Na operação que antecedeu a prisão de Cesare Battisti, a Polícia Federal alertou a polícia boliviana sobre movimentações em Santa Cruz de La Sierra de pessoas próximas ao italiano.
Após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal emitir a ordem de prisão, a divisão de Inteligência da PF identificou que pessoas ligadas a Battisti estiveram no início de dezembro na cidade boliviana, onde o italiano foi preso na noite de sábado.
Os policiais fizeram o chamado “monitoramento pretérito”: rastrearam os passos do círculo próximo de Battisti antes de ele ser considerado foragido.
Dessa forma, dizem investigadores, conseguiriam estabelecer a possibilidade de o foragido ter se deslocado para um lugar onde tinha aliados.
A informação de que essas pessoas ligadas a Battisti estiveram em Santa Cruz de La Sierra levou a PF a acionar polícia boliviana, e essa informação subsidiou as buscas e a consequente captura do italiano.
Battisti foi preso em Santa Cruz de La Sierra e, de lá, foi levado à Itália. O avião com o italiano chegou ao aeroporto de Ciampino, em Roma, nesta segunda-feira (14) às 8h40 pelo horário de Brasília.
Ele desceu do avião escoltado por policiais e sem algemas. Agora, cumprirá a pena prevista na condenação da justiça italiana por quatro homicídios na década de 70. Ele nega ter cometido os crimes.