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Nível de alerta para atentado permanece crítico no Reino Unido; polícia prende mais dois suspeitos

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse na quinta-feira (25) que o nível de ameaça terrorista permanecerá em nível crítico. O nível de ameaça foi elevado ao seu nível mais alto pela primeira vez em 10 anos por causa do atentado em Manchester. Oito pessoas já foram presas por suspeita de relação com o ataque.

O estado crítico indica que há a possibilidade de um ataque iminente. “O nível de ameaça, avaliado pelo centro independente de análise de terrorismo, permanecerá crítico e o público deve permanecer vigilante”, disse May após uma reunião do comitê de resposta de emergência do governo, segundo a Reuters. Nesta manhã, um pacote suspeito chegou a mobilizar o esquadrão antibombas, e a rainha Elizabeth visitou feridos no ataque em um hospital infantil.

Novas prisões

O atentado, que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, deixou 22 mortos e 64 feridos no final do show de Ariana Grande, que atraiu milhares de crianças e jovens. O suicida, identificado como Salman Abedi, tinha 22 anos, era filho de imigrantes líbios e nasceu em Manchester. Um dos detidos no Reino Unido é irmão de Abedi.

A polícia do Reino Unido informou nesta quinta que prendeu outros dois homens na região metropolitana de Manchester por suspeita de envolvimento com o atentado, subindo para oito o número de detidos no Reino Unido desde o início das investigações. As prisões desta quinta foram classificadas como “significativas”.

Além das oito pessoas detidas em Manchester, o irmão mais novo de Abedi, Hashem Abedi, e o pai do autor do ataque, Ramadan Abedi, foram presos em Trípoli, na Líbia. Hashem planejava um ataque, segundo informou o porta-voz da força líbia que atua contra o terrorismo (Rada).

O governo britânico confirmou na quarta-feira (24) que Salman Abedi estava nos radares do serviço de inteligência britânico e a polícia de Manchester disse que ele fazia parte de uma rede. “Acho que está muito claro que estamos investigando uma rede”, afirmou Ian Hopkins. “E, como eu disse, continua em um ritmo. Há uma investigação extensa acontecendo pela grande Manchester enquanto falamos”.

A ministra britânica do Interior Amber Rudd confirmou que Salman Abedi voltou recentemente da Líbia. Gerard Collomb, do Interior da França, afirmou que ele tinha ligações com o grupo Estado Islâmico e “provavelmente” também visitou a Síria.

Vazamento de informações

A BBC informou que a polícia de Manchester deixou de compartilhar informações com as autoridades dos Estados Unidos após os vazamentos na imprensa de informações sigilosas, de acordo com a agência Efe.

Na quarta-feira (24), o jornal “New York Times” divulgou imagens do local do ataque, que deixou 22 mortos e 64 feridos, entre eles várias crianças, provocou um grande mal-estar entre as autoridades britânicas.

O conselho Nacional de Chefes de Polícia do Reino Unido considerou, em declarações divulgadas hoje pela imprensa local, que “prejudicam as investigações, a confiança das vítimas, dos testemunhas e seus familiares”.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, vai se queixar ao presidente dos EUA, Donald Trump, dos vazamentos de informações, de acordo com a Efe.

Bomba ‘potente e sofisticada’

A bomba detonada no ataque era potente e sofisticada, segundo fotos da polícia britânica reveladas e analisadas nesta quarta pelo jornal “The New York Times”. A análise inicial da bomba, baseada em elementos fotografados e recolhidos na cena do crime, não permitem deduzir a quantidade ou o tipo de explosivo que compunha a carga, mas faz pensar que se tratava de um dispositivo artesanal fabricado depois de uma “profunda reflexão e com cuidado”, segundo o jornal americano.

O periódico publica com exclusividade fotos nas quais são vistos diferentes elementos do explosivo, do detonador a uma bateria, passando por fragmentos de uma mochila azul, pedaços de metal e de parafusos.

Estes elementos, analisados por pessoas especializadas em manejo de explosivos, e que foram consultadas pelo jornal, permitem deduzir que a bomba era “potente, dotada de uma carga ultrarrápida e que o projétil foi colocado com cuidado e metodicamente” para causar o maior dano possível.

Escala em Düsseldorf

A polícia alemã afirmou nesta quinta que Abedi fez uma escala na cidade alemã de Düsseldorf antes do ataque, contradizendo informações divulgadas pela imprensa alemã, segundo a France Presse.

“Segundo as investigações, o suspeito fez uma escala no aeroporto de Düsseldorf para mudar [de avião]. Ele permaneceu um curto período de tempo na zona de trânsito”, indicou a polícia local sem fornecer maiores detalhes sobre a data ou local de chegada do jovem britânico de origem líbia.

O jornal alemão “Focus” havia indicado que os investigadores britânicos da Scotland Yard haviam entrado em contato com as autoridades alemães porque Salman Abedi teria pegado um voo Düsseldorf-Manchester, quatro dias antes do atentado.

fonte:G1

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