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Corte Suprema respalda lei marcial no sul das Filipinas

Proclamação foi feita pelo presidente no fim de maio, depois que homens ligados ao Estado Islâmico dominaram cidade de Marawi. Combates seguem no local há mais de um mês, e já provocaram deslocamento de milhares de pessoas.

Soldados carregam corpo de colega morto durante combates entre forças estatais e Estado Islâmico, no sul das Filipinas (Foto: RICHELE UMEL / AFP)Soldados carregam corpo de colega morto durante combates entre forças estatais e Estado Islâmico, no sul das Filipinas (Foto: RICHELE UMEL / AFP)

Soldados carregam corpo de colega morto durante combates entre forças estatais e Estado Islâmico, no sul das Filipinas (Foto: RICHELE UMEL / AFP)

A Corte Suprema das Filipinas respaldou nesta terça-feira (4) a proclamação da lei marcial pelo presidente Rodrigo Duterte na região sul do país.

O chefe de Estado considera a medida necessária para combater os extremistas ligados ao grupo Estado Islâmico (EI) que tem atuado no sul do país.

Duterte anunciou a lei marcial na região de Mindanao, abalada pela insurgência islamita, em 23 de maio, horas depois da ocupação de parte da cidade de Marawi por centenas de homens armados e com bandeiras do EI.

Ao aplicar a lei marcial em determinada região, o presidente filipino coloca aquela área sob o controle das forças armadas. A lei marcial permite que pessoas sejam mantidas presas sem acusação formal por longos períodos e abre a possibilidade de suspensões de direitos civis. Ao longo da história do país, este recurso já foi aplicado outras vezes, sendo a última em 2009, sob a presidente Gloria Macapagal Arroyo.

Os combates tiveram início após o fracasso de uma operação militar para prender Isnilon Hapilon, líder do grupo jihadista Abu Sayyaf, também vinculado ao EI, e que permanecia protegido por membros do Maute.

Os confrontos com o exército prosseguem há mais de um mês na localidade, o que caracteriza a maior crise de segurança interna do país em anos e já provocou o deslocamento de milhares de pessoas.

Parlamentares da oposição haviam solicitado à Corte Suprema a suspensão da lei marcial “por falta de fundamento”.

No entanto, os juízes rejeitaram o pedido, informou o porta-voz do tribunal, Theodore Te, que não divulgou os argumentos usados para basear a decisão.

Segundo a Constituição vigente, a lei marcial nas Filipinas pode ser aplicada durante um máximo de 60 dias e, após este prazo, o Congresso tem poder para prolongá-la. A medida é considerada um recurso para prevenir ou reprimir atos de violência, invasão ou rebelião.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/corte-suprema-respalda-lei-marcial-no-sul-das-filipinas.ghtml

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