A medida adotada pelo prefeito Carlos Amastha vem mesmo com a recomendação do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública em não cortar o ponto dos professores, mas a prefeitura insistiu na posição informando que “não há como pagar por quem não trabalhou”.
Em nota divulgada para a imprensa local, a prefeitura destacou que “não cortar os pontos dos faltosos, seria um desrespeito aos mais de 14 milhões de sofríveis desempregados do país, à honra de mais de 11.000 servidores públicos municipais, à dignidade dos demais servidores da educação que ordeiramente cumpriram suas jornadas de trabalho e principalmente à decência de 300.000 palmenses que esperam a moralidade, a ética e a honestidade da coisa pública”.
Como a ameaça de corte de ponto já vinha sendo passada desde o início da greve, os professores começaram a mobilizar uma campanha de doação de alimentos ainda na semana do dia 18, quando vários pontos de coleta da Capital começaram a receber alimentos, como a Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, escolas da Capital e a sede do Sindicato dos professores.
Reposição
De um lado, o Executivo Municipal afirma que as aulas não serão repostas, uma vez que a prefeitura conseguiu manter o funcionamento das escolas durante o período de paralisações. Órgãos como o Ministério Público Estadual contestam essa afirmação, bem como diversos pais de alunos, que chegaram a realizar encontros na capital ao longo da greve para discutir o assunto.
A greve dos profissionais da educação começou no dia 05 de setembro, e seguiu até o ultimo dia 26, na terça-feira, quando em assembleia geral da categoria, foi decidido por votação a suspensão da greve por tempo indeterminado. Em nota oficial, o SINTET (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins) afirmou que irá continuar buscando diálogo com os
gestores.
O jornal Primeira Página acionou a prefeitura de Palmas para comentar a questão, mas até o fechamento da edição não houve retorno par parte da assessoria de imprensa.