A performance Literatura Exposta, que não pode ser apresentada na Casa França-Brasil, no Centro do Rio foi realizada na tarde desta segunda-feira (14) no meio da rua. O coletivo cultural És Uma Maluca teve a obra suspensa no domingo (13) pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, sob a alegação de descumprimento de contrato.
O ato foi acompanhado desde o início por uma equipe do 5º Batalhão da Polícia Militar. Os policiais chegaram a informar aos presentes que a manifestação não seria permitida sem a apresentação de uma autorização.
No entanto, o ato foi realizado com algumas alterações: a performance que estava prevista para ser feita com uma mulher nua, foi apresentada pela artista Juliana Varner vestida.
O ato foi uma crítica à tortura durante a ditadura militar, com uma mulher interagindo com a obra “A voz do ralo é a voz de deus”. A artista se deitou no chão ao lado de um bueiro com inúmeras baratas, que subiam pelo seu corpo. Uma intervenção sonora reproduzia falas do presidente da República, Jair Bolsonaro.
As frases “As ações de vocês será tipificadas como terrorismo” e “Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra” eram reproduzidas durante o ato em frente à Casa França-Brasil.