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Maduro defende sua legitimidade; chancelaria critica EUA

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, defendeu sua legitimidade neste domingo (6), depois que o líder do Parlamento, que é da oposição, declarou que ele seria um “usurpador” ao assumir um novo mandato na quinta-feira (10).

Com a declaração, o governante publicou a mensagem com uma foto dele na frente de uma multidão de apoiadores.

Mais tarde, no domingo, vestido com uniforme de beisebol, Maduro reapareceu jogando com seus ministros e o alto comando militar – considerado o principal apoio do governo -, em um estádio do Forte Tiuna, a maior instalação da corporação em Caracas.

Depois de tomar posse neste sábado, o presidente do Legislativo, o deputado da oposição Juan Guaidó declarou Maduro um “usurpador” e prometeu criar condições para um “governo de transição” para convocar eleições.

Para isso, o deputado pediu o apoio das Forças Armadas, embora tenha considerado a cadeia de comando “rompida” por se aliar ao presidente.

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Papa Francisco faz alerta sobre ressurgimento do nacionalismo e faz apelo por ajuda a imigrantes

O Papa Francisco fez um alerta nesta segunda-feira (7) contra o ressurgimento de movimentos nacionalistas e populistas. Ele também criticou países que tentam solucionar crises migratórias com ações unilaterais ou isolacionistas.

O papa, em discurso anual para diplomatas, sugeriu que políticas de portas fechadas estão voltando 100 anos no tempo, para o perigoso período entre as guerras mundiais.

Os relacionamentos da comunidade internacional “estão passando por um período de dificuldade, com o ressurgimento de tendências nacionalistas”, dificultando o diálogo entre países e prejudicando os membros mais vulneráveis da sociedade, incluindo os imigrantes, disse o papa.

Nos Estados Unidos, uma paralisação parcial do governo entrou em sua terceira semana, à medida que o presidente Donald Trump se recusa a ceder em sua exigência por um muro ao longo da fronteira do país com o México.

Em um discurso de uma hora, Francisco mencionou diversas vezes a Liga das Nações, que foi criada após a Primeira Guerra Mundial para promover a paz, mas não foi capaz de impedir os movimentos nacionalistas e populistas que ajudaram a desencadear a Segunda Guerra Mundial.

“O reaparecimento desses impulsos hoje está progressivamente enfraquecendo o sistema multilateral”, disse Francisco a enviados de 183 nações durante o discurso, que se referiu a situação de diversos países.

Francisco voltou a elogiar o Pacto Global sobre Migração da ONU que estabelece objetivos para administrar a movimentação de imigrantes. Os Estados Unidos, Itália, Hungria e Polônia estão entre os países que boicotaram a reunião realizada em Marrocos no ano passado para firmar o acordo, enquanto o presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai retirar o Brasil do acordo.

O papa condenou novamente o comércio e posse de armas nucleares, lamentando que esforços passados para chegar ao desarmamento nuclear tenham sido substituídos pela “busca por novas e cada vez mais sofisticadas e destrutivas armas”.

Ele pediu um compromisso mais decisivo com o combate ao aquecimento global e uma “reconsideração de nosso relacionamento com nosso planeta”.

Chamando o abuso sexual de crianças de “uma das pragas de nosso tempo”, Francisco disse que uma reunião de importantes bispos no Vaticano em fevereiro terá como objetivo “lançar total luz aos fatos e aliviar as feridas causadas por esses crimes”.

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Naufrágio de cargueiro no Mar Negro deixa mortos próximo ao litoral da Turquia

O naufrágio de um navio cargueiro no Mar Negro, perto do litoral da Turquia, deixou seis marinheiros mortos nesta segunda-feira (7). Outros sete foram resgatados com vida.

Segundo um marinheiro, citado pela agência turca “Anadolu”, o desastre aconteceu quando uma onda destruiu a proa do cargueiro. De acordo com a Associated Press, o casco se partiu em dois quando a onda atingiu a embarcação.

O navio Volga-Balt 214, de 113 metros de comprimento e com bandeira no Panamá, fazia a rota entre os portos russos e turcos do Mar Negro.

O governador da província turca de Samsun, Osman Kaymak, explicou que a embarcação levava uma carga de 3,3 mil toneladas de carvão mineral. O cargueiro que afundou está agora a uma profundidade de cerca de 2 mil metros, a aproximadamente 130 quilômetros do litoral da Turquia.

Kaymak também disse à “Anadolu” que 11 dos 13 tripulantes eram naturais da Ucrânia. Os outros dois vinham do Azerbaijão. Não se sabe, no entanto, a nacionalidade dos marinheiros mortos.

O resgate

As autoridades turcas receberam um alerta de naufrágio ao amanhecer e enviaram dois navios de resgate. Um deles, porém, precisou voltar por causa do mau tempo, segundo o comunicado divulgado no site do governo provincial.

Um avião, quatro helicópteros e outras embarcações se somaram à operação e detectaram três balsas salva-vidas com os marinheiros sobreviventes.

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Jovem saudita que fugiu da família por medo de ser morta está aos cuidados da ONU

A jovem saudita que se trancou em um hotel no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, está “aos cuidados da ONU”, informou a agência France Presse nesta segunda-feira (7). A mulher de 18 anos, identificada como Rahaf Mohammed al-Qunun, disse à BBC que fugiu por temer voltar à Arábia Saudita e ser morta pela família. Ela disse ter renunciado ao islamismo, uma das razões para a perseguição.

O chefe da imigração da Tailândia, Surachate Hakparn, disse que o país “não a forçaria a sair”. Al-Qunun seria autorizada a ficar no país, segundo a agência AFP, depois de um encontro com representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Sucharate também informou que a jovem pretende pedir asilo em algum outro país. Imagens mostram a saída dela, escoltada, do aeroporto, mas não está claro o local aonde ela foi levada.

Em nota, o Acnur confirmou o atendimento à jovem saudita, e disse que ela deve ter direito ao asilo por correr risco de vida caso retorne ao país de origem. A entidade vinculada à ONU, porém, não forneceu mais detalhes por questões de “confidencialidade e proteção” à vítima.

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França relembra quatro anos do atentado terrorista contra Charlie Hebdo

Esta segunda-feira (7) marca os quatro anos do atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo. O ataque, que deixou 12 mortos, suscitou debates sobre a liberdade da expressão na França que, segundo os dirigentes da publicação, vive um retorno do obscurantismo.

Para lembrar os quatro anos do ataque, a revista lançou durante o fim de semana uma edição especial que chegou às bancas no sábado (5). Fiel a seu estilo provocador, a publicação trouxe em sua capa um bispo e um ímã sobre um fundo preto.

Os dois personagens aparecem soprando a chama de uma vela. Sobre a mesa do desenho, é possível ver a capa do número histórico de 14 de janeiro de 2015, publicado poucos dias depois do atentado.

Numa página dupla central, uma caricatura de Juin mostra os “obscurantistas” celebrando o aniversário do ataque: estão lá o Papa Francisco, membros da família da líder de extrema direita Marine Le Pen, Donald Trump e Michel Houellebecq. O escritor, autor de best sellers recheados de polêmicas, tinha sua caricatura na capa da edição publicada no dia do atentado.

Em editorial, o semanário lamenta que “há quatro anos, a situação com o totalitarismo islamista só piorou (…), a blasfêmia teve filhos. (…) Tudo agora é blasfêmia”. Segundo o Riss, diretor de redação e autor do desenho de capa, não apenas as histórias dos jornalistas e caricaturistas vítimas do atentado foram esquecidas, como também o que significou o ataque. “Temos a impressão de que viramos a página disso, mas, em nossa opinião, esses fenômenos de reações retrógradas continuam presentes, ainda mais que há quatro ou cinco anos”.

Em 7 de janeiro de 2015, dois islamistas radicais entraram na redação do Charlie Hebdo, no centro de Paris, e mataram 12 pessoas – entre elas os caricaturistas Cabu, Wolinksi, Honoré e Tignous, o ex-diretor de redação Charb e o economista Bernard Maris.

O jornal vinha sendo ameaçado em razão do teor de algumas de suas capas, sempre satíricas, nas quais criticava diversos temas de sociedade e frequentemente alfinetava as religiões.

Algumas das caricaturas mais polêmicas da publicação eram as que ilustravam o profeta Maomé. Os irmãos Saïd e Cherif Kouachi, autores do atentado, entraram na redação armados com fuzis de guerra gritando que estavam ali para “vingar o profeta”.

Seguido de uma série de outros ataques – entre eles o da casa de espetáculos Bataclan, no mesmo ano – o episódio colocou a França em um estado de alerta que dura até hoje.

O ataque contra o jornal Charlie Hebdo gerou uma comoção mundial. Uma semana após o atentado, Paris foi palco de uma marcha histórica em homenagem às vítimas que reuniu cerca de um milhão de pessoas, entre eles dezenas de chefes de Estado e de governo.

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ESPORTE

Cruzeiro envia notificação extrajudicial ao Flamengo por aliciar Arrascaeta 24

O Cruzeiro enviou uma notificação extrajudicial ao Flamengo para se queixar de aliciamento a Giorgian De Arrascaeta. A informação foi inicialmente divulgada pelo canal Sportv e confirmada pelo UOL Esporte com a assessoria de imprensa celeste.

Por meio de documento enviado pela Federação Mineira de Futebol (FMF) e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os mineiros alegam que o clube carioca aliciou o uruguaio que ainda não se reapresentou em 2019.

O camisa 10 recebeu oferta do Flamengo em que teria salário perto da casa de R$ 1 milhão e, na última quinta-feira (3), se reuniu com o vice-presidente de futebol, Itair Machado, para solicitar a transferência. O dirigente, entretanto, recusou o pedido do atleta ao saber que o time carioca era quem tinha interesse na contratação.

A proposta para o Cruzeiro era de 10 milhões de euros (R$ 42,4 milhões) por 50% dos direitos econômicos. Destes, a Raposa ficaria com a metade – 5 milhões de euros (R$ 21,2 mi) – por deter 25% dos direitos do jogador.

Sem acordo, o clube entrou em pé de guerra com o estafe de Arrascaeta. O jogador se queixou de ter o seu celular e o do agente Daniel Fonseca divulgados após uma reunião em Belo Horizonte. Ele alega que recebeu inúmeras ameaças e xingamentos nas redes sociais. O atleta, contudo, não foi o único a se manifestar. O Cruzeiro também criticou o agente do jogador e o colocou como vítima do mesmo.

Posteriormente, Itair Machado fez duras críticas ao empresário em entrevista ao canal Fox Sports, o chamando de “bandido”:

“O Djian até perguntou se eu tinha tomado calmante, que o cara me falou um monte, e eu fiquei calado. Então não teve nada, ele está querendo é levar na justiça do trabalho, mas o Cruzeiro deu a nota mostrando para a Justiça do Trabalho e que nossa lei não pode ser refém de um bandido que está dominando a mente do jogador. O que eu quero passar que o nosso jogador está sendo refém de um bandido, que domina a mente do jogador. O cara é bandido”, comentou na ocasião.

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ENTRETERIMENTO

Excluído de discursos, diretor de “Bohemian Rhapsody” celebra no Instagram

Bryan Singer resolveu usar o Instagram para celebrar as vitórias de “Bohemian Rhapsody” no Globo de Ouro 2019. A produção, que surpreendeu ao levar as estatuetas de melhor filme dramático e melhor ator (Rami Malek), leva o seu nome na direção, embora o cineasta tenha sido demitido na metade das filmagens.

O nome de Singer foi evitado pelos produtores e astros do filme conforme eles agradeciam às vitórias no palco do Globo de Ouro neste domingo (6), mas o diretor postou uma foto sua no set com uma legenda simples: “Que honra. Obrigado”.
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Singer foi substituído por Dexter Fletcher (“Voando Alto”) durante as filmagens, mas manteve o crédito final. Reportagens dão conta que os atrasos do cineasta para chegar ao set e os conflitos com o astro Rami Malek renderam sua demissão, mas Singer insiste que se afastou para cuidar de um de seus pais, que estava doente.

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ESPORTE

Sem mexer no elenco, SPFC pode receber mais de R$ 60 mi com transferências 19

O São Paulo tem motivos para olhar com carinho para o mercado da bola. Mesmo sem mexer no seu elenco, o Tricolor paulista pode arrecadar mais da metade da verba prevista com a transferências de jogadores em 2019 – segundo o orçamento, a meta para o ano é alcançar R$ 120 milhões com as saídas de atletas. Caso sejam concluídas as transações de David Neres e Militão, o clube brasileiro vai receber mais de R$ 60 milhões.

Segundo pessoas envolvidas na operação, o Guangzhou Evergrande, da China, está disposto a desembolsar até 35 milhões de euros para tirar David Neres do Ajax. O jogador, que está nos Estados Unidos para disputar a Florida Cup, ficou empolgado com a oferta, e o clube vai avaliar se libera ou não o atleta.

Destaque logo quando chegou ao Ajax, o atacante, de 21 anos, renovou o seu contrato com os holandeses até 2022. No entanto, ele ainda tem 20% dos seus direitos vinculados ao São Paulo, que receberia mais 3,5% por causa do mecanismo de solidariedade da Fifa aos formadores de jogadores.

Desta maneira, caso fosse fechado o acordo por 35 milhões de euros, o Tricolor ganharia 8,2 milhões de euros (R$ 34,4 milhões). Vale destacar, porém, que no ano passado, o jornal holandês “De Telegraaf” havia publicado sobre uma proposta de 30 milhões de euros do Borussia Dortmund, da Alemanha, por Neres que fora recusada.

Já no caso de Militão, de acordo com o jornal espanhol “Marca”, o Real Madrid acompanha os passos do lateral direito e deve apresentar uma oferta em breve. O Manchester United, da Inglaterra, também está interessado no jogador do Porto. A multa rescisória do brasileiro para deixar o clube português é de 50 milhões de euros.

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BRASIL

Em meio à crise, 23 presos fogem de cadeia no Ceará dominada pelo CV

A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará informou que 23 presos fugiram da Cadeia Pública de Pacoti, a 107 km de Fortaleza, na manhã desta segunda-feira (7). Segundo a pasta, os detentos escaparam durante o período de banho de sol, quando pularam o muro da cadeia, tendo acesso à área externa do prédio.

Segundo apurou o UOL, a cadeia de Pacoti abriga presos da facção criminosa CV (Comando Vermelho). No Ceará, os presos são divididos por facções criminosas, já que elas estão em conflito por espaço tanto nos presídios, como fora deles para controlar o tráfico de drogas.

Durante a tarde, procedimentos de busca foram realizados na região, mas, até 14h15, não havia informações sobre recapturas. A secretaria não informou se a fuga tem relação com a onda de ataques que assola o Ceará desde a noite da quarta-feira (2). A fuga será apurada pelas autoridades.

As três facções que atuam no Ceará –PCC (Primeiro Comando da Capital), CV e GDE (Guardiões do Estado)– teriam se unido com o objetivo de retaliar declarações do secretário da Administração Penitenciária estadual recém-empossado, Luis Mauro Albuquerque.

O secretário afirmou durante sua posse não reconhecer o poder das facções no estado e disse que o Ceará passaria a deixar de dividir presos de facções rivais em unidades prisionais diferentes. A divisão é feita em diversos estados para evitar confrontos e mortes dentro de estabelecimentos prisionais, mas as facções acabam dominando as unidades onde são maioria.

A retaliação do crime organizado teve início com ataques na quarta-feira (2) e segue até esta segunda (7). A reportagem do UOL apurou que o número de atentados passou de 125 e atingiu ao menos 36 cidades do estado. Com o reforço na segurança da capital e região metropolitana, onde os ataques estavam sendo concentrados até sábado, a estratégia dos criminosos mudou. Entre ontem e hoje, houve registros de atos violentos no interior.

O governo do Ceará iniciou no domingo a transferência de presos suspeitos de comandar a onda de ataques. O governo federal disponibilizou 60 vagas em presídios federais para os líderes das ações. Segundo o governo estadual, apenas um dos chefes de facção tinha sido transferido até as 10h30 desta segunda –outros 20 presos devem ser levados nas próximas horas.

Em vídeo publicado nas redes sociais na tarde de sábado, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou que a onda de ataques tem como objetivo fazer com que o governo recue de medidas “duras e necessárias” que tem adotado. “O que não há nenhuma possibilidade de acontecer. Pelo contrário: endureceremos cada vez mais contra o crime”, afirmou.

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BRASIL SLIDE

Presidente do Ibama pede exoneração após postagens de Bolsonaro e Salles

Brasília

Um dia depois de ter se tornado alvo em redes sociais do presidente Jair Bolsonaro e do novo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que questionaram o valor do contrato para aluguel de veículos no órgão, a presidente do Ibama, Suely Araújo, pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (7). Ela aguardava ser substituída pelo indicado por Bolsonaro, o procurador da União Eduardo Fortunato Bim, mas decidiu antecipar a saída.

Nomeada em 2016 pelo presidente Michel Temer e indicada pelo então ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, Suely, urbanista, advogada e cientista política tem uma longa carreira ligada ao tema ambiental, tendo sido consultora legislativa na Câmara dos Deputados desde 1991. Ela dá aulas de graduação em gestão de políticas e publicou estudos sobre licenciamento ambiental, política nacional de resíduos sólidos e proteção à biodiversidade.