Peso-galo brasileiro ainda comenta dificuldade de retomar sequência de vitórias após perda de invencibilidade e volta de Barão aos galos: “Mais uma pedreira rumo ao título”
Um dos principais nomes da nova geração de lutadores de MMA no Brasil, Thomas Almeida volta ao octógono no dia 22 de julho, no “UFC: Wediman x Gastelum”, em Long Island (EUA), enfrentando o americano Jimmie Rivera. Com um pouco mais de um mês para o confronto, o peso-galo brasileiro celebra a oportunidade de mostrar seu trabalho pela segunda vez contra um atleta bem ranqueado na categoria até 62kg.
– Com certeza, estou muito feliz com mais essa chance de entrar no octógono do UFC e, na verdade, essa era a luta que fazia mais sentido para mim. Ele está invicto há muito tempo, com quatro vitórias no UFC, é o quinto no ranking dos galos e, definitivamente, vai ser um grande passo na minha carreira. Mas confio no trabalho que faço aqui na Chute Boxe Diego Lima e tenho certeza que o público que estiver na arena vai se empolgar com essa luta – disse Thomas Almeida, por telefone, ao Combate.com.
Durante quatro anos, ou 20 lutas, Thominhas se manteve invicto como profissional de MMA. No entanto, ao enfrentar Cody Garbrandt, em maio de 2016, o peso-galo brasileiro não resistiu à forte trocação do americano e conheceu sua primeira derrota na carreira, com um nocaute no primeiro round. Após reencontrar o caminho das vitórias em novembro do ano passado, ao vencer Albert Morales por nocaute técnico, Thomas Almeida trabalha para construir uma nova série de invencibilidade e, assim, quebrar a “maldição” que assola lutadores que perderam seus confrontos após anos sem conhecer o amargo sabor da derrota.
– Acredito que o trabalho psicológico é muito importante, independente de qual a situação do lutador. Cada luta é uma luta diferente e o trabalho tem que ser feito especifico para cada situação. O lutador tem que estar confiante e bem de cabeça, ou então, não consegue por em pratica todo seu treinamento. Agora, quando um lutador fica muito tempo sem perder, obviamente, ele chega aos lugares mais altos da sua categoria. E, entre os tops, a disputa é muito grande. Ganhando ou perdendo, sua próxima luta vai ser outra pedreira. Talvez isso justifique essa “maldição”. Eu, particularmente, penso sempre no próximo adversário. Fiz isso por toda a minha carreira. Então, não interessa o que eu já fiz, meu foco agora é só o Jimmie Rivera – comentou o jovem lutador de 25 anos.
Apesar de afirmar que não se preocupa muito em construir novamente a incrível série de invencibilidade que já teve no passado recente, Thomas Almeida sabe das dificuldades que a divisão dos pesos-galos reserva para qualquer lutador. E o nível de exigência tende a aumentar ainda mais, após o retorno do ex-campeão Renan Barão, após uma passagem instável pelos pesos-penas, e de Marlon Moraes, ex-dono do cinturão no evento WSOF, e que, mesmo com a estreia com derrota no UFC, já figura no top 10 do ranking da categoria do Ultimate.
– Acho que a volta do Barão para a categoria significa mais uma pedreira, deixando a categoria como a mais disputada do UFC na minha opinião. Ele é um grande lutador, muito experiente, ex-campeão e bem completo. Não só ele como a maioria dos tops da divisão são muito duros e isso é muito bom, pois vai valorizar muito o meu caminho quando eu chegar no cinturão. Sempre foi uma das divisões mais perigosas e acho que é a mais disputada hoje no UFC. Só tem caras duros, bons e que todos que estão entre os 10, 15 melhores, têm condições de se tornarem campeões em pouco tempo. O Marlon estreou, é novo, o Barão voltou agora, só tem pedreira mesmo. Ainda tem essa situação da lesão do Cody, então não dá pra apostar muito no que vai acontecer. Tem que esperar e ver quem se destaca mais – concluiu Thominhas.
Fonte : sportv.globo.com