Categorias
BRASIL SLIDE

PF faz buscas na casa do ministro Blairo Maggi em Brasília

A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (14) buscas em endereços ligados ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP).

Um mandado está sendo cumprido no apartamento dele em Brasília, na asa sul.

A operação ocorre com discrição. Um carro da PF está estacionado em frente ao edifício e dois agentes aguardam no térreo enquanto as buscas estão sendo realizadas.

O ministro foi alvo da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), homologada em agosto. Silval sucedeu Maggi no governo de Mato Grosso.

Em sua delação premiada, ele afirmou que Maggi participou de um esquema de pagamento de mensalinho para deputados estaduais para comprar apoio ao governo.

Maggi foi governador de Mato Grosso de 2003 a 2010.

A ação faz parte da Operação Malebolge, a 12ª fase da Ararath, que tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em 64 endereços em cidades de Mato Grosso, São Paulo e Brasília. Participam da ação 270 policiais federais e membros do MPF.

A Polícia Federal também cumpre mandado de busca e apreensão na Câmara, no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT).

Ele foi um dos que foram filmados recebendo dinheiro das mãos de Silvio Araújo, ex-chefe de gabinete de Barbosa.

Outro alvo de buscas é o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), que também foi filmado recebendo dinheiro em espécie quando era deputado estadual.

MENSALINHO

Na delação, Barbosa relata que no governo de Maggi “começou a se operar o chamado ‘mensalinho’ no ano de 2003, quando o colaborador era da Mesa Diretora [da Assembleia Legislativa]. Esse mensalinho era uma vantagem indevida que era paga para cada deputado estadual do Estado de Mato Grosso, tendo começado no ano de 2003, em torno de R$ 30 mil reais por deputado”.

Segundo Barbosa, foi feito um acerto entre a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e Maggi para que o governo aumentasse a mesada dos deputados estaduais.

“No ano de 2003 houve um acréscimo de R$ 12 milhões a 15 milhões no orçamento da Assembleia Legislativa para que pudessem retirar desse valor as vantagens indevidas”.

A PF também está fazendo buscas em gabinetes de deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso que foram citados da delação de Barbosa.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *