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Barraginhas chega a última etapa com missão de amenizar seca da região sudeste

Após 17 meses de trabalho ininterruptos, o Projeto Barraginhas chega à última etapa de sua missão de amenizar os efeitos da forte estiagem que atinge as propriedades rurais da região sudeste do Tocantins. O município de Chapada de Natividade já recebe os tratores para a construção de 198 pequenas bacias de contenção de água da chuva, que se somam às mais de 3.400 já entregues até o momento em 18 municípios da região.

Executado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o projeto tem vocação ambiental – seu principal propósito é recarregar o lençol freático castigado pela seca e revitalizar rios e córregos, mas acaba cumprindo papel social por propiciar água para que os pequenos proprietários rurais reguem as plantações e matem a sede das criações.

“O objetivo ambiental é o foco já que ela intercepta agua da chuva, evita erosão do solo e o assoreamento dos corpos d’água”, destaca o diretor de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Semarh, Aldo Azevedo. Ele explica que após a construção, a barraginha leva de dois a três anos para funcionar plenamente, já que é um projeto de médio prazo. “O produtor muitas vezes não entende por que ela seca após as primeiras chuvas. Isso acontece porque ao longo do período chuvoso a barraginha enche e infiltra o solo automaticamente, como uma esponja. Ao longo do segundo ano ela vai saturando, enchendo e recarregando o lençol freático. A partir de então ela se mantém com água estabilizada e mais limpa”, esclarece, ressaltando que cada barraginha pode recarregar o lençol freático no mínimo 25 vezes.

Cada propriedade rural recebe entre três a cinco barraginhas, que tem dimensão total de 16 metros de diâmetro e 1,80 metro de profundidade. Anualmente, uma barragem desta é capaz de recarregar o solo com água equivalente a 500 caminhões pipa de 10 mil litros, explica o diretor. Ele ressalta ainda que a bacia acaba umidificando suas margens, criando áreas propícias para a construção de pequenas hortas para plantio de legumes e hortaliças.

Apesar de não ser indicada para consumo humano, a água retida nas barraginhas é útil para a subsistência do pequeno produtor rural da região, pela importância do acesso aos recursos hídricos na atividade rural. Além de ser uma ferramenta extraordinária para a revitalização de rios e córregos, que também sofrem com a seca, por possibilitar a recarga dos aquíferos subterrâneos.

Projeto

Iniciado em abril de 2016, o projeto já atendeu até o momento 17 cidades, todos na região sudeste: Taguatinga, Ponte Alta do Bom Jesus, Taipas, Arraias, Novo Alegre, Combinado, Lavandeira, Aurora do Tocantins, Novo Jardim, Rio da Conceição, Dianópolis, Porto Alegre, Almas, Natividade, São Valério da Natividade, Santa Rosa do Tocantins e Chapada de Natividade. Atualmente o Projeto está em Chapada de Natividade, o último município beneficiado, totalizando as 18 cidades.

O investimento total do projeto é de aproximadamente R$ 2 milhões, sendo 100% oriundos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos, para a construção de 3.564 barraginhas. Os municípios contemplados ficam todos localizados na parte sudeste do Tocantins, região semiárida de menor índice de precipitação de chuvas no Estado, com 400 milímetros por ano.

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