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O condenado à morte nos EUA que ganhou na Justiça direito de ser fuzilado


Detento no corredor da morte recebeu sentença na Geórgia, Estado em que apenas a injeção letal era permitida; mas Suprema Corte decidiu que os condenados poderiam optar por qualquer método de execução disponível em outros Estados. Michael Nance foi condenado à morte na Geórgia, um Estado onde apenas a injeção letal é permitida.
BBC
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu na quinta-feira (23) que um prisioneiro condenado à morte poderá ser executado por fuzilamento.
Michael Nance, um homem de 61 anos que foi condenado à morte em 2002, havia entrado na Justiça com o pedido para ser fuzilado. Ainda não há data de execução.
Nance foi condenado à pena de morte na Geórgia, um Estado onde apenas a injeção letal é usada.
O condenado argumentou que a injeção letal poderia causar sofrimento excessivo porque suas veias estão em más condições e “não são adequadas para acesso intravenoso”, segundo notícias da imprensa sobre o caso. Ele alegou que, por usar remédio para dor crônica nas costas, há um risco maior de que a anestesia não o deixe inconsciente durante a execução.
Por cinco votos a quatro, a Suprema Corte concedeu seu pedido que contesta o protocolo da Geórgia com base na lei federal de direitos civis.
A Suprema Corte dos EUA decidiu em favor do condenado.
BBC
O tribunal superior aceitou o argumento de que os presos no corredor da morte têm o direito de serem executados por qualquer método que seja válido em um Estado diferente daquele em que foram sentenciados. Isso abre caminho para que outros presos no corredor da morte nos EUA entrem com ações semelhantes.
Nance foi condenado por matar um transeunte depois de roubar um banco, em 1993.
O pelotão de fuzilamento é um método válido de execução em apenas quatro Estados: Carolina do Sul, Mississippi, Oklahoma e Utah. Ele é o método principal apenas na Carolina do Sul, segundo o Centro de Informações sobre Pena de Morte.
Qual país mais aplica pena de morte? g1 explica
Caso Mary Hellen: Tailândia prevê pena de morte por tráfico, mas não se aplica a cocaína; entenda o que diz a lei
Em 2017, o réu J.W. “Boy” Ledford Jr., condenado à morte na Geórgia, pediu para ser executado a tiros, mas seu pedido foi rejeitado no tribunal. Ele recebeu a injeção letal.
Esse método é o mais comum nos 27 Estados que têm pena de morte. Quinze deles, incluindo a Geórgia, utilizam apenas a execução por injeção letal.
Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61921533

Fonte: G1 Mundo

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Fátima Bernardes ‘tatua’ palavras que marcaram sua história no ‘Encontro’ para celebrar 10 anos do programa


‘Foi muito emocionante ter o corpo pintado com palavras que resumem um pouco o espírito do programa’, afirmou a apresentadora. Fátima Bernardes celebra uma década à frente do ‘Encontro’ com programa especial
Globo/João Cotta
Nesta sexta-feira (24), Fátima Bernardes celebra 10 anos do programa “Encontro”. E para a data comemorativa, a apresentadora mostra o resultado de sua participação no projeto #feitotatuagem, do fotógrafo Sérgio Santoian em parceria com a maquiadora e artista plástica Louise Helène.
Nele, Fátima “tatuou” na pele palavras que refletem o DNA do matinal, simbolizando o significado da atração em sua trajetória pessoal e profissional.
“Viver essa experiência foi muito emocionante, porque, além de ser um projeto lindo da Louise e do Sergio, ter o corpo pintado com palavras que resumem um pouco o espírito do programa simboliza que o ‘Encontro’ vai ficar pra sempre marcado em mim”, afirmou Fátima.
Fátima se despede do “Encontro” na próxima semana. A apresentadora vai assumir o comando do “The Voice Brasil”. Com sua saída, a partir de 4 de julho, Patrícia Poeta e Manoel Soares, ficam com a apresentação do matinal.
“Em 2012 eu estreei o programa sonhando que ele se tornasse importante, que as pessoas quisessem ver. Mas a trajetória do ‘Encontro’ – e de toda a equipe comigo – superou as minhas expectativas. Além de eu ter tido a chance de entrevistar artistas incríveis, da música, do teatro, do cinema, da televisão, eu vi que esse programa se tornou um espaço de reflexão e de discussão de questões importantes para o nosso país”, afirmou Fátima.
A apresentadora ainda fez um balanço dos aprendizados com a atração ao longo dos anos.
“Hoje eu tenho um olhar muito mais aguçado e mais interessado do que já tinha. Aprendi muito com as pessoas que eu entrevistei, com os especialistas que a gente trouxe para falar, com os parceiros e com a plateia, que sempre se fez presente. Dar atenção a essas pessoas, ouvir as histórias que elas tinham para contar e transformar tantas dessas histórias em pauta, eu diria que é um upgrade no ser humano. Para mim foi extremamente enriquecedora essa década de convivência com o programa.”
Fátima Bernardes celebra uma década à frente do ‘Encontro’ com programa especial
Globo/João Cotta
Fátima Bernardes celebra uma década à frente do ‘Encontro’ com programa especial
Globo/João Cotta

Fonte: G1 Entretenimento

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ENTRETERIMENTO

Em documentário, ex-Menudo Angelo Garcia revela série de estupros durante período na boy band


Ex-integrante do grupo é um dos artistas que relataram abusos durante o período em que integraram o grupo. Relatos estão em ‘Menudo: Forever Young’. Em documentário, ex-Menudo Angelo Garcia revela série de estupros durante período na boy band
Reprodução/Instagram
Lançado nesta quinta-feira (23), o documentário “Menudo: Forever Young” traz o depoimento de alguns dos ex-integrantes do grupo que estourou na década de 1980.
Entre os relatos, eles revelam episódios de abuso sexual, bullying, escândalos com drogas e condições de trabalho opressivas.
Angelo Garcia conta no documentário que foi estuprado no quarto de um hotel, depois de receber álcool de um homem desconhecido, pouco após completar 11 anos de idade. Garcia permaneceu na banda de 1988 a 1990.
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“Tudo que eu lembro era que eu, tipo, desmaiei. Quando acordei, estava nu e sangrando, então eu sabia que tinha sido penetrado. Eu tinha essas marcas de queimadura do tapete no meu rosto… estava muito confuso, não entendia”, conta.
Ele ainda afirmou que não foi a única vez que sofreu abuso enquanto fez parte do grupo. “Fui estuprado uma série de vezes, e essa era a maneira que os predadores se aproveitavam de mim.”
Os relatos dos ex-integrantes do Menudo são do período em que os artistas trabalharam com Edgardo Díaz, que eles descrevem como “empresário, produtor e pai adotivo”. Díaz, que ainda não se manifestou sobre as acusações feitas no documentário, sempre negou qualquer abuso enquanto empresariava o grupo.
“Menudo: Forever Young” está disponível no HBO Max. Segundo a sinopse, o documentário narra a ascensão e queda da mais icônica boy band latino-americana da história”. Além dos depoimentos de fãs, o documentário traz alguns ex-membros do grupo revelando, que por trás de todo o glamour da época, havia uma teia de abusos e exploração.
Menudo
O grupo Menudo foi criado em 1977 pelo produtor Edgardo Díaz e teve mais de uma formação, contando com 32 integrantes ao longo dos anos.
Nos anos 1980 o conjunto alcançou projeção internacional, lotando o estádio do Maracanã, e levando mais de meio milhão de pessoas a um show na Cidade do México.
A banda gravou 32 álbuns com 20 milhões de cópias vendidas e teve hits como “Súbete a mi moto” e “Não se reprima” (esta, grande sucesso no Brasil).
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Fonte: G1 Entretenimento

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Forças ucranianas deixarão Severodonetsk, atual foco da guerra


Fortemente atacada há mais de dois meses, cidade do leste do país é considerada estratégica pelos russos e o último bastião para a conquista total da região. Tropas russas disparam projéteis em direção a Severodonetsk, em 24 de maio de 2022.
Alexander Ermochenko/ Reuters
As forças ucranianas devem sair de Severodonetsk, anunciou nesta sexta-feira (24) uma autoridade local. O anúncio representa um grande avanço para as tropas russas em seu objetivo de conquistar a região do Donbass.
A tomada de Severodonetsk, no Donbass, a área do leste ucraniano com movimentos separatistas pró-Rússia, se tornou um objetivo crucial para Moscou.
A cidade estratégica foi cenário de combates extremamente violentos nas ruas durante semanas, nos quais os ucranianos tentaram superar a desvantagem bélica com uma forte resistência
‘A batalha de Severodonetsk irá decidir o destino da região de Donbass’, diz Zelensky
4 meses de Guerra na Ucrânia: veja principais momentos, da invasão russa à candidatura a membro da UE
A notícia foi anunciada poucas horas depois do apoio contundente da União Europeia (UE) à Ucrânia, com a concessão do status de país candidato, embora o processo possa demorar anos antes de Kiev integrar o bloco.
Mas, nesta sexta-feira (24), Serguei Gaiday, governador da região de Luhansk, onde fica a cidade industrial, anunciou que as tropas devem abandonar a localidade.
“As Forças Armadas ucranianas terão que se retirar ade Severodonetsk. Receberam ordens para isto”, afirmou no Telegram. Permanecer em posições que foram bombardeadas incessantemente durante meses não faz sentido”, acrescentou.
Cerca de 12 mil moradores de Severodonetsk estão presos em meio ao fogo cruzado
A cidade foi “quase transformada em escombros. Todas as infraestruturas críticas foram destruídas: 90% da cidade foi danificada, 80% das casas terão que ser demolidas”, disse o governador.
A conquista de Severodonetsk permitiria aos russos avançar sobre a cidade vizinha de Lysychansk, consolidando o controle da região de Lugansk e possibilitando o avanço na ofensiva pela bacia de mineração do Donbass, que desde 2014 está parcialmente sob controle dos separatistas pró-Moscou.
Lysychansk sofre bombardeios
Morteiro explode na beira da principal estrada que de acesso à cidade de Lysychansk, no leste da Ucrânia, em 26 de maio de 2022.
Aris Messinis/ AFP
Gaiday informou que agora os russos avançam para Lysychansk, que também está sob cerco intenso das tropas de Moscou, que bombardeiam a cidade sem trégua. A situação para os que permanecem em Lysychansk parece sombria.
Liliya Nesterenko contou à agência de notícias France Presse que sua casa não tem gás, água e energia elétrica. Ela e a mãe cozinham em uma fogueira.
Um representante dos separatistas pró-Rússia afirmou que a resistência ucraniana é “inútil”.
“Acredito que no ritmo que nossos soldados prosseguem, muito em breve todo o território da República Popular de Luhansk estará libertado”, declarou à AFP por videochamada o tenente-coronel Andrei Marochko, porta-voz das milícias pró-Rússia.
Tropas russas circulando na região de Luhansk
Alexander Ermochenko/REUTERS
Marochko informou no Telegram que as cidades ao redor de Zolote e Hirske, ao sul de Severodonetsk, estão sob controle russo ou das milícias vinculadas a Moscou.
O ministério da Defesa russo indicou que quase 2.000 pessoas estão “completamente bloqueadas” perto de Zolote e Hirske, e que metade de Zolote está sob controle russo.
Mísseis contra universidade
Nos últimos dias, a Rússia também intensificou a ofensiva contra a cidade de Kharkiv, na região norte da Ucrânia.
Uma equipe da AFP ouviu fortes explosões no centro da cidade na noite de quinta-feira (23) e durante a manhã constatou que o Instituto Politécnico foi atingido por mísseis.
No sul da Ucrânia, na cidade de Kherson, que está sob controle dos russos, um funcionário designado por Moscou faleceu em um atentado com explosivos colocados em seu carro, de acordo com as agências de notícias russas.
O governador nomeado pela Rússia para a região de Kherson, Kirill Stremousov, confirmou a identidade da vítima à agência RIA Novosti. “Sim, um dos meus funcionários morreu. Dmitri Savlushenko, ele era secretário para a Juventude e Esportes”.
A Ucrânia insiste nos pedidos por mais armas e na quinta-feira o governo dos Estados Unidos anunciou uma nova ajuda militar para Kiev de 450 milhões de dólares.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu no Twitter o colega americano, Joe Biden, pela decisão.
“Este apoio é agora mais importante do que nunca”, afirmou.
Decisão histórica da UE
Bandeiras da Ucrânia e da União Europeia aparecem hasteadas em Kiev.
REUTERS TV
Na reunião de cúpula da UE em Bruxelas na quinta-feira (23), os líderes dos 27 países concordaram em conceder o status de candidato para Ucrânia e Moldávia, outra ex-república soviética com parte de seu território controlado por separatistas pró-Rússia.
Zelensky agradeceu o apoio, que chamou de “momento único e histórico” nas relações entre seu país e a UE.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que decisão envia “um sinal muito forte” para a Rússia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, minimizou a importância da decisão e afirmou que este é um “assunto interno europeu”.
Após a reunião de cúpula da UE, será a vez do encontro do G7 e, em seguida, acontecerá a reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), estas duas últimas com a presença do presidente americano.

Fonte: G1 Mundo

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Alemanha anula lei de aborto da era nazista


Nessa lei, os médicos eram autorizados a dizer que ofereciam interrupção da gravidez, mas não eram autorizados a dar mais detalhes sobre os procedimentos envolvidos. Sessão da câmara baixa do Parlamento da Alemanha, em Berlim
Michele Tantussi/REUTERS
A Alemanha aboliu nesta sexta-feira uma lei da era nazista que proibia médicos de fornecerem informações sobre abortos.
A câmara baixa do Parlamento Bundestag votou pela anulação da lei, o que significa que os médicos agora podem fornecer informações adicionais sobre abortos sem medo de serem processados.
De acordo com a lei, os médicos na Alemanha eram autorizados a dizer que ofereciam interrupção da gravidez, mas não eram autorizados a dar mais detalhes sobre os procedimentos envolvidos.
Tecnicamente, o aborto é ilegal na Alemanha. No entanto, é permitido sob certas circunstâncias, e o procedimento precisa ser realizado dentro de 12 semanas após a concepção.
“Por quase um século, os médicos foram proibidos e punidos por fornecer informações factuais sobre métodos e possíveis riscos para mulheres que estão pensando em interromper uma gravidez”, disse o ministro da Justiça, Marco Buschmann, em comunicado.
Uma ativista pelo direito ao aborto usa uma máscara com o texto em espanhol “Aborto Legal” durante uma manifestação em frente ao Congresso, enquanto os legisladores debatem um projeto de lei que legalizaria o aborto, em Buenos Aires, Argentina, em 29 de dezembro de 2020
Natacha Pisarenko/AP/Arquivo
“Hoje, este tempo de desconfiança nas mulheres e desconfiança nos médicos está chegando ao fim.”
Quaisquer sentenças criminais proferidas com base na lei desde outubro de 1990 também serão revogadas e quaisquer processos em andamento serão interrompidos.
O novo governo havia estabelecido seus planos para eliminar a lei no acordo de coalizão assinado em novembro.

Fonte: G1 Mundo

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Países do G7 concordam que Rússia é responsável pela crise alimentar, diz Ministro do Japão


Após reunião entre os chanceleres, representante japonês colocou a invasão da Rússia sobre a Ucrânia como principal causador da crise global de alimentos. Veículo militar é visto diante de grande plantação de grãos
Edgar Su/REUTERS
Os ministros das Relações Exteriores do Grupo dos Sete países ricos concordaram nesta sexta-feira (24) que a invasão da Ucrânia pela Rússia provocou a atual crise global de alimentos, e Moscou foi responsável pelo assunto, disse o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi.
Hayashi fez o comentário a repórteres após uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G7, da qual participou remotamente.
Ministro das Relações Exteriores do Japão durante evento em maio de 2022
Hiro Komae/AP
O Japão pretende apoiar as exportações de grãos da Ucrânia e planeja buscar mais assistência alimentar para responder à crise alimentar global, disse Hayashi.
Comunicado do G7
Em um comunicado divulgado pouco tempo depois do término desta reunião, os ministros das relações exteriores do G7 disseram acreditar que a Rússia está exacerbando a insegurança alimentar com seus bloqueios e ataques a bomba a infraestruturas importantes na Ucrânia.
Os ministros pediram a Moscou “que cesse seus ataques e ações ameaçadoras e desbloqueie os portos ucranianos do Mar Negro para a exportação de alimentos”.

Fonte: G1 Mundo

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J.K. Rowling cai em pegadinha de comediantes russos que se passavam por Zelensky, presidente da Ucrânia


Autora de ‘Harry Potter’ foi vítima do trote ‘de mau gosto’ ao tentar ajudar crianças na Ucrânia. J.K. Rowling
Reprodução/Youtube
J.K. Rowling, autora da saga “Harry Potter”, foi vítima de uma pegadinha de dois comediantes russos ao tentar ajudar crianças na Ucrânia. O país foi invadido em fevereiro pelo exército de Putin. Segundo o site da revista “The Hollywood Reporter”, a escritora foi levada a acreditar que estava em uma chamada pela plataforma Zoom com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
De acordo com a reportagem, o vídeo descoberto na terça-feira (21) pelo site The Rowling Library mostra a escritora conversando com os comediantes russos Vovan e Lexus, famosos por seus trotes em celebridades. Elton John, Príncipe Harry, Billie Eilish, Kamala Harris, Bernie Sanders e George W. Bush foram algumas das vítimas da dupla.
Foto de 15 de novembro mostra escritora J.K. Rowling ao chegar para a avant-première de filme em Londres, na Inglaterra
Neil Hall/ Reuters
Um porta-voz da escritora descreveu a brincadeira como “de mau gosto”. “J.K. Rowling foi abordada para falar sobre seu extenso trabalho de caridade na Ucrânia, apoiando crianças e famílias que foram afetadas pelo atual conflito na região. O vídeo, que foi editado, é uma representação distorcida da conversa”, disse o porta-voz.
O vídeo divulgado tem pouco mais de doze minutos de duração. Em um dos trechos, os comediantes dizem a Rowling que a cicatriz de Harry Potter parecia um “Z”, letra que os militares russos colocaram em seus tanques na invasão da Ucrânia e considerada símbolo de apoio à guerra.
Eles perguntaram se ela mudaria o símbolo para um tridente ucraniano. “Eu vou ver isso”, respondeu a escritora. “Pode ser bom para fazer algo com isso nas minhas redes sociais, porque acho que isso vai sair nos jornais.”
Outra sugestão da dupla é tirar um ator russo que participa da série “Animais Fantásticos”, como foi feito com o ator Johnny Depp. A escritora diz que tem tido uma ótima experiência com saga, mas que veria o que poderia ser feito.
Um dos comediantes disse que eles querem comprar armas e mísseis com o dinheiro que o instituto de Rowling arrecadou e que esperam que ela concorde. “Nós cuidaremos das crianças, mas eu realmente quero que a Ucrânia tenha todas as armas de que precisa”, respondeu Rowling.
Em outro trecho, eles dizem que estavam escrevendo “Avada Kedavra”, o feitiço da morte na saga de “Harry Potter”, em mísseis. Rowling responde que adorou essa ‘piada’.
A dupla ainda pressionou a escritora a falar sobre a sexualidade de Dumbledore e questionou com quem o personagem tinha dormido. “Espero que não com um transgênero”, disse um dos comediantes.
O imitador de Zelensky aparentemente estava apenas em áudio durante a ligação, segundo a reportagem.
J.K. Rowling e Eddie Redmayne comentam ‘Animais fantásticos e onde habitam’
Ao final do vídeo, eles pedem que Rowling diga “olá” para “dois escritores, Vovan e Lexus [eles próprios], que são russos, mas amigos”. Ela concorda prontamente em cumprimentar os dois.
Segundo a reportagem, a instituição de caridade Lumos, de Rowling, tem trabalhado na região de Zhytomyr para ajudar crianças e famílias vulneráveis. A escritora tem falado desta sua ação no Twitter.
Segundo o “The Hollywood Reporter”, Vovan e Lexus já foram criticados por essas pegadinhas, ao visarem personalidades que criticam a política externa russa. Alguns chegam a suspeitar que são atores contratados pelo governo russo.
O trabalho mais recente de Rowling foi co-escrever e produzir “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”.

Fonte: G1 Entretenimento

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Guito, o Tibério de ‘Pantanal’, grava clipe em tapera de Juma usada na primeira edição da novela


Cantor diz que mostrou imagens para Cristiana Oliveira, intérprete da personagem em 1990. ‘Ela ficou super emocionada em ver o lugar sem todo aquele movimento.’ Projeto será lançado neste sábado (24). Guito, o Tibério de ‘Pantanal’, grava clipe em tapera de Juma usada na primeira edição da novela
Divulgação
Guito, o Tibério de “Pantanal”, resolveu se despedir das gravações da novela na região do Mato Grosso com um projeto para sua carreira musical.
O cantor sertanejo, que antes usava o nome “Guito Show”, abandonou o sobrenome artístico (embora ainda use nas redes sociais) e regravou a música “Morada do Sossego”, de Maringá Borgert.
Guito vai lançar a faixa neste sábado (25) acompanhada de um videoclipe com imagens registradas por ele na tapera de Juma Marruá que foi usada na primeira versão de “Pantanal”, em 1990.
“A tapera da primeira edição está há anos ali, exalando história. História que transformou o rumo da minha vida”, afirma Guito.
Na primeira versão da novela, a personagem Juma foi interpretada por Cristiana Oliveira, com quem Guito fez questão de conversar e mostrar as imagens.
“Eu quis mostrar o clipe para a Cristiana Oliveira antes de todo mundo, porque ela viveu aquilo, e é engraçado que a tapera ainda respira a Crica. Foi bem nostálgico para ela relembrar, e ficou super emocionada em ver o lugar sem todo aquele movimento”, contou o ator e cantor.
Guito, o Tibério de ‘Pantanal’, já foi executivo, operador da Bolsa, cantor e vendedor de queijo, mas nunca tinha atuado
Guito, o ‘Tibério de Pantanal’, visita cidade natal pela 1ª vez após estreia na novela: ‘Tô meio abobado ainda’
Guito Show como o Tibério de ‘Pantanal’
João Miguel Júnior / Globo

Fonte: G1 Entretenimento

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Quem foi São João, o profeta que teria batizado Jesus


João Batista foi o homem que, de certa forma, abriu as portas para a missão de Jesus. Pregador itinerante nascido na Judeia, ele se tornou um líder religioso de um grupo de judeus da época, exaltando a importância de valores como retidão e da prática da virtude. João Batista, em pintura de Bartolomé Gonzalez
Domínio Público
É um caso peculiar dentro do cristianismo: um santo festejado tanto por seu nascimento, em 24 de junho, quanto por sua morte, 29 de agosto. Normalmente, os católicos celebram a morte do santo como aquele dia em que eles “nascem” para a Deus.
João Batista foi o homem que, de certa forma, abriu as portas para a missão de Jesus. Pregador itinerante nascido na Judeia, ele se tornou líder religioso de um grupo de judeus da época, exaltando a importância de valores como retidão e da prática da virtude. No intuito de purificar as almas, lançava mão do batismo — realizado em cursos d’água, em cerimônias epifânicas.
O batismo não foi uma invenção de João, pois já era praticado na época. A novidade trazida por ele foi o fato de que ele não restringia a participação aos judeus, permitindo também que o ritual servisse para a conversão dos considerados pagãos — e isso motivou polêmicas em seu meio.
De acordo com os textos bíblicos, João era parente de Jesus. Ele era filho de Zacarias, um sacerdote, e de Isabel, uma prima de Maria, a mãe de Jesus. Segundo a literatura sagrada, Jesus iniciou sua missão evangelizadora somente após ter sido ele próprio batizado pelo primo nas águas do Rio Jordão.
Para muitos, João é exaltado como o maior dos profetas.
Como costumava acontecer em grupos religiosos daquela época — a exemplo do próprio Jesus —, as pregações de João passaram a incomodar o poder estabelecido. Preso por dez meses, provavelmente em algum momento entre o ano 26 e o ano 28 da era cristã, João acabou condenado à morte pelo governante Herodes Antipas (20 a.C – cerca de 39 d.C). Não se sabe exatamente a idade que João tinha quando foi morto, mas é certo que era mais velho do que seu primo Jesus.
Por muito tempo, pairavam controvérsias sobre a historicidade de João Batista. O principal documento, contudo, que atesta a sua existência é o livro Antiguidades Judaicas, escrito pelo historiador romano Flávio Josefo (37-100) provavelmente no ano de 94.
“João Batista é um personagem bíblico, mas para além dessa referência também há um historiador muito importante, Flávio Josefo, que se refere a ele em suas obras. É um historiador que tem uma visão muito isenta, porque não é ligado à tradição cristã”, pondera o estudioso de hagiografias Thiago Maerki, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e associado da Hagiography Society, dos Estados Unidos.
“Por muito tempo houve a controvérsia se João Batista existiu de fato ou se seria uma construção lendária, literária. Tudo indica que existiu de fato, por conta de testemunhos externos à Igreja. E talvez este [o livro de Josefo] seja o mais importante”, acrescenta Maerki.
O pesquisador ressalta que Josefo “se refere a João Batista” como alguém “que costumava reunir uma multidão em torno dele para ouvir sua pregação”. “Havia, portanto, muitos seguidores. E isso teria incomodado Herodes”, narra Maerki. “Temia-se que João pudesse iniciar uma rebelião. Suas pregações incomodavam o poder. Por isso acaba sendo preso e morto em seguida.”
De acordo com as narrativas antigas, foi morto por decapitação. E teve sua cabeça apresentada em uma bandeja.
“Ele viveu na Galileia no reinado de Herodes e possuiu muitos seguidores, pregava aos judeus e fazia do batismo símbolo de purificação da alma. Ele era filho de Zacarias, sacerdote, e de Isabel, prima de Maria Santíssima. Além de primo de Jesus. Sua mãe, Isabel, era prima de Maria, João ainda no ventre da mãe celebrou Jesus também no ventre de Maria como vemos em Lucas. Foi também ele o precursor de Jesus e sua mensagem salvífica”, acrescenta o hagiólogo José Luís Lira, fundador da Academia Brasileira de Hagiologia e professor da Universidade Estadual Vale do Aracaú, do Ceará.
“Não bastasse tudo isso, ele batizou Jesus. Então, não só o cristianismo, mas, diversas religiões o celebram. De um modo geral, João Batista é mártir. Morreu em defesa da fé. E já os discípulos de Jesus o tratavam com reverência. No martirológio romano encontramos duas celebrações a ele, no nascimento e no martírio”, diz ainda o hagiólogo.
Simbolismos de João
Embora existisse essa reverência ao personagem desde os primeiros cristãos, Maerki lembra que oficialmente o cristianismo só oficializou uma solenidade à natividade de São João no século 4, “conforme indícios”. “Depois essa celebração foi se difundindo nos séculos seguintes e, já no século 6, houve um aprimoramento da festividade, precedida de um jejum solene, com missa de vigília e tal. Na Idade Média, há o histórico de celebrações com três missas para a data”, contextualiza. “Era uma festa das mais importantes, das mais cultivadas e das mais populares da época. E isso é importante porque ainda hoje a gente sabe que João Batista é dos santos mais populares, mais venerados, de tradição muito forte que remonta ao período medieval.”
Claro que há simbolismos, e a escolha de datas assim, provavelmente definidas a posteriori, não foi à toa. “João Batista teria sido concebido no equinócio de outono e teria nascido no solstício do verão europeu. Isso é importante. Santo Agostinho, depois, vê nisso uma espécie de confirmação cósmica do versículo bíblico que diz que é necessário ‘que ele cresça e eu diminua’. Agostinho interpretou esse versículo como uma referência indireta ao nascimento de João Batista”, afirma Maerki.
“Alguns teólogos ainda apontam para um certo paralelismo com o Natal de Jesus, que acontece no inverno europeu, quando analisam o natal de João, verão europeu”, complementa o pesquisador. “Isso teria dado origem a manifestações folclóricas, inclusive os fogos de São João que representam e simbolizam o nascimento do santo. É o nascimento mas também é em referência ao início do verão. São relações curiosas que, certamente surgiram por meios populares e foram se enraizando. Depois acabaram aceitas e cultivadas inclusive pela Igreja”, diz o pesquisador.
De qualquer forma, os próprios textos bíblicos concedem a João uma posição especial. “João é apresentado como o precursor do messias e essa imagem é muito forte, é daquele que prepara o caminho da salvação”, pontua Maerki. “Há todo um caráter messiânico. Ele vai ser apontado como o profeta que indicou em Cristo o ‘cordeiro enviado para expiar os pecados do mundo’, aquele que primeiramente teria visto em Jesus o caráter daquele que teria sido enviado por Deus. E a partir daí teria iniciado um novo momento na pregação de João, não só de anunciar que o messias estava próximo mas que esse messias seria o próprio Jesus, uma tradição bíblica que depois a igreja aprofunda, desenvolve e festeja.”
O Evangelho de Mateus, por exemplo, apresenta João Batista como alguém muito maior do que um profeta, como o profeta dos profetas. “Porque, diferentemente dos profetas que falavam do futuro, ele indicou o messias no presente. Isso é muito forte na tradição religiosa. Ele é alguém que não anuncia um futuro distante, ele anuncia um messias que está presente, que se faz presente no momento em que ele fala”, comenta o hagiólogo. Essa primazia é uma interpretação comum a muitos teólogos e estudiosos de textos sagrados.
Rivalidade fraterna
Por outro lado, enquanto a Igreja consolidou essa visão de João Batista como precursor de Jesus, pesquisas contemporâneas identificam, sobretudo em evangelhos apócrifos — aqueles que não são considerados no cânon oficial do cristianismo — mas também em análise dos textos que constam da Bíblia, uma certa rivalidade entre os dois líderes da mesma época e da mesma região.
“Havia uma grande polêmica entre os discípulos de João Batista e de Jesus, e essa polêmica emerge dos próprios evangelhos. Parece que o próprio Batista não estava muito convencido do carisma profético de Jesus, da messianidade de Jesus”, aponta Maerki. “Tanto que quando ele estava preso, ele enviou alguns de seus seguidores, os que mais confiava, para perguntarem em seu nome se Jesus era aquele que havia de vir de fato ou se ele devia esperar outro.”
“Isso revela, indiretamente, uma dúvida de João Batista, ou seja, a Igreja sempre aceitou João Batista como esse grande profeta mas talvez nem o próprio João Batista acreditasse nisso”, analisa o pesquisador.
Para Maerki, outro fato que corrobora essa tese é que mesmo que o relato bíblico aponte que, no episódio do batismo de Jesus, João e os demais presentes souberam, por uma voz, que estavam diante do filho de Deus, “o eleito”, ele não decidiu dissolver seu grupo, sua escola de pregação, tampouco se unir aos seguidores de Jesus. “Ele continuava sua caminhada, paralelamente à caminhada de Jesus. Isso é muito significativo”, comenta.
Nesse sentido, há o entendimento de que os seguidores de João Batista poderiam respeitar e considerar Jesus um grande mestre, mas não um messias. E que, em última análise, essa posição poderia ser a mesma de João, uma vez que ele manteve suas pregações.
“Depois que Batista foi executado, formou-se um grupo de seguidores que inclusive passaram a defendê-lo como o verdadeiro messias”, conta Maerki. “Ele se transformou em uma espécie de rival de Jesus. Isso não é comentado na bíblia canônica, mas aparece em texto apócrifos.”
No texto apócrifo conhecido como Evangelho de Tomé, Jesus teria dito que “ninguém é tão maior do que João Batista”. “Isso é parecido com o Evangelho de Lucas, em que aparece algo assim, de que ‘entre os nascidos de mulher, não há profeta maior do que João Batista, mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele'”, diz o pesquisador.
“Isso talvez seja o pano de fundo, e essa fala de Jesus seja justamente em torno dessa polêmica, dessa rivalidade existente entre os dois”, explica.
Festas juninas
São João em Salvador
Divulgação
Polêmicas à parte, fato é que João Batista se tornou das figuras mais importantes para o cristianismo, e um santo muito popular. Como personagem, transcende o catolicismo — tornou-se figura folclórica, celebrada, ao lado de Santo Antônio e São Pedro, nas famosas festas juninas tão tradicionais nesta época do ano no Brasil.
Algumas lendas ajudam a explicar os elementos típicos da comemoração. “Uma antiga tradição diz que João nasceu no alto de uma montanha e que uma fogueira foi acesa quando sua mãe, Isabel, entrou em trabalho de parto para avisar aos parentes que moravam na planície. Pode ser daí o início das festas de junho, juninas”, diz Lira.
“Primeiro se celebra Santo Antonio, jovem na história do cristianismo, depois João e Pedro contemporâneos de Jesus. As festas brasileiras vieram com o colonizador português e aqui no Nordeste brasileiro têm características bem próprias e animam as noites do sertão e da cidade, incluindo a tradição de se tomar afilhados, padrinhos, compadres de fogueira, com a intercessão do santo.”
“Nos locais nos quais João é padroeiro o novenário é de nove dias, sendo o dia 24 o principal da festa. Catolicamente é esse o rito, mas, o folclore o celebra com fogueira na véspera e outras tradições. A Igreja celebra do seu modo a festa, mas, não há qualquer tipo de proibição formal aos outros festejos aos santos. E viva São João”, enaltece o hagiólogo.
Arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Orani João Tempesta — que tem João como segundo nome justamente porque nasceu na véspera da festa de João Batista, em 1950 — também vê com bons olhos as festividades populares.
“O mês de junho traz para nós, brasileiros, a oportunidade de confraternização, participação e, ao mesmo tempo, alegria”, comenta ele. “É tempo de comemorar os santos Antônio, João e Pedro e, também, confraternizar com as pessoas juntos, sentir essa proximidade, celebrar a presença na região, na cidade.”
“Vemos São João sendo celebrado em todo lugar, com tradições, alimentos, bebidas, fogueira, fogos, bandeirinhas… Enfim, cada lugar tem um pouco suas características. Como nasci na véspera de São João, nunca faltou, em minha infância a comemoração folclórica da festa de São João, com os doces próprios e as comidas típicas”, ressalta o cardeal. “Isso faz bem para o povo. Nosso povo necessita desses momentos de folguedo, de podermos estar um pouco mais tranquilos e celebrando uns com os outros em meio a tantas dificuldades.”
Tempesta acredita que tais eventos servem para que todos possam “festejar a nossa esperança e a confiança de poder ver dias melhores de paz e fraternidade”.

Fonte: G1 Mundo

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Vírus da pólio é encontrado no esgoto de Londres e gera temor de volta de doença


Autoridades de saúde dizem que pais devem se certificar de que seus filhos foram vacinados contra doença. Os ‘pulmões de aço’ permitiam que os pacientes com pólio continuassem a respirar
Getty Images via BBC
O vírus que causa a poliomielite foi detectado em um número preocupante de amostras de esgoto em Londres, segundo autoridades de saúde. A doença era comum no Reino Unido na década de 1950, mas foi erradicada em 2003.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) diz que o vírus provavelmente foi trazido a Londres por alguém recentemente vacinado no exterior com uma forma viva do vírus.
A agência diz que o risco é baixo, mas os pais devem garantir que seus filhos estejam totalmente imunizados contra a doença.
“A maior parte da população do Reino Unido estará protegida por ter recebido a vacina na infância, mas em algumas comunidades com baixa cobertura de vacina, as pessoas podem estar em risco”, diz Vanessa Saliba, epidemiologista consultora da UKHSA.
Baixa vacinação contra pólio no Brasil e novos casos no mundo acendem alerta para risco de volta da doença já erradicada no país
Uma vacina inativada contra a poliomielite é usada no Reino Unido como parte do programa de imunização infantil. Ela é administrada em crianças três vezes antes de elas completarem um ano de idade, e depois novamente aos três e 14 anos de idade.
Em Londres, cerca de 86% das crianças receberam as três primeiras doses, bem abaixo do resto do Reino Unido, cujo índice fica acima de 92%.
As autoridades de saúde declararam que a volta do vírus da pólio é um “incidente nacional” e informaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) da situação.
Detecção em esgoto
Nos últimos quatro meses, a UKHSA encontrou o vírus da poliomielite em amostras coletadas nos esgotos de Beckton, que atende uma população de quatro milhões no norte e leste de Londres.
Os cientistas acreditam que o vírus se originou de alguém que foi imunizado no exterior com a vacina oral viva contra a poliomielite, que não é usada no Reino Unido desde 2004.
Essa pessoa provavelmente tinha vestígios do vírus em seu intestino, que foram detectados pela amostragem do esgoto.
Em casos raros, essa forma do vírus pode ser transmitida a outras pessoas e sofrer mutação, no que é conhecido como poliomielite “derivada da vacina”.
Embora mais fraca do que a forma original ou natural da doença, ela ainda pode causar doenças graves, incluindo paralisia, em pessoas não vacinadas.
Um pequeno número de amostras do vírus da poliomielite é detectado a cada ano na amostragem do esgoto, mas esta é a primeira vez que um conjunto de amostras geneticamente ligadas foi encontrado repetidamente durante um período de meses.
Autoridades de saúde dizem que isso sugere que houve alguma disseminação entre indivíduos em Londres.
Nenhum caso real de poliomielite foi detectado e não houve relatos de sintomas raros, mas graves, no Reino Unido.
O ministro da Saúde, Sajid Javid, disse à BBC que não está “particularmente preocupado” com a detecção da pólio. Ele diz que o Reino Unido tem uma alta taxa de vacinação contra o vírus, sem casos desde 2003.
O sistema público de saúde (NHS) em Londres disse que vai entrar em contato com pais de crianças com menos de cinco anos em Londres que não estão em dia com suas doses.
Doença rara
A poliomielite é uma doença rara e se espalha depois que uma pessoa não lava as mãos adequadamente após usar o banheiro e depois toca alimentos ou água consumidos por outras pessoas. A doença também se transmite por tosse e espirro, mas isso é mais raro.
A maioria das pessoas não apresenta sintomas e se cura sem nem saber que foi infectada. Um pequeno número tem sintomas semelhantes aos da gripe por até três semanas.
Não existe tratamento específico e as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento para os sintomas.
Em um número muito pequeno de casos — entre um em cem e um em mil — o vírus da poliomielite ataca os nervos da coluna e da base do cérebro. Isso pode causar paralisia, geralmente nas pernas. Se os músculos respiratórios forem afetados, a doença pode ser fatal.
A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite.
No Brasil
No Brasil, todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. O esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina de gotinha.
Essa vacina de gotinha foi criada no Brasil pelo cientista americano-polonês Albert Bruce Sabin (1906-1993).
A poliomielite é considerada erradicada no Brasil. O último caso de poliomielite no Brasil foi confirmado em março de 1989, na Paraíba. A OMS certificou a erradicação da doença no país em 1994.
Mas segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Brasil está na lista de países em que existe risco de volta da poliomielite.
Brasil, Bolívia, Equador, Guatemala, Haiti, Paraguai, Suriname e Venezuela são os países das Américas com alto risco de volta da poliomielite, segundo informes divulgados pela Opas ao longo do segundo semestre de 2021. De acordo com a entidade, a baixa taxa de vacinação nesses locais representa um perigo para todo o continente, que não registra um único caso da doença há exatos 30 anos.
‘Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-61921539’

Fonte: G1 Mundo