Para narrador, ídolo do vôlei bicampeão olímpico com quatro finais não é só esportista vitorioso: “É o exemplo que a gente imagina que um esportista seja para os jovens”
A presença no “Bem, Amigos!” do líbero Serginho para falar do sonho de encerrar a carreira no Corinthians/Guarulhos, de suas conquistas e até sobre o futuro do vôlei brasileiro, acabou emocionando Galvão Bueno. O narrador elogiou não só a trajetória vitoriosa do atleta nas quadras – foram duas medalhas de ouro (2004 e 2016) e duas de prata (2008 e 2012) em quatro finais olímpicas seguidas, um recorde -, mas também sua postura como homem, servindo de exemplo para os jovens e futuras gerações de atletas.
– Serginho é um herói brasileiro. Ele é muito mais que um ídolo, pelo que nós vimos. Pela essência. Pela história, pelo reconhecimento da origem. Coisa bonita ele dizer que queria construir uma casa para a mãe mas queria guardar e preservar para sempre a casinha de dois cômodos onde a família inteira morava e onde tudo começou. Gente, isso é exemplo para tanta gente… Ando tão revoltado com tudo o que anda acontecendo… Você é um exemplo, cara. Você não é um esportista que venceu. Você não é um esportista que conquistou medalhas. Você não é um esportista que simplesmente entrou para a história. Você é o exemplo que a gente imagina que um esportista seja para os jovens.
Galvão lembrou ao outro convidado na noite desta segunda, o atacante Lucas, do PSG, a importância de se ter uma postura impecável. Depois, olhou para Serginho, que tinha no pescoço as quatro medalhas olímpicas, e continuou a homenagem.
– Você sabe disso (apontando para o atacante Lucas)… Você deve ter a noção exata de quantos e quantos meninos que sonham ser o Lucas. Então por isso é importante o comportamento, tudo o que se faz ao lado do caminho que se trilha como um vitorioso do esporte. Você (Serginho) fica tão bem com essas medalhas penduradas, todas elas. Talvez você não tenha a noção exata de quanto você fica bem – disse o narrador.
Também emocionado, Serginho fez questão de lembrar dos amigos que atuaram ao seu lado nas conquistas e homenageou também as gerações anteriores do vôlei brasileiro. Seja a que conquistou o primeiro ouro, em Barcelona (1992), seja a que abriu caminho para todas, a geração de prata de 1984, em Los Angeles.
– Estas medalhas estão aqui no meu peito agora, mas tem muita gente que me ajudou e tem as glórias também. A geração de 2004 (ouro, em Atenas), a geração 2008, 2012 (prata, em Pequim e Londres). E os nossos eternos ídolos da primeira geração, que conquistou o primeiro ouro, em Barcelona. Maurício, Marcelo Negrão. E Montanaro, William, Xandó (a geração de prata, em 1984). Esses caras são referência. Graças a esses caras o voleibol está aonde está hoje.
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