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Simone Veil, defensora do aborto e sobrevivente de Auschwitz, morre na França

Feminista foi ministra francesa da saúde e impulsionou a legalização do aborto em 1975. Ela morreu aos 89 anos em Paris.

Simone Veil, em foto de arquivo de 16  de outubro de 2007 (Foto: AFP)Simone Veil, em foto de arquivo de 16  de outubro de 2007 (Foto: AFP)

Simone Veil, em foto de arquivo de 16 de outubro de 2007 (Foto: AFP)

Simone Veil, ícone da luta pelos direitos da mulher, morreu aos 89 anos, nesta sexta-feira (30), em sua casa em Paris. A informação foi divulgada pela família.

Quando foi ministra da saúde, na gestão de Valéry Giscard d’Estaing, a feminista impulsionou a legalização do aborto em 1975.

Simone Veil nasceu em 13 de julho de 1927, em Nice (sul da França). Em 1944, aos 16 anos, ela foi deportada junto com a família, para o campo de concentração de Auschwitz. Seu pai, mãe e irmão foram vítimas do Holocausto e ela carregava o número de prisioneira, 78651, tatuado em seu braço.

Após a guerra, estudou direito na tradicional Ciências Po, em Paris. Ao longo de sua carreira política, Simone tornou-se uma defensora da União Europeia. Em 1979, ela foi eleita a primeira presidente do parlamento europeu. Em 2010, ela se tornou a sexta mulher a entrar para a Academia Francesa.

Simone vinha com a saúde fragilizada havia vários anos. Em 2016, foi internada com problemas respiratórios, segundo a France Presse.

Repercussão

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez uma homenagem à Simone Veil em sua conta no Twitter. “Que seu exemplo possa inspirar os nosso compatriotas, porque neles estão o que há de melhor da França”.

Très vives condoléances à la famille de Simone Veil. Puisse son exemple inspirer nos compatriotes, qui y trouveront le meilleur de la France

Em nota à AFP, o agora ex-presidente François Hollande também homenageou uma mulher que “encarnou a dignidade, o valor e a integridade”.

“A França perde uma mulher excepcional, uma grande testemunha e uma militante da memória da Shoa”, afirmou o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif), Francis Kalifat

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