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Balanço de protestos pelo preço dos combustíveis no Equador: 3 presos e cem feridos

Estima-se que cerca de 14 mil manifestantes participam de manifestações em diferentes partes do país. Em algumas regiões os protestos são mais intensos. Organizações denunciam violações de direitos humanos em protestos no Equador
Três pessoas morreram e quase cem ficaram feridas em 11 dias de intensos protestos no Equador contra o aumento dos preços dos combustíveis, segundo balanço desta quinta-feira (23) de organizações de direitos humanos.
As informações da Aliança de Organizações para os Direitos Humanos descreveram as seguintes mortes:
Um homem de 38 anos morreu na cidade de Tarqui na quarta-feira; um cartucho de gás lacrimogêneo ao lado de seu corpo, mas a polícia indicou no boletim de ocorrência que a causa da morte foi uma crise hepática;
Na segunda e terça-feira, outras duas pessoas morreram, segundo a Aliança.
Além desses casos, há registros de 92 feridos e 94 detidos desde 13 de junho. Segundo a polícia, há 117 soldados e efetivos feridos.
Manifestações pelo Equador
Estima-se que cerca de 14 mil manifestantes participam de manifestações em diferentes partes do país. Em algumas regiões os protestos são mais intensos.
Uma das principais reivindicações é o pedido para que o governo reduza os preços dos combustíveis e tomar ações para baixar o custo de vida.
Em Quito, mais de 10 mil pessoas começaram a protestar na segunda-feira e, desde então, se organizaram em diferentes atos pela cidade para aumentar a pressão sobre o presidente Guillermo Lasso.
Algumas marchas são festivas, outras fazem fogueiras com pneus em chamas em seu rastro e, à noite, eventualmente há tumultos. A capital está semi-paralisada, há escassez de produtos nos bairros mais atingidos e falta de serviço de ônibus.
Exigências dos manifestantes
Os indígenas são a maioria dos manifestantes no Equador. Eles exigem a revogação do estado de emergência que rege 6 das 24 províncias e a capital, com um robusto destacamento militar e toques de recolher noturnos.
O Executivo recusa-se a aceitar essa condição para sentar-se à mesa e assegura que as exigências dos manifestantes são inviáveis.
A redução dos preços dos combustíveis, como os indígenas clamam, custaria ao Estado mais de US$ 1 bilhão por ano, segundo o governo. Mas os indígenas garantem que estão colhendo com prejuízo e seus territórios estão afundando na pobreza.
Na quarta-feira, cerca de 300 pessoas tomaram uma grande usina na província andina de Tungurahua , embora nenhum dano grave ou interrupção do serviço tenha sido relatado.
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Fonte: G1 Mundo