qualquer irregularidade e disse que a investigação era uma “caça às bruxas” por por motivos políticos, pois Vance é filiado ao Partido Democrata (nos EUA, os membros do Ministério Público são eleitos e é comum que os promotores sejam ligados a partidos políticos).
A investigação
O promotor distrital inicialmente se concentrou em investigar pagamentos para comprar o silêncio de duas mulheres que afirmam ter tido casos com Trump, mas avançou para evasão fiscal e fraude.
O inquérito é conduzido de maneira sigilosa e, em março, obteve acesso a oito anos de declarações de Imposto de Renda de Trump, após uma decisão da Suprema Corte do país (veja no vídeo abaixo).
Suprema corte dos EUA determina que Trump apresente imposto de renda
A decisão foi uma resposta a um pedido feito pelos advogados de Trump, que tentavam manter as informações fiscais do ex-presidente sob sigilo.
Em 2018, Michael Cohen, o ex-advogado de Trump, foi preso após reconhecer que havia pago pelo silêncio de duas mulheres quando elas acusaram o então candidato republicano à Casa Branca de ter mantido relações sexuais fora do casamento.
Antes de ser preso, Cohen alegou que Trump – com o apoio de seus familiares – cometeu diversas fraudes fiscais e bancárias ao longo dos anos.
Segundo o ex-advogado, o republicano teria “inflado seus ativos” para aparecer na lista dos homens mais ricos da revista “Forbes”, mas mentiu e desinchou os números para não pagar impostos.
Michael Cohen na saída de seu apartamento em Nova York, antes de se entregar à Justiça
Jeenah Moon/Reuters
IR presidencial
Durante a campanha presidencial americana e os quatro anos em que ocupou a Casa Branca, Trump se recusou a divulgar as suas declarações de Imposto de Renda – algo que era feito por todos os seus antecessores.
Os presidentes americanos sempre divulgaram suas declarações, detalhando as fontes de renda e impostos pagos, em nome da transparência.
Em setembro, o jornal “The New York Times” revelou que Trump não pagou imposto de renda em 10 dos 15 anos anteriores à sua eleição — e pagou apenas US$ 750 de imposto em 2016 e em 2017 (justamente o ano em que foi eleito e o primeiro no cargo).
Trump pagou apenas US$ 750 de imposto de renda em 2016 e 2017, afirma jornal
Em maio deste ano, Biden retomou a tradição rompida por Trump e publicou a sua declaração de impostos.
O atual presidente americano e sua esposa, Jill, ganharam no ano passado US$ 607 mil (cerca de R$ 3,16 milhões na cotação da época).
O casal pagou US$ 157 mil em Imposto de Renda federal, uma alíquota efetiva de 25,9%, e mais US$ 28,8 mil de IR estadual em Delaware, onde residia antes de chegar à Casa Branca.
Joe e Jill Biden durante homenagem a um policial morto
Erin Schaff/Pool via Reuters
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Fonte: G1 Mundo