Amado Boudou, ex-ministro da Economia e vice-presidente da Argentina no governo de Cristina Kirchner, foi considerado culpado e condenado nesta terça-feira a cinco anos e 10 meses de prisão por corrupção em julgamento nesta terça-feira (7).
O 4º Tribunal Federal, em Buenos Aires, decidiu que um acordo que Boudou fez para comprar uma empresa falida de impressão de dinheiro era “incompatível com o cargo público”. O político, segundo a acusação, ajudou a companhia a sair da da falência em troca de uma participação acionária em 2010, quando era ministro da Economia. Ele se declarou inocente.
Boudou tornou-se a autoridade mais graduada no governo de Cristina a receber uma sentença de prisão, mas vários ex-funcionários estão enfrentando acusações de corrupção.
Governo Kirchner no alvo das investigações
Cristina Kirchner durante discurso no Unidad Ciudadana (Foto: Martin Acosta/Reuters) Cristina Kirchner durante discurso no Unidad Ciudadana (Foto: Martin Acosta/Reuters)
Cristina Kirchner durante discurso no Unidad Ciudadana (Foto: Martin Acosta/Reuters)
O avanço nos processos judiciais contra ex-autoridades desde que o presidente Mauricio Macri assumiu em dezembro de 2015 foi anunciado como um marco para um país há muito tempo conhecido pela impunidade, mas Cristina Kirchner e seus aliados alegam que os casos são perseguição política.
Cristina foi acusada de corrupção, mas goza de imunidade à prisão como senadora — ela foi eleita ao Senado em 2017. Ela admitiu possível corrupção em seu governo, mas nega ter cometido erros.
Entenda como Cristina Kirchner sobrevive aos escândalos de corrupção
Antes de a sentença ser lida, Boudou disse que o caso era “uma questão de vingança” contra integrantes do governo de centro-esquerda de Cristina.
Na semana passada, a polícia argentina prendeu 12 pessoas acusadas de corrupção durante o kirchnerismo.