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Morre Stephen Hillenburg, criador do Bob Esponja, aos 57 anos

Stephen Hillenburg, criador do personagem Bob Esponja, morreu aos 57 anos de idade. De acordo com a Variety, ele sofria de esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa do sistema nervoso, que acarreta paralisia motora progressiva e irreversível.

“Estamos incrivelmente tristes com a notícia da morte de Steve Hillenburg após sua batalha contra a ELA”, diz comunicado da Nickelodeon desta terça-feira (27). “Ele era um amigo querido e um parceiro criativo de todos. Bob Esponja tinha um senso de humor único e uma inocência que trouxe alegria para muitas gerações de crianças e famílias em todos os lugares”.

O animador deixa sua esposa, Karen Hillenburg, e um filho, Clay.

Hillenburg nasceu em 21 de agosto de 1961 em Oklahoma, nos Estados Unidos. Em 1984, ele se formou na faculdade, onde estudou biologia marinha e posteriormente deu aulas sobre o assunto na Orange County Marine Institute.

O interesse pela vida marinha e o amor pela ilustração fizeram com que unisse suas duas paixões na hora de criar personagens e desenhos. Em 1987, começou a estudar animação experimental e mergulhou no setor artístico.

Entre 1993 e 1996, ele trabalhou como diretor de criação da animação “A Vida Moderna de Rocko”. Com o fim do desenho, boa parte desta equipe se reuniria posteriormente para formar o time que idealizou Bob Esponja, cujo primeiro episódio de “Bob Esponja” foi ao ar nos Estados Unidos em 1º de Maio de 1999.

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ENTRETERIMENTO

“Aquaman” é melhor filme da DC desde “Cavaleiro das Trevas”, dizem críticos

As primeiras reações a “Aquaman” foram postadas por críticos norte-americanos nas redes sociais na noite da segunda-feira (26), e parece que o universo cinematográfico da DC finalmente conseguiu voltar às graças da imprensa especializada.

Anteriormente, a franquia inspirada nos quadrinhos da DC só angariou boas críticas com “Mulher-Maravilha” (2017). Títulos como “O Homem de Aço” (2013), “Batman vs. Superman” (2016), “Esquadrão Suicida” (2016) e “Liga da Justiça” (2017) não agradaram.

O jornalista Tom Jorgensen, do podcast da “IGN”, foi um dos mais empolgados: “‘Aquaman’ é o melhor filme da DC desde ‘O Cavaleiro das Trevas'”, escreveu, se referindo ao filme do Batman dirigido por Christopher Nolan em 2008.

“James Wan entrega um épico divertido, cheio de grandes emoções, incríveis visuais submarinos, ação excitante, e muitas risadas. A DC deveria entregar as rédeas do seu universo a ele, pois ele provou que pode endireitar esse barco”, completou.

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Casa Branca divulga relatório sobre mudança climática que contraria políticas de Trump

A Casa Branca do presidente americano, Donald Trump, que se definiu por uma tendência a desdenhar conclusões científicas e apresentar seus próprios fatos, divulgou na sexta-feira (23) um relatório científico que contraria diretamente suas próprias políticas sobre a mudança climática.

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BRASIL

Roraima: governo eleito quer recurso federal para atender venezuelanos Comente

A solução para a migração de venezuelanos passa por mais investimentos federais em Roraima, por maior controle na entrada dos refugiados, por programas de acolhimento em outros estados brasileiros e de devolução dessas pessoas para o país de origem. A avaliação é do governador eleito de Roraima, Antônio Denarium (PSL), em entrevista à Agência Brasil.

Para o governador eleito, a crise migratória é “muito séria” e está sobrecarregando os serviços públicos de Roraima, especialmente as redes de saúde, educação e segurança pública. “O governo federal tem de olhar de forma diferenciada a migração no estado de Roraima, trazendo mais recursos para atender a esse pessoal”, afirmou.

Segundo Denarium, entram no Brasil, por Roraima, de 800 a 1.000 venezuelanos ao dia, e boa parte não tem formação adequada para conseguir emprego. “Roraima está vivendo um caos. É preciso ter consciência que, em um estado com 500 mil habitantes, não vão caber 32 milhões de venezuelanos. Então, esse problema da migração de venezuelanos não é só de Roraima. É um problema do Brasil”, afirmou.

O governador eleito defende que o governo brasileiro faça um plano de retorno dos venezuelanos, contratando empresas de ônibus para levá-los à Venezuela e pagando as despesas no trajeto. “Eu sou favorável a fazer um plano de ação para que o governo brasileiro possa auxiliar os que desejam voltar para a Venezuela”, afirmou.

Há levantamentos, segundo Denarium, indicando que cerca de 2 mil venezuelanos querem retornar para a comunidade de origem, mas não têm dinheiro para custear a viagem. “Os indígenas não têm a menor condição de serem inseridos no mercado de trabalho. Então, seria muito importante que o Brasil fizesse o trabalho de devolução para a Venezuela, onde eles têm as comunidades indígenas de onde vieram”, argumentou.

Bolsonaro manifestou-se ontem contrário à proposta do governador eleito de Roraima. Para o presidente eleito, os venezuelanos não são mercadorias para serem devolvidos. Ele defendeu um controle mais rígido na entrada dos venezuelanos no Brasil e a criação de campos de refugiados.

Para Denarium, é preciso endurecer o controle na fronteira de Roraima com a Venezuela e restringir o acesso de refugiados. Segundo ele, seria necessário cobrar cartão de vacinação e atestado de bons antecedentes, para evitar a entrada de doenças e de criminosos. “Como eles estão vindo como refugiados, não precisam apresentar documentos, simplesmente passam pela fronteira”, explicou.

Esse procedimento, disse Denarium, traz para o país doenças sob controle, como sarampo e poliomielite, criminosos, drogas e armas ilegais. “Com a entrada dos venezuelanos, a maioria dos furtos e assassinatos aqui tem envolvimento de venezuelanos. Então a segurança pública também está comprometida, além de entrar no Brasil drogas, traficantes e armas, o que é um problema muito grave”, argumentou.

O governador eleito disse ter se reunido no Ministério dos Direitos Humanos e discutido a interiorização dos venezuelanos, que já vem ocorrendo. Estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal, têm recebido grupos de venezuelanos.

A proposta é aprimorar essa medida, pagando uma bolsa para as famílias que acolherem os venezuelanos. “A ideia é R$ 300 por mês, por venezuelano acolhido. Então, se uma família lá de Santa Catarina absorver uma família de venezuelanos, com quatro pessoas, receberia uma bolsa de R$ 1.200, por seis meses. Esse é o período ideal para introduzir os venezuelanos na sociedade local e no mercado de trabalho”, afirmou Denarium.

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Sem dinheiro e em forte recessão, argentinos comem pão amanhecido para manter carne 37

A quatro quadras da Casa Rosada, o palácio presidencial, no centro de Buenos Aires, um trabalhador da construção civil organiza o almoço de sua equipe de 25 pessoas.

Em vez de ir buscar sanduíches em algum lugar por perto, ele coloca dois enormes pedaços de carne e linguiças dentro da pá de uma escavadeira mecânica de 90 centímetros de altura que serve de churrasqueira improvisada.

“É um luxo do qual nós não estamos dispostos a abrir mão”, diz Carlos, um dos trabalhadores no intervalo, que pagará 135 pesos (US$ 3,80) pela refeição servida sem salada nem mesmo prato. “Sem o nosso churrasco de fim de semana, nós não sobreviveríamos.”

Os argentinos estão dispostos a sacrificar bastante em meio à recessão mais longa em 17 anos: desde comprar pão amanhecido até renunciar a massas de marcas de primeira linha. Mas não abrem mão da carne bovina.

Na Argentina, o sexto maior país produtor de gado, o churrasco está tão arraigado nos hábitos culinários e sociais que o consumo se mostra resiliente ao aperto do cinto. Os argentinos devoraram seus famosos cortes de carne grelhada a uma taxa anualizada de 57,7 quilos por pessoa nos dez primeiros meses do ano, nível um pouco superior ao dos últimos dois anos, segundo dados compilados pela câmara da indústria e comércio de carnes (a CICCRA). A queda registrada em setembro não durou muito, já que o consumo voltou a subir em outubro.

Os dados mostram que a Argentina ainda é muito mais carnívora do que países muito mais ricos em uma base per capita. A conclusão não surpreende, considerando a maciez e o sabor da carne do país, cujo gado é criado no pasto.

Mas isto acontece em um momento em que a projeção é de a economia ter uma contração de 2% neste ano, com uma inflação de cerca de 40%, um índice de desemprego perto de 10% e uma desvalorização de quase 50% do peso, a maior entre as moedas de mercados emergentes. Não surpreende, portanto, que a confiança do consumidor seja a menor desde a posse do presidente Mauricio Macri, no fim de 2015.

Outros itens básicos estão sendo duramente atingidos.

O consumo de pão caiu 40% em setembro em relação a agosto, segundo uma organização que representa 300 padarias, em parte devido ao aumento dos custos depois que Macri reduziu os subsídios à energia.

“Esta crise é a pior que já vi em meus 76 anos”, disse Daniel Insua, conselheiro e ex-presidente de uma associação de padeiros, por telefone. “Muitos dos nossos membros estão voltando a usar forno a lenha porque sai mais barato do que usar gás natural.”

O consumo de gasolina premium também caiu porque as pessoas estão optando pelo combustível comum, mais barato, e os consumidores estão escolhendo opções mais baratas de massas, arroz e refrigerantes. Mas não há muitos indícios de que estejam procurando proteínas mais baratas.

“Algumas pessoas, principalmente os aposentados, estão comprando menos carne, mas continuam comprando”, disse Delfina Porcel, que tem um açougue e uma mercearia no bairro de Constitución, em Buenos Aires. “A maioria parou de comprar tomate ou alface, mas não carne de vaca.”

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Por que a civilidade ainda é importante na política

Independentemente de sua afinidade partidária, é difícil negar que a política tenha se tornado menos civilizada nessa última década.

Talvez graças às redes sociais, que nos deram acesso mais direto aos pensamentos das pessoas no poder, nunca antes um presidente dos EUA foi tão regularmente descrito por oponentes como “desonesto”, “louco”, “psicótico” ou “mentiroso”.

Até que ponto essa onda de insultos prejudica a imagem de um político diante do público? Ou simplesmente fortalece sua base de apoio?

Tomemos como exemplo um episódio que intensificou as divisões políticas dos EUA: a audiência na qual o juiz Brett Kavanaugh, nomeado para a Suprema Corte, respondeu a acusações de agressão sexual.

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Na ocasião, Christine Blasey Ford acusou Kavanaugh de tentativa de estupro em um forte testemunho. Kavanaugh adotou um tom agressivo contra Ford. Após a audiência, ele defendeu seu discurso, classificando-o como “lúcido” e “muito emotivo”.

Posteriormente, pesquisas de opinião da consultoria Gallup mostraram que não houve mudança na percepção de americanos que eram a favor ou contra a confirmação de Kavanaugh na Suprema Corte americana. Mas houve uma forte queda no número de pessoas indecisas. Kavanaugh foi confirmado no cargo pouco mais de uma semana depois.

Ou seja, no clima de hostilidades atual, talvez não seja mais necessário puxar o freio no tom do discurso.

Jeremy Frimer, da Universidade de Winnipeg, e Linda Skitka, da Universidade de Illinois, em Chicago, exploraram se isso é verdade. Seus resultados, publicados recentemente no periódico Journal of Personality and Social Psychology, um dos mais importantes do meio, são surpreendentes.
Princípio de Montagu

Frimer e Skitka examinaram duas hipóteses. A primeira foi chamada de “Princípio de Montagu”, em homenagem à aristocrata inglesa do século 18, Lady Mary Wortley Montagu, que proferiu a famosa frase: “civilidade não custa nada e compra tudo”. Por esse princípio, a indelicadeza prejudica a percepção que se tem de um político.

A segunda é a “hipótese da carne vermelha”. O insulto pessoal seria como “jogar carne” – ou satisfazer – seus apoiadores. Por essa lógica, apoiadores perceberiam comentários incivilizados como críticas autênticas e honestas que representam seus próprios sentimentos. Na polarização política atual, essa estratégia apelaria para a falta de confiança que que os fãs obstinados de políticos têm sobre seus adversários.

Frimer e Skitka conduziram uma série de experimentos, incluindo análises da influência dos tuítes de Donald Trump em pesquisas de opinião pública e questionários online. Curiosamente, os pesquisadores concluíram que quanto mais agressiva era a linguagem de Trump, menor a aprovação dos participantes. E em casos em que ele demonstrava respeito, sua imagem melhorava.

Uma parte crucial do resultado mostrou que o “princípio de Montagu” – e não o da “Carne Vermelha” – se provou verdadeiro até mesmo entre os apoiadores de Trump.

E isso valia inclusive quando o político respondia a críticas contra sua imagem – uma situação em que teoricamente ele estaria mais justificado a reagir à altura. De forma geral, parece que o público prefere que políticos evitem uma linguagem rude e que não respondam a insultos.

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Mudança de embaixada em Israel está decidida, diz Eduardo Bolsonaro 88

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça (27) que o futuro governo tem a intenção de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. O deputado disse que acredita que já está decidido que a mudança ocorrerá e que “a questão não é perguntar se vai [ocorrer], a questão é perguntar quando será”, afirmou.

“A gente ainda não sabe ao certo dentro do governo a data, como é que ocorre. A gente tem a intenção e a ideia”, disse. A afirmação foi feita em Washington, depois de o deputado ter se reunido na Casa Branca com o conselheiro sênior e genro de Donald Trump, Jared Kushner. Kushner é um dos principais articuladores da política para o Oriente Médio do governo Trump.

No início de novembro, uma visita do chanceler brasileiro, Aloysio Nunes, ao Egito foi cancelada pelo governo do país. O cancelamento ocorreu após o anúncio de Jair Bolsonaro de que tinha a intenção de mudar a embaixada de Tel Aviv para Israel. Sobre o cancelamento, o deputado afirmou que não vê “crise nenhuma”, pois, segundo ele, a visita foi apenas adiada para o próximo ano.

“Quem não foi para o Egito foi só o chanceler Aloysio Nunes. Todo o corpo empresarial que estava previsto para ir para o Egito foi, inclusive a pedido das autoridades egípcias”, afirmou. O deputado também disse que o chanceler do próximo governo, Ernesto Araújo, deve cumprir a agenda e com certeza fará bons negócios lá. “Até porque, neste meio de transição, eu já recebi duas vezes a visita dos embaixadores dos Emirados Árabes Unidos”.

Sobre possíveis consequências para o comércio internacional e represálias de outros países por causa da mudança, o deputado afirmou que acredita que será possível encontrar uma maneira de solucionar a questão. “Eu acredito que a política no Oriente Médio já mudou bastante também. A maioria ali é sunita. E eles veem com grande perigo o Irã. Quem sabe nós apoiando políticas para frear o Irã, que quer dominar aquela região, a gente não consiga um apoio desses países árabes”.

O deputado também afirmou que não conversou com Jared Kushner sobre uma futura visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. Segundo ele, o tema deve ser discutido durante a visita ao Brasil do Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, no dia 29 de novembro, com o presidente eleito Jair Bolsonaro.

O deputado cumpre agenda nos Estados Unidos desde segunda (26), quando se reuniu com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, com o secretário-adjunto do Tesouro Americano, David Malpass, participou de evento no American Enterprise Institute e de reuniões com representantes do Departamento de Estado, do vice-presidente norte-americano Mike Pence, do Departamento de Comércio e do Conselho de Segurança Nacional. Hoje, além do encontro com Kushner, Bolsonaro esteve na Câmara de Comércio Brasil – Estados Unidos, onde se reuniu com empresários e investidores.

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Caso Daniel: MP denuncia família Brittes, “ficante” de jogador e mais três 53

O promotor João Milton Salles, responsável pelo caso Daniel, denunciou sete pessoas nesta terça (27) à Justiça pelo assassinato do jogador. Além da família Brittes, mais quatro pessoas foram denunciadas por envolvimento no crime.

A novidade foi a denúncia também de Evellyn Brisola Perusso, 19 anos, que ficou com a vítima, na festa de 18 anos de Allana, antes do crime. Evellyn responderá por denunciação caluniosa e fraude processual. Ela não será presa.

“Houve uma tentativa de se imputar crimes a terceiros, que sabidamente não participaram. Foi uma tentativa de atrapalhar a investigação. Aí culminou no crime de falso testemunho”, disse o promotor João Milton Salles sobre Evellyn. “Quando ouvida, trouxe à cena do crime o Eduardo Purkote. Na conclusão do inquérito e após a minha análise, chegou-se a conclusão que ele não participou”, explicou.

“Ela não pode ser presa, a pena aplicada a esse crime é relativamente baixa. O crime é de denunciação caluniosa, e o meio utilizado para isso foi um falso testemunho. Ela dolosamente atribuiu essa conduta criminosa ao Eduardo (Purkote)”, completou.

Evellyn foi a testemunha do caso que indicou que o gêmeo Eduardo Purkote teria dado a faca do crime a Edison Brittes Júnior, que confessou o assassinato. Além disso, segundo ela, Purkote agrediu o jogador e quebrou o celular de Daniel. O gêmeo foi solto na última segunda (26) e não foi denunciado por nenhum crime.

Edison Brittes Júnior, Ygor King, David Vollero e Eduardo Henrique da Silva, que estavam no Veloster preto e levaram o jogador para a morte foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Cristiana Brittes foi denunciada por homicídio qualificado. Allana Brittes foi denunciada por fraude processual e coação de testemunha.

Os advogados de defesa de Evellyn manifestaram surpresa com a denúncia. “O Escritório Pereira Jorge, Zagonel e Torres, na qualidade de defensor de Evellyn Brisola Perusso, informa que até o presente momento não teve acesso a denúncia ofertada pelo Ministério Público do Estado do Paraná, divulgada na tarde de hoje em entrevista coletiva, onde o Promotor de Justiça João Milton Salles informou ter denunciado Evellyn por denunciação caluniosa e fraude processual. Entretanto, a defesa manifesta neste ato sua extrema surpresa quanto à denúncia ofertada, uma vez que a Evellyn buscou a todo momento auxiliar as autoridades na busca da verdade, o que restará comprovado em futura instrução processual”, disse por nota oficial.

O advogado da família Brittes informou que se manifestará em coletiva de imprensa. O advogado de Ygor King e David Vollero disse que falará apenas após ter conhecimento da denúncia por escrito. O advogado de Eduardo Henrique, Edson Stadler, afirmou que a denúncia foi feita em meio a um “lastro muito amplo que o inquérito deixou”.

“A denuncia ela se posicionou sobre lastro muito amplo onde o inquérito poderia ter esclarecido tudo e não esclareceu. O representante do Ministério Público ficou com lastro. No meu entendimento, o inquérito não esclareceu as divergências, obscuridades que o caso apresenta. O meu cliente apresentou uma versão diferente de outro. Acareação não foi feita para esclarecer a verdade. Não houve reconstituição de crime que poderia esclarecer. Diante das faltas para esclarecer e aproximar a verdade dos fatos o promotor ficou com lastro amplo e trabalha com ilações, que o inquérito deveria ter suprido”, disse Stadler

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Alvo de críticas de Bolsonaro, BNDES abre informações de empréstimos

Brasília

Alvo de críticas do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o BNDES decidiu abrir ao público informações de empréstimos e investimentos feitos pelo banco nos últimos anos.

Ao anunciar o nome do futuro presidente do banco estatal, Joaquim Levy, Bolsonaro disse que, em seu governo, a caixa-preta do BNDES seria aberta.

Ele se refere a empréstimos feitos pelo banco, nas gestões do PT, a empresas que acabaram investigadas pela operação Lava Jato, como Odebrecht e JBS.

A maior parte das informações, contudo, já está disponível no site do banco, após anos de pressão do TCU (Tribunal de Contas da União) e de parlamentares por maior transparência.

Até 2015, o BNDES mantinha sob sigilo boa parte dos detalhes das operações, como a taxa de juros do financiamento e o saldo das operações de crédito. Isso começou a cair quando, naquele ano, o banco perdeu uma causa no STF (Supremo Tribunal Federal) após tentar proteger do envio de dados ao TCU.

Após a derrota, o BNDES enviou todo seu banco de dados ao TCU, em 2016. E no ano passado os dois passaram a discutir a abertura dos dados no site do banco, o que foi concluído agora.

Nesta terça-feira (27), o banco informou que passou a publicar também informações sobre investimentos feitos pela BNDESPar, braço de aplicação em renda variável do banco, desde 2012.

Em seminário no TCU, o superintendente da área de planejamento do banco, Maurício Neves, disse esperar que, com a divulgação de dados, a pecha de caixa-preta entre em desuso.

“Hoje o BNDES é uma caixa transparente, e gostaríamos que a percepção coletiva fosse essa”, afirmou.

Até janeiro, segundo executivos do BNDES, serão abertos dados desde 2007, o que dará acesso a informações sobre investimentos feitos pelo banco na JBS usados n internacionalização da empresa. Com o dinheiro do BNDES, a JBS se transformou na maior empresa de proteína animal do mundo.

Um dos alvos preferenciais dos críticos são os empréstimos a exportações de serviços no exterior, como a construção de obras em países como Venezuela, Cuba, Moçambique e República Dominicana.

Desde que estourou a Lava Jato, o BNDES não concedeu mais empréstimos para essa finalidade. Moçambique e Venezuela deixaram de pagar o banco, gerando custos para honrar a garantia ao Tesouro Nacional. Cuba está indo pelo mesmo caminho.

O ministro do TCU, Augusto Sherman, elogiou a iniciativa do banco, mas enfatizou que transparência não é apenas divulgar os dados, mas explicar o que de fato ocorreu e quais os impactos das decisões do banco na economia.

“O BNDES está em processo de transparência”, afirmou, ao ser perguntado se o banco deixou de ser caixa-preta.

Ele lembrou que o TCU apontou indícios de irregularidades em duas fiscalizações concluídas recentemente: investimentos feitos na JBS, em 2011, e os empréstimos a construtoras para obras no exterior.

Em ambas, diz Sherman, o banco não esclareceu suspeitas de desvio de finalidade, favorecimento e dano ao Estado.

No caso das construtoras, o TCU quer que o BNDES demonstre que os empréstimos ajudaram a gerar empregos e renda no Brasil.

“Só o esclarecimento dessas informações vai dar transparência às atividades do banco”, disse Sherman.

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Após prometer 15, Bolsonaro diz que número de ministérios não “chega a 20” 12

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que o número total de ministérios em seu governo não deverá ser superior a 20, mas evitou definir um número em entrevista nesta terça-feira (27).

Segundo Bolsonaro, a estrutura do novo governo deverá ser apresentada na quarta-feira (28) pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

“Não vai chegar a 20 não, tá? 20 [ministérios] no máximo ali”, disse Bolsonaro, ao ser questionado por jornalistas.

A ideia inicial anunciada por Bolsonaro ainda durante a campanha era ter 15 ministérios. Hoje, o governo Michel Temer conta 29 ministros, entre chefes de pastas e outros cargos com status ministerial, como os responsáveis pela AGU (Advocacia-Geral da União) e pelo Banco Central.

Segundo Bolsonaro, não será possível atingir o número de 15 ministérios pois foi preciso manter algumas pastas para preservar a qualidade da gestão, além de órgãos que por lei deverão manter o status de ministério.

“Porque a gente vai vendo, por uma governabilidade até, nós não podemos sobrecarregar demais uma pessoa num ministério, então refizemos alguma coisa e, no meu entender, [teremos] metade do que temos atualmente com toda a certeza”, disse Bolsonaro, talvez se referindo ao número de ministérios em governos anteriores, que já chegou a ser de 39 pastas no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), por exemplo.

Segundo Bolsonaro, a ideia é manter os responsáveis pela AGU e pelo Banco Central com status de ministro.

“[Foi] onde nós nos perdemos um pouquinho, queríamos 15 ministérios, e alguns por questão de funcionalidade, nós tivemos que manter o status de ministério”, disse.

O chefe do Banco Central deverá manter o status de ministro até que a independência da autoridade monetária seja aprovada pelo Congresso Nacional.
Toma lá, dá cá

Com a indicação de nomes de fora da política partidária para alguns dos ministérios, o pesselista disse pretender por fim ao modelo de trocar cargos no governo por votos no Congresso.

“O modelo que vigora ainda, de ministérios por votos, não deu certo, mergulhou o Brasil numa ineficiência e mergulhou numa corrupção, os parlamentares mesmo não querem mais isso, porque alguns foram levados para o olho do furacão no vácuo, não queriam estar lá”, disse.

“E grande parte deles, todos com quem temos conversado, acham que o modelo que temos adotado não é o que pode dar certo, é o que tem que dar certo”, afirmou Bolsonaro.
Novos indicados

Bolsonaro disse esperar confirmar nesta quarta a indicação do futuro ministro do Meio Ambiente. Ele disse que tem conversado com duas pessoas e que o cargo não deverá ser ocupado por um militar, como em outros postos importantes do futuro governo.

“Meio ambiente, apesar de eu ser verde, não será [um] militar”, disse, em tom descontraído.