Em assembleia extraordinária, o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Tocantins (Sindessto) decidiu continuar com a suspensão do atendimento aos usuários do Plano de Assistência ao Servidor (Plansaúde), até que seja feito o pagamento da referência cinco, que totaliza R$ 18 milhões. Ao CT, a presidente da entidade, Maria Lúcia Machado, informou que o débito total do Executivo com os prestadores de serviços é de mais de R$ 120 milhões.
Para que haja o retorno do atendimento, os prestadores de serviços ainda estabeleceram como condição a realização de uma reunião em conjunto com os secretários estaduais de Administração e da Fazenda, até o dia 11 deste mês, para definição de cronograma de pagamentos das demais referências em atraso.
Resposta da Secad
Em entrevista ao CT, nesta quinta-feira, 5, o secretário de Administração, Geferson Barros, disse que realizou parte do pagamento da referência cinco, no valor de R$ 10 milhões, para pessoa jurídica, mas ainda assim os prestadores não quiseram retomar o atendimento.
Geferson disse que vai tentar liquidar mais uma parte do débito nesta sexta-feira, 5, e o restante na segunda-feira, 9. “Vou tentar quitar tudo na segunda e acredito que na terça-feira os prestadores de serviços voltam a atender normalmente”, disse.
O secretário informou ainda que vai marcar a reunião com o Sindessto para tratar do cronograma de pagamento das demais referências que estão em atraso. “Eu vou liquidar a referência cinco e depois eu vou marcar com eles, juntamente com o secretário da Fazenda, essa reunião para terça ou quarta-feira”, finalizou o secretário.
Atendimento de urgência e emergência
Os hospitais e clínicas que prestam serviços aos usuários do Plansaúde paralisaram o atendimento de consultas, exames e cirurgias eletivas. Os atendimentos de urgência e emergência e de pacientes que já estejam internados não foram suspensos.
Entenda
Os prestadores de serviços do Plansaúde suspenderam o atendimento aos usuários do benefício à zero hora desta quarta-feira, 4. Conforme o Sindessto, a decisão foi tomada “após diversas tentativas de negociação com a Secretaria de Administração para recebimento das faturas do PlanSaúde em atraso (meses abril, maio, junho e julho)”.
O Sindessto já tinha ameaçado a suspender a partir do dia 27 já que não recebia uma proposta para pagamento da dívida. Em nota, a Secad disse que estava trabalhando para evitar mais uma suspensão.
Na atual gestão do governo do Estado, os fornecedores já paralisaram o atendimento ao plano inúmeras vezes por falta de repasses.
Confira a íntegra da nota:
“Nota à Imprensa
O Sindessto vem a público comunicar que foi deliberado em Assembleia Geral Extraordinária, neste 04/10, que continuarão com a Suspensão dos atendimentos aos usuários do PlanSaúde até que seja efetuado o pagamento da referência 05/2017 (atendimentos realizados em abril/2017) integralmente a todos os prestadores de serviços de saúde e que aconteça uma reunião em conjunto com os Secretários de Administração e Fazenda até dia 11/10/2017, para definição de cronograma de pagamentos das demais referências em atraso.
Diretoria Sindessto”