Em meio ao estremecimento acirrado pelo desengavetamento do pedido de impeachment, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro Carlesse (PHS), conversou por cerca de uma hora, na manhã desta quinta-feira, 19, com o governador Marcelo Miranda (PMDB), em audiência no Palácio Araguaia. A assessoria dele, contudo, insiste que a conversa girou exclusivamente em torno de soluções para o trecho da TO-387, conhecido como “curva da morte”, que liga o Tocantins ao município goiano de Montevidiu.
Carlesse havia garantido a líderes políticos e moradores de Palmeirópolis, Paranã, São Salvador e Jaú, que conversaria com Marcelo para discutir possíveis soluções ao trecho. Conforme sua assessoria, o presidente relatou a Marcelo que a “curva da morte” é conhecida assim pelos inúmeros acidentes já registrados, que já mataram nove pessoas.
O governador garantiu que vai determinar aos técnicos da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) a realização de estudos no local, no sentido de encontrar uma solução para o problema.
Antes da reunião com o chefe do Executivo, Carlesse apresentou no plenário um requerimento, em regime de urgência, no qual solicita ao governo intervenções emergenciais no trecho, no prazo de 60 dias. Em sua justificativa, o parlamentar anexou ofícios das Câmaras Municipais das quatro cidades, além de vários boletins de ocorrência que atestam os acidentes.
Impeachment
Carlesse recebeu no dia 4 o parecer da Procuradoria do Legislativo favorável à admissibilidade do pedido de impeachment, mas até agora não anunciou se vai receber o processo e colocá-lo em tramitação, ou não.
Pessoas próximas de Carlesse insistiram que o assunto não entrou na pauta desta quinta e afirmaram que o encontro dos dois demonstraria que não existe afastamento entre eles por causa de matérias conflitantes. “Não é em função dessas matérias que dois líderes de Poderes vão deixar de dialogar”, defendeu um aliado