Meio-campista quer estar à disposição de Cuca para o segundo jogo, no dia 9 de agosto. Ele analisa o Barcelona de Guayaquil e pede atenção ao rival do Palmeiras desta quarta-feira
Depois de muito analisar o mercado e procurar opções para completar o elenco comandado por Cuca, o Palmeiras deve ter dentro do seu próprio elenco um grande reforço para o mata-mata da Libertadores. Em fase final de recuperação de uma grave lesão no joelho, Moisés conta os dias para voltar. Retorno que, segundo o meia, está próximo de acontecer.
Em conversa com o GloboEsporte.com, após um treino físico na Academia de Futebol, Moisés afirmou que trabalha com a ideia de ficar à disposição para o jogo de volta das oitavas de final do torneio, contra o Barcelona de Guayaquil. Visitante nesta quarta-feira, no Equador, a equipe faz a segunda partida em casa, em 9 de agosto.
– Há a possibilidade porque a minha evolução é muito grande. É remota, mas me sinto muito bem. Vou evoluindo bem a cada dia. Não dá para cravar exatamente o dia, mas há a possibilidade de ser no jogo de volta (contra o Barcelona) ou depois de 15 ou 20 dias. Não vai fugir muito disso. O importante é voltar 100% para não ficar indo e voltando para o departamento médico. Estamos procurando evoluir de uma forma rápida, mas segura, sem que me prejudique de forma alguma, e eu possa voltar no meu melhor nível possível – disse Moisés.
Dono da camisa 10 nesta temporada, ele não atua desde 19 de fevereiro, quando rompeu os ligamentos colateral medial e cruzado anterior do joelho esquerdo, em uma disputa no jogo contra o Linense, pelo Campeonato Paulista. Neste momento, ele se encontra em fase de transição física, última etapa antes de ser liberado para as atividades com bola sem restrição, ao lado dos companheiros.
Uma mudança recente no regulamento, com a Libertadores já em andamento, colaborou para que seu sonho de voltar ainda nas oitavas de final tenha chance de ser concretizado. Na semana passada, a Conmebol deu aos clubes a oportunidade de fazer máximo de seis alterações na lista inicial de inscritos – anteriormente, eram permitidas apenas três mudanças para o início do mata-mata.
“Fiquei apreensivo quando eram só três (mudanças na lista de inscritos) porque estão chegando jogadores”
Quatro trocas foram feitas na última segunda-feira, já para o jogo de ida contra o Barcelona: os zagueiros Luan e Juninho, o lateral-direito Mayke e o volante Bruno Henrique, todos contratados no decorrer da temporada, foram inscritos. Restam, portanto, duas vagas a serem preenchidas até 7 de agosto, 48 horas antes do jogo de volta.
– Eu cheguei a ficar apreensivo porque sabia que ia me recuperar, se não fosse agora para o segundo jogo das oitavas, para as quartas eu estaria 100%. Fiquei apreensivo quando eram só três (mudanças na lista de inscritos) porque estão chegando jogadores e eu entenderia perfeitamente se não estivesse na lista agora. Chegaram cinco ou seis aptos para jogar, então têm que ser inscritos mesmo. Mas eu ia ficar triste por dentro, claro. Agora, como aumentou, me deu mais motivação. Pode ter certeza que, não sei se o melhor reforço está aqui dentro, mas com mais vontade do que eu ninguém está. Assim que voltar vou mostrar isso dentro campo – falou o camisa 10 do Verdão.
Enquanto a hora não chega, Moisés segue se recuperando e acompanhado a equipe de fora. Nesta quarta-feira, ainda como torcedor, ele verá da televisão o duelo no estádio Monumental Isidro Romero Carbo, ciente do que o time de Cuca poderá enfrentar em Guayaquil.
– Eu assisti aos dois jogos deles contra o Botafogo, nem imaginava que seria o nosso adversário. Aqui no Palmeiras muitos jogadores gostam de ver futebol, é importante para conhecer os adversários. Todos sabem das qualidades da equipe do Barcelona e estão se preparando bastante sabendo da dificuldade do jogo lá. Se conseguirmos fazer o nosso futebol, se estivermos concentrados e bem focados no jogo, com a qualidade do nosso elenco temos tudo para conseguir um bom resultado.
Confira outros trechos do papo com Moisés:
As duas lesões no Palmeiras (o meia operou o pé esquerdo por causa de uma fratura)
São momentos diferentes, mas as pressões são iguais. Quando eu machuquei antes muita gente falou: “Ah, veio para o spa do Palmeiras, mais um jogador machucado, vamos ver se joga ou não joga”. Tinha pressão de entrar e mostrar futebol. Agora tenho a responsabilidade de voltar no mesmo nível em que eu saí. É normal por vestir a camisa do Palmeiras, faz parte a partir do momento que você assina o contrato. Encaro isso com naturalidade. Sei da minha qualidade e do meu potencial.
Recuperação
O que o Palmeiras tem me ajudado aqui em forma de preparação e estrutura vou procurar retribuir dentro de campo. O apoio do torcedor foi fundamental na minha recuperação, tenho certeza que vão me apoiar na volta também, sabendo que não é da noite para o dia que vou jogar o futebol que terminei o ano passado. Mas com a vontade que eu estou sei que o mais rápido possível isso vai ser solucionado. Vou voltar e voltar bem.
Otimismo para voltar
Foi uma lesão grave, não foi simplesmente o ligamento cruzado como acontece na maioria. Tive umas complicações a mais. Mas a estrutura do Palmeiras me possibilitou voltar em um tempo bom. Tenho certeza que vou voltar antes do previsto pela minha lesão. Se fosse até sete meses (de recuperação) ainda estaria dentro do previsto, mas acredito que vou voltar antes disso. Eu tenho de procurar fazer o meu melhor no dia a dia para voltar bem, voltar a ser aquele Moisés que terminou no ano passado.
Vídeos com lances de 2016
Eu fico vendo muito, é uma forma de se motivar, de estar recordando. Por mais que a gente saiba das nossas qualidades, é sempre bom rever as coisas boas que você fez. Eu vejo, procuro responder, comentar e curtir quando postam algo porque o carinho do torcedor faz diferença. Eu lembro a primeira vez que machuquei em 2016. Dessa grande torcida que hoje me apoia muitos me criticaram porque eu cheguei machucando. Mas é uma coisa que não foi culpa minha, não foi falta de preparação, foi pancada. Não tinha o que fazer. Entendo também a situação, alguns jogadores vinham se machucando havia algum tempo. Hoje é diferente. O que eles fazem me dá bastante força
Lateral para a grande área
Eu falei com o Dudu (o atacante cobrou um lateral para a grande área na partida contra o Cruzeiro): “Caramba, que força é essa”? É bom porque é uma jogada que muita gente aproveitou para criticar no ano passado, para achar alguma forma de diminuir o nosso título, mas que hoje todo mundo faz. Aqueles que colocaram Cucabol têm de inventar “bol” para todo treinador porque todo time faz isso. O futebol gira muito rápido, tem de procurar evoluir e fazer, sim. Tem dado resultado, e é importante. Não é porque as pessoas falam mal que vamos deixar de fazer
Tem espaço para outra tatuagem? (o meia tatuou a taça do Brasileirão no braço direito)
Sem dúvida, a Libertadores é o título que poucos jogadores conseguem, como o Brasileiro. Se a gente conseguir irei tatuar a taça porque vai ser uma forma marcante depois de uma lesão terminar com título. Independente se for a Libertadores ou outra conquista.