O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou nesta terça-feira (29) que vai eliminar as dez barragens construídas com método semelhante ao de Mariana e de Brumadinho que ainda existem no país. Todas ficam em Minas Gerais.
Em entrevista coletiva, ele comentou a tragédia provocada pelo rompimento de uma barragem da mineradora em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, se rompeu na sexta-feira (25). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da Vale. Entre as vítimas, estão moradores e funcionários da mineradora. A vegetação e rios foram atingidos.
O desastre de Brumadinho deixou ao menos 84 mortos, e 276 pessoas estão desaparecidas. Já o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, ocorreu em novembro de 2015, deixou 19 mortos e causou uma enxurrada de lama que gerou graves danos ambientais.
Números da tragédia em Brumadinho
84 mortos confirmados – 42 identificados (veja a lista)
276 desaparecidos (veja a lista)
192 resgatados (veja a lista)
391 localizados
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Na entrevista desta terça, o presidente da Vale se referiu especificamente às barragens que usam o método de alteamento a montante. As barragens que se romperam em Mariana e em Brumadinho tinham justamente esse tipo de estrutura. Embora seja bastante comum e mais barato, ele é considerado menos seguro por especialistas, em razão dos riscos de acidentes.